quinta-feira, março 30, 2006

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 50

Estava a falar com umas amigas há já algum tempo sobre os apetites sexuais delas em relação aos maridos. Elas queixavam-se de eles terem sempre vontade e que queriam quecar de manhã e elas não queriam, ou então que queriam já muito tarde e elas tinham de dormir… e que não se sentiam tão predispostas quanto eles!

Acharam que eu não tinha muita autoridade para falar, porque não tinha namorado e, portanto ouvi mais do que opinei.

Parece-me ser um problema mais ou menos comum, mas mais ou menos confeccionável. Por razões óbvias, também temos aquelas que se dizem um autêntico furacão e venho a descobrir por linhas travessas que não o são assim tanto. Pode-se argumentar que os homens não são suficientemente criativos, companheiros e que por isso elas perdem a vontade. Pode-se, igualmente, argumentar que algumas mulheres vivem ainda aprisionadas numa educação judaica cristã que coíbe as mulheres de viverem em plenitude a sua sexualidade. Vou descentrar intencionalmente a discussão dos homens pouco criativos ou pouco atentos.

Mulheres. Centremo-nos nas mulheres. A libido ou o apetite sexual estimula-se. Para os homens é mais fácil, porque a educação não é tão restritiva (apesar de já ter conhecido espécimes que tinham tido uma educação igualmente negativa em relação ao sexo). As mulheres têm de se libertar das falsas ideias do género: “o homem é que tem sempre de me seduzir para termos sexo” ou “aquelas posições são adequadas para as putas” ou “isso não faço porque é porco” ou “se queres fazer sexo é porque não me amas” ou “os homens têm mais necessidades do que as mulheres” ou “se tu me amas, basta que eu exista para que me desejes”… entre tantas outras parvoíces que eu já ouvi ao longo de muitos anos. Pois, e depois eles arranjam outros interesses, têm reuniões até tarde… Sei lá o que mais!

É verdade que o tesão inicial morre. Depois existe o tesão e o alimento do tesão. E por isto decidi deixar algumas ideias que podem servir de alimento. Falem de sexo, via msn, via telefone, via msg, via o que quiserem, mas falem! Combinem coisas diferentes, como uma fugida até um motel, uma noite de massagens, vão jantar sem cuecas, usem roupas interiores ousadas, um café só de casaco comprido e meias. Saiam, vão para os copos separados e encontrem-se em casa. Fiquem um dia inteiro na cama a descobrir novos prazeres. Vestiam-se de forma a sentirem-se sexys. Sintam-se sexys. Sejam criativas e lembrem-se que a libido se alimenta e consequentemente cresce.

Bem sei que não tenho namorado, mas teoricamente lá vou desenvolvendo umas ideias.

Sinto-os como se fossem lâminas.
Quem precisa de se auto-flagelar com instrumentos cortantes,
quando possui o pensamento?

quarta-feira, março 29, 2006

No outro dia, diziam-me que eu fazia conversa até do facto de não ter nada para dizer...
Que é exactamente o que está a acontecer neste momento...

terça-feira, março 28, 2006

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 49

E dizia-me ele:
"- Só não tens namorado porque não queres...."

Ao que respondo nesta pequena crónica:
"- Como é óbvio!"

Os motivos para ser óbvio é que não são assim tão óbvios... E eu fico com os olhos turvos quando tento olhar para dentro da alma.

Se me tivesses segurado na mão, eu não teria caído, nem me teria magoado. Contudo, se não tivesse caído talvez nunca tivesse percebido por onde caminhava.

segunda-feira, março 27, 2006

Bettina Rheims

Para quem me ouviu falar desta fotógrafa poderá ver algumas das suas polémicas imagens aqui e por aqui...

Medo de Amor - (Adriana Calcanhoto)

Você diz que eu te assusto
Você diz que eu te desvio
Também diz que eu sou um bruto
E me chama de vadio
Você diz que eu te desprezo
Que eu me comporto muito mal
Também diz que eu nunca rezo
Ainda me chama de animal
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer?
Você diz que eu sou demente
Que eu não tenho salvação
Você diz que simplesmente
Sou carente de razão
Você diz que eu te envergonho
Também diz que eu sou cruel
Que no teatro do teu sonho
Para mim não tem papel
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer

não dormi nada de jeito hoje... por isso vou parar de escrever... é que não digo coisa com coisa... leiam bem esta frase e pensem se querem continuar ou mudar desde já de blog....

Jantar de caracóis

O tema era "livros que deram origem a filmes". Foi um jantar interessante, porque excepto quando se falou de "panças" e assuntos relacionados com sexo, tanto falamos de filmes como de livros. Dois temas que conjugados podem dar origem a conversas polémicas, agradáveis. Para quem foi depois para o Triplex foi brindado pela música sempre fantástica do Nel Colaça (foi uma espécie de GIGI um bocadinho mais controlada)... Para quem foi para o Mercedes não faço ideia com o que foi brindado...
1. All the presidens men (woodward e Bernstein)
2. O Bandolim do capitão Correli (!?...)
3. Blade Runner (Philipe K. Dick)
4. Trainspotting (Irvine Welsh)
5. Como água para chocolate (Laura Esquível)
6. Vfor Vendetta (Allan Moore e david Lloyd)
7. As horas (Michael Cunningham)
(fica apenas um reparo... não é bom estar-se ressacado quando se vai para estes jantares!!)

Lisboa
CCB


Frida Kahlo.
Falaríamos tanto de Frida, não tivesse sido a Sua vida tão dramática?
Seria a obra dela tão intensa se ela tivesse vivido de outra maneira?
O que será que atrai mais as pessoas: a obra ou a história de vida?

"Sinto-me mal, e ficarei pior, mas vou aprendendo a estar sozinha e isso já é uma vantagem e um pequeno triunfo. (...) Ninguém saberá jamais o quanto amo Diego. Não quero que nada o magoe. Que nada o perturbe e lhe tire a energia que necessita para viver..." (do diário de frida Kahlo)


Prémio Bes Photo 2005
Interessante. Original. Criativo.

poesia # 16

Fim de tarde de domingo. Poucas pessoas percorriam a baixa. No carro uma gravação do concerto dos Deus na Casa da Música. Cá fora o vento. Entre a Ribeira e Matosinhos, lá ia parando o carro para espreitar uma ou outra coisa. Acabei no pedaço de praia em frente ao fim do Parque da Cidade. Não me lembro bem de qual a música que tocava naqueles instantes dentro do mp3. Posso assegurar-vos que poucos fins de tarde são tão poderosos quanto o de ontem. O mar imparável, com as cores do céu a confundirem-se com as do mar, fazendo desaparecer qualquer possibilidade de existir uma linha de horizonte. E o sol? Uma bola redonda que queria aparecer por trás das nuvens.
E o momento de poesia real, foi aquele instante em que a onda molhou o meu pé... Voltei para o carro e lá fui novamente para casa!

sexta-feira, março 24, 2006

É tão bom adormecer a ouvir a chuva, bater nos vidros, com o vento a embalá-la.

quinta-feira, março 23, 2006

Passaporte para emoções...

Visitem!
Mas preparem-se pois vão sentir muita coisa... boa ou má, isso já não sei...
Ai o passado o passado!....

http://www.misteriojuvenil.com/piratas_momentomagico.htm

Bem procuro encontrar um raio de luz em cada gota de chuva, mas está muito difícil.
Parece-me mais fácil acertar nos números do euromilhões.
Que pena desta vez não andar á procura de dinheiro..."

quarta-feira, março 22, 2006

crónicas de uma rapariga gira aos 30 anos sem namorado # 48

Vai uma rapariga jantar sozinha na capital na Rua de Camões. Essa rapariga tem 30 anos, é solteira e não namora.

Estou cansada. Quase não me apetece falar. Olho para a televisão apenas para me distrair. O telejornal da TVI está a na televisão, mas eu não consigo ouvir o que diz o Miguel Sousa Tavares, porque logo à minha frente está uma família feliz. Leio as letras que não são as do Equador, o livro que comecei a ler hoje. Sou atendida de um Senhor de, mais ou menos 65 anos. Aconselha-me o jantar o vinho e no final um cálice de Vinho do Porto. Lisonjeador enquanto serve, as entradas, o jantar. Estende um pouco mais a conversa e pergunta-me “Está cá para filmar alguma novela?”. Sorrio. Conta-me que, vão lá jantar muitas pessoas, mostra-me a fotografia que tirou com a Lucinha do elenco da “Ópera do Malandro”. Conta-me um pouco da Sua vida, das viagens, da emigração no Brasil e de como gosta de receber Postais dos clientes. No final dá-me um cartão com o Seu nome para que lhe mande um Postal.

Mudou-me a disposição. A lisonja quando feita com subtileza é simpática. Existem poucas pessoas que a sabem fazer. Passem pelo restaurante “O furo” e sejam atendidos por alguém que exerce a Sua profissão com paixão. Meninas, passem por Princesas ou por actrizes de novela durante uma hora. Mas acima de tudo ouçam as Suas histórias.

coisas importantes para se discutirem...

Fiquei a saber que os meus decotes foram não só tema de conversa de trabalho, como também foram alvo de queixas. Desenganem-se porque os meus decotes nocturnos não são iguais aos diurnos. Quem o fez foram duas mulheres. Em que é que apostam: Camafeus ou Lésbicas?

segunda-feira, março 20, 2006

Acontece

É mais ou menos consensual de que o trabalho técnico na área social é desgastante, pouco reconhecido e muitas vezes pouco compensatório/desmotivante, dada a taxa de insucesso na resolução de muitas das situações trabalhadas (independentemente do tipo de problemáticas que surgem).
Muitos dos que trabalham na área social não conseguem evitar andar anos em situação de prestação de serviços, os chamados recibos verdes. Existem situações de pessoas que estão a meio tempo que acabam por ganhar para pagar impostos. Exigem-lhes motivação, dedicação e empenho. Uns conseguem ter, outros não.
Outros há que, para além da situação de recibo verde ainda são elegantemente obrigados a deixar um "donativo mensal" na instituição onde trabalham, cerca de 10-15% do seu salário. A finalidade e destino do dito donativo são desconhecidos mas o certo é que na referida instituição todos os funcionários contribuem, num clima de revolta muda nuns casos e de resignação por necessidade noutros. A., recém integrada na instituição, não pagou o donativo no primeiro mês. A meio do segundo mês foi convidada para uma reunião onde lhe deram a entender que o "donativo" não era opcional, caso ela ainda não tivesse percebido bem. Ela justificou que não poderia pagar pois necessitava do total do seu salário para fazer face às despesas do seu agregado familiar. No início do terceiro mês foi-lhe dito que dispensavam os seus serviços.

confissões # 26

Ai... Se eu tivesse o sorriso mais feliz, como me dizem habitualmente...

livros e mais livros # 1

Nada acontece por acaso
Yin Xing
Quetzal Editores


Uma autobiografia. Interessante. Escrita leve, mas agradável. Daqueles que se leem numa longa tarde de domingo (ressaca!). Apesar de dar uma ideia da cultura chinesa, não desenvolve muito nenhum dos aspectos que revela. Esta foi a parte que menos gostei. Estava à espera de uma análise mais detalhada dos aspectos culturais do país. A parte que gostei, prende-se com a forma como o/ a autor(a) se coloca a nu com uma simplicidade própria.
E achei piada o título nada acontece por acaso ter-me chamado a atenção nesta fase da minha vida, pelas citações finais "Na minha vida, sempre que formulei um desejo com bastante força, ele realizou-se. (...) Todos temos a possibilidade de mudar de comboio, de saltar para outro, onde a paisagem é mais bonita."(pp 214). É sempre bom, alguém lembrar-nos daquilo em que acredito: temos de saber bem o que queremos e desejar muito que isso acontece, porque o resto são mais ou menos alinhamentos cósmicos para nos dar o melhor!

Dj Kitten

nos maus hábitos com a festa Cherry Bomb's, terminou com uma música de Yann Tiersen... Foi uma festa de arrasar!

confissões # 25

Durmo todos os dias acampanhada. Completamente agarrada a um coelho branco. Acho que isto poderá ser muito revelador da minha personalidade... No entanto dormimos sempre só duas pessoas na minha cama e quando tem de ser, é o coelho q dorme no chão!

sexta-feira, março 17, 2006

Querido diário,

Estou com uma neura, que apetecia-me gritar, partir qualquer coisa e a seguir, ficar deitada no sofá a olhar para ontem... E o pior é que eu sou a única responsável. Não vale a pena procurar outros, porque sou eu quem faz as escolhas! Que neura....

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 47

Às vezes perguntam-nos o que é o amor. Quando perguntam isso, vem-me sempre à memória o título do filme da Sofia Coppola, “O amor é um lugar estranho”. Uma das sugestões que me deram em Janeiro para as crónicas era sobre o amor. Mais precisamente se o amor se construía ou se era uma coisa que acontecia de um dia para o outro.

É difícil escrever sobre o amor por ele ser um lugar estranho, cheio de contornos cinzentos e formas geométricas arredondadas, onde não se distingue bem o fim ou o início. Depois de afirmar isto, parece-me que não existe apenas uma tese, uma antítese e uma síntese para a questão. O amor oferece-nos mais do que isto. Com isto, pretendo salvaguardar-me para uma eventual mudança acerca das minhas ideias para o amor. Para mim o amor constrói-se, porque este implica camaradagem, amizade, sexo e enfim, em sentido lato, a existência de um encontro de almas. A camaradagem pode existir entre duas pessoas que mal se conhecem. A amizade une-nos a uma série de pessoas. O sexo ou a química do amor existe com uma infinidade de pessoas. Mas as nossas almas unem-se a muito poucas outras almas. Quando as nossas almas se unem e, ainda por cima descobre-se a existência dos outros ingredientes, então estamos perante o amor. O amor une a tese e a antítese, o sofrimento e a felicidade, o querer e o libertar. Não é paradigmático nem fácil. Não tem apenas uma cor, nem uma forma. Simplesmente, o amor é o estar, o querer ficar. Se repararem, como eu própria reparei, estava a tentar mostrar que para mim o amor se constrói, quando reparei que o amor se encontra e depois se alimenta ao procurar descobrir mais sobre o outro. Percebi que afinal não é só construído, porque para este sentimento crescer tem de existir antes, o tal encontro de almas de que falei.

Começo por dizer que o amor se constrói para terminar a dizer que é mais do que isso. É difícil saber. É difícil percebê-lo. É difícil perceber-nos. Fiquei confusa. Sempre disse que não acreditava no amor à primeira vista. Mas agora tenho as minhas dúvidas. Vou ter de redefinir o meu discurso e as minhas crenças. Ao longo das nossas vidas cruzamo-nos com pessoas que preenchem um ou vários parâmetros dos que apresentei acima. Quando isso acontece e porque a nossa alma deseja juntar-se a uma das suas metades, começamos na relação à procura de indícios, provas ou seja lá o que for de que é O Amor. A maior parte das vezes descobrimos que não é a tal metade que nos preenche a nossa ideia de estar no amor. Outras encontramo-la.

Afinal se começa com uma amizade ou com um primeiro olhar, não é o importante. O fundamental é se o encontramos ou não. Depois vêm as outras questões… Se… É o tempo ideal para ambas as pessoas, e todos os outros “s’s” que fazem dele um lugar estranho.

quinta-feira, março 16, 2006

Preciso de comprar o livra d'Alice no país das maravilhas, para ver se entendo a mensagem do coelho que andava sempre atrás das horas, porque é assim que eu me sinto na maior parte dos dias! Sempre atrás de qualquer coisa, sempre atás de tempo. Às vezes até para nem fazer nada.
Corro de um lado, para o outro. Sempre a parecer que não quero perder nada. Sempre a parecer que não encontro. Sempre a parecer que não sei se quer porque o faço.
Tenho várias teorias para ser assim. Faço inúmeros esforços para alterar esta corrida contra o tempo em busca das horas.
Alguém tem ideias?

quarta-feira, março 15, 2006

Bost # 2


, originally uploaded by lelacunha.

E o Óscar para Melhor Reposteiro vai para...

confissões # 26

Eu inventei uma nova manobra de condução:
A marcha-atrás-quem-quiser-que-se-arrume!
Faço-a com frequência e por sorte tenho sempre condutores de reflexos rápidos atrás de mim....

poesia # 15

Esta chegada súbita da Primavera, foi um autêntico momento de poesia. Não acham?

terça-feira, março 14, 2006

Querido diário,

Hoje acordei ao som de dois despertadores. Nos últimos dias não conseguia acordar só com um e chegava todos os dias atrasada. Feliz com este facto, lá fui eu a ouvir música, enquanto dançava dentro do carro. Em 2 minutos já estava a irritar dois condutores, porque me atravessei à frente deles, naquela hora mágica de quem vai atrasado trabalhar. O que me valeu depois desta viagem, foram as magnólias brancas à minha chegada...

Vou trabalhar, porque não me pagam para ficar aqui a escrever-te.... Lamentavelmente não!

Se eu fosse um filme sobre uma rapariga que vai fazer uma viagem solitária e espiritual a minha banda sonora era Anywhen (The opiates).

segunda-feira, março 13, 2006

Viagens

Devido ao trabalho tenho andado a viajar, muito, por ilhas açorianas. É uma das coisas fantásticas que o meu emprego me proporciona (e logo a mim, que não gosto nada de viajar)!!
A última semana passei-a em S. Miguel. E compreendo na perfeição porque se diz que é a ilha mais bonita neste cantinho plantado, embora ainda não as conheça a todas.
S. Miguel materializa a natureza no seu estado mais puro, belo e brutal. As lagoas gigantes e imponentes, as cascatas, o contraste do verde e do azul (esse já presente em todas as ilhas), as furnas, enfim, um paraíso!
E senti-me realmente no paraíso quando , à noite, fui tomar banho ao que determinadas pessoas designam de "poças". São pequeninas lagoas, algumas em grutas, e ribeiras de água quente. A água é completamente transparente... e quente. Entrei na água, nadei, fui vítima de jacuzzi natural, fechei os olhos e senti-me natureza. Apenas ouvia o barulho da água a correr... Ao meu redor muito verde... Não consigo descrever... Uma sensação quase do outro mundo...
E, cereja em cima do bolo, ainda me pagam!!
Há gente com sorte... :)

por cada raio de sol que se vê reflectido na água, cai uma lágrima...

a solidão da independência e da liberdade

Ela sabia que no dia em que deixasse de ter músicas novas para ele ouvir, ficaria sozinha. Ele iria embora. Imediatamente. Ela procurava sempre novas músicas. Ele às vezes fartava-se de esperar, enquanto outras vezes adormecia. De vez em quando deitava-se no ombro dela e pedia para adormecer a ouvir as músicas sempre novas que ela lhe trazia.

A vida deles assentava neste equílibrio musical até um dia. Estavam os dois no carro. Para variar ela arranjara novas músicas para o envolver e não o deixar partir. De repente, o aparelho entrou em "modo eco" e ele levantou-se, despediu-se e foi-se embora. A música já não estava lá para o envolver e ela ficou a olhar em câmara lenta para a situação e dizia baixinho: "- Mas eu posso cantar... Fica..."

domingo, março 12, 2006

a índia em exposição

uma das coisas que a minha mãe me diz, é que sou muito teimosa. eu cá por mim acho que sou persistente. soa-me melhor chamar-me persistente.

quando fui para índia, disse aos meus amigos que as fotografias que tirava eram para uma exposição, num local a decidir, numa data a definir. eis a tal exposição. o local foi o baazar. a data de ínicio é hoje e não faço ideia do final... é tal e qual as memórias: tornam-se eternas!

sexta-feira, março 10, 2006

Bost # 1



Originally uploaded by lelacunha.
Depois da pop art, a buuum art...

quinta-feira, março 09, 2006

O PALÁCIO DA VENTURA

Sonho que sou um cavaleiro andante
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura
Mas já desmaio...exausto e vacilante
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante,
Na sua pompa e aérea formosura
Com grandes golpes, bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas de ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão – e nada mais!

Antero de Quental

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 46

Tenho-me vestido de vermelho. Várias vezes por sinal. À espera que me chegue inspiração para mais uma crónica. Como me tinham pedido, em tempos, que escrevesse sobre temas escaldantes, tenho-me esforçado por subir ao inferno quente. No entanto, a minha alma tem andado ocupada com outras temáticas mais relacionadas com o purgatório. O processo é positivo, mas muito menos divertido do que enquanto transito entre o céu e o inferno. Continuam a acontecer-me histórias engraçadas enquanto rapariga gira de 30 anos sem namorado, mas passo pouco tempo com a cabeça livre e as mãos descansadas para poder contar-vos cada uma dessas coisas que me passa pela experiência.

Quando vos pedi opiniões para as crónicas, houve uma ligeira discussão sobre se existiam ou não mulheres que queriam “gozar” um bom bocado sem expectativas de casarem e de terem filhos. Claro que existem. Existem em determinadas circunstâncias, com determinadas pessoas e em determinados períodos de vida. Existem mas com o cunho do “depende”. Dependem de muitas coisas.

No outro dia falava com uma amiga sobre um rapaz com quem posso enrolar-me hoje, daqui por um mês ou daqui pelo tempo que nos apetecer, sem que a partir disso crie qualquer tipo de expectativas, nem necessidades de mais nada. Existe uma relação de amizade entre nós, mas não demasiado forte. A meu ver, esta é uma das formas de nos precavermos a não desejarmos mais do que o que se tem. Porque se o nível de amizade se torna progressivamente mais profundo e o sexo continua a melhorar, parece-me que a probabilidade de pensarmos mais nessa pessoa como alguém com quem gostaríamos de ter uma relação de compromisso, é muito forte. Por outro lado, clarificamos bem a situação antes de nos aventurarmos por aí, o que também me parece fundamental. Acredito que todas as mulheres são capazes de querer dar uma queca e não querer nenhum compromisso. Umas mais do que outras, mas isso tem a ver apenas com educação.

No entanto, já me aconteceu pensar que a situação estava controlada e perceber que gostava muito mais da pessoa do que queria admitir. E ficar com todos os sentimentos bem ancorados à minha alma de tal forma que dificilmente conseguia ir para longe da costa.*

Alegrem-se rapazes: existem mulheres que “querem deitar sem casar”, como dizia alguém.


*hoje estou com umas metáforas pirosas!

quarta-feira, março 08, 2006

Bost

Venho por este meio anunciar o surgimento de uma nova rubrica neste blog... Depois de "crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos", "confissões", "os caracóis vão a concertos" e "poesia", eis que chega o "bost".

Ao contrário do post, o bost é de poucas palavras, não fala sobre mim nem sobre o que me acontece, mas sobre coisas que poderiam acontecer a toda a Humanidade ou talvez não (calma aí Asdrubal que não te quero tirar o lugar de megalómano, ele continua a ser teu por mérito próprio, eu sou uma mera aspirante).

Curiosidades, aberrações, loucuras, gracinhas e graçolas... Esta poderia ser a definição do bost... Mas não é, porque o bost é (quase) tão volátil quanto eu. Por isso, um bost é o que me apetecer! E desde já vos aviso: cuidado com as gargalhadas, para o chefe não notar que andam na net em vez de estar a trabalhar, e com os sorrisinhos marotos, se não querem que toda a gente pense que andam a ver uns sites porno.

Chaga de palavreado. Agora a palavra de ordem é "bostar" muito. Para ver se acabam as carrancas mal-humoradas dos portugueses. Agora o Sócrates que não se queixe! Eu já estou a fazer a minha parte para dar energia positiva e ânimo ao país. Este é o verdadeiro serviço público bloguista, meus amigos. Pensando bem, acho que vou pedir um subsídio por isto... Grande ideia!

poesia # 11

Momento de poesia de hoje: Sentir-me feliz, apesar de perdida!

terça-feira, março 07, 2006

abazurdida (será que é com um Z ou S?)

Ainda dizem que há desemprego! Pior. Ainda dizem que as pessoas querem trabalhar!! Acho que não é verdade. Leiam estas situações e digam-me de Vossa justiça o que é que se passa, porque eu não estou a entender muito bem.

1. Precisava de recrutar 2 telefonistas para um trabalho de 3 meses. Temporário. Foram convocadas 22 pessoas para a prova. Como é óbvio a primeira prova era simular uma chamada telefónica. De 22 ficaram 3. Apenas 3. Começaram a dizer que o emprego não lhes interessava e etc... Das 3, seleccionamos a que falava melhor ao telefone que nos disse não querer trabalhos temporários. Acabamos por seleccionar um licenciado pelo preço de uma telefonista...

A leitura que se faz deste episódio é ilustrativa dos nossos supostos quadros médios.

2. Precisava recrutar um número considerável de licenciados, uma vez mais para um trabalho temporário. No Porto apareceram várias pessoas com vontade de trabalhar, mas pelo resto do país foi uma terrível desgraça e a única selecção que fiz, doi aceitar os que quiseram ficar. Ouvi respostas de todo o tipo: "Compensa-me mais o subsídio de desemprego que recebo"; "Não fui logo seleccionada, agora também não quero."; "Só ia à entrevista se soubesse que ficava.... Mas assim prefiro não ir!". Foi um desespero. Mas o que é que se passa? Eu pus um anúncio em Jornais. O que é que se passa no resto do país?

Este episódio pareceu-me fundamental para avaliar os Nossos quadros superiores que andam vaidosamente no ensino superior.

3. Esta situação é um bocado diferente. Hoje ligaram-me de um laboratório de fotografia. Tenho lá um trabalho que supostamente estaria pronto hoje. Ligaram a dizer que não iria ser possível fazê-lo. Irritei-me pela falta de profissionalismo de estarem a dizer naquela altura que não iriam fazê-lo. Ela pediu desculpa, mas que não tinham técnico. Fui de carro (a voar) buscar os negativos para poder fazer noutra loja,o trabalho. E diz-me a Sª: "O técnico afinal faz-lhe op trabalho para logo..."

Não acham que era a preguiça que estava a desmotivar o técnico?

sinais dos tempos

Não é bom sinal não me apetecer escrever. Mesmo nada bom. Quer dizer que ando sem assunto. O que, como podem imaginar não é bom. Ainda se lembram da última vez em que não tinham assunto para falar? Pois...
Ainda hoje, um amigo dizia-me que eu não tenho falado muito sobre mim. E eu, respondia-lhe que não posso falar sobre o que não sei. É verdade eu não sei o que dizer sobre mim nem sobre nada. Sobra-me dizer nada, que por si só já diz muito, mas mesmo assim não adianta para os outros que queriam ouvir falar sobre qualquer coisa.

sexta-feira, março 03, 2006

Fantas

Fui vêr um filme fantástico dentro do fantástico. Do realizador Robin Auber, canadiano. O filme Saints-Martyrs -des-Damnés. Um filme surreal, com algum suspense, uma fotografia lindíssima e um argumento com alguma piada. Dos que tenho ido ver ao fantas foi o único que me apeteceu escrever aqui sobre ele.

quarta-feira, março 01, 2006

os caracóis vão a concertos # 13

Yann Tiersen.
CCB.
Véspera de Carnaval.
Sozinha, como quem não lhe apetecia perder o concerto por falta de companhia.
Brutal: É a única coisa que me apetece dizer. Brutal. Tal e qual os momentos que ele me tem proporcionado nestes últimos 3 anos!

Valeu muito a pena. Fechou um ciclo e iniciou outro. Uma vez mais, obrigada Yann Tiersen!

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