Mundo dos Grandes
Já algum dia vos disse que detesto aproximar-me do mundo dos grandes? Devo ter uma coisa parecida com o complexo de Peter Pan!
Canto internáutico da tertúlia literária (e não só), "Os Caracóis da Marina" são uma boa desculpa para um grupo de velhos amigos terem "boas" conversas e beberem uns copos...
Já algum dia vos disse que detesto aproximar-me do mundo dos grandes? Devo ter uma coisa parecida com o complexo de Peter Pan!
Existe uma sensação de desgaste quase transversal na minha vida... Nestes momentos, fecho a porta, não arrumo a mala e fico a ver a confusão instalada. Faço companhia a mim mesma e vamos juntas para todo o lado. Não há quem me conheça melhor: o bom e o mau. Estas polaridades agoniam-me e ando assim atormentada diariamente. Devia dizer que estava a ficar farta (de mim)! Já só sentia o mau...
É por estas e por outras que o povo não confia nos políticos...
O aviador. Gostei do filme enquanto filme e enquanto história. O que procuro num filme para além do "filme" é a história que ele conta. Neste filme ele conta uma história com vários pormenores na tela que transmitem aquilo que o personagem estará a sentir naquele momento. O obsessivo compulsivo está bem retratado...
hoje de manhã acordei bem disposta. Já estava sol outra vez e isso deixou-me feliz. enquanto fazia a viagem de casa até à escola lembrei-me de algumas coisas sobre mim. comecei por pensar que a vida que tinha andava desfasada em vários graus da vida que gostaria. e lembrei-me da revolução que fiz da última vez em que concluí exactamente isto... de revolução lembrei-me das eleições em Timor em Agosto de 1999 (não me lembro da data, nem do ano...) e do jantar que fiz nesse dia e dos charutos cubanos para fumarmos no final... depois lembrei-me vagamente dos dias seguintes e de como conseguimos (eu e mais alguns) deixar de trabalhar praticamente um mês por andarmos sempre às voltas com as iniciativas de solidariedade, finalizadas com a entrevista com D. Ximenes Belo (realista, frio, simpático)... daqui as recordações saltaram para o meu professor de Filosofia de 10º e 11º anos, com quem mantinha uma relação de ódio/ admiração mútua: tínhamos ideias muito, muito diferentes e eu fazia questão de as discutir... mas do que eu me lembrei foi do facto dele me ter dito um dia que eu era uma pessoa para lutar por causas, que deveria ter pertencido à Geração de 68... confesso que só muito mais tarde percebi o que queria ele dizer! daqui passei para o facto de durante a minha gestação os meus pais terem vivido um 74 muito agitado, com algumas fugas de nossa casa, porque na altura o meu Pai pertencia ao patronato... eu devo ter sido influenciada pela revolução... e isto fez-me recordar imediatamente o primeiro dia em que disse que gostava de Zeca Afonso em casa e que quase me valeu um estalo que na altura também não percebi... e cheguei ao gabinete e a torrente de memórias ficou-se por aqui! De facto acho que sou uma pessoa de causas...
hoje de manhã fiquei um bocado chateada: os bilhetes para ir ver U2 estão à venda a partir de sexta de manhã. na fnac só compra quem tem cartão fnac e os sportinguistas têm regalias na compra dos bilhetes... isto não é discriminação? eu nunca tenho cartão de cliente de nada (sou contra isso!) e também não sou do sporting nem tenciono ser... já não basta o concerto ser em Lisboa?!
na sequência do post sempre decidi vir aqui novamente, mas desta com um, cujo o título é nunca!
Mantive-me calado durante este tempo, à excepção da polémica dos colos. Algumas reflexões:
se me dão sempre o sol no inverno, deixo de o valorizar tanto quanto em anos anteriores... não gosto de ter sempre a mesma coisa... gosto tanto quando não sei o que vou ter e depois fico feliz porque o sol afinal apareceu... acho que também é por isto que detesto ser previsível e às vezes até me confundo!
Já andava à algum tempo para levantar uma questão que eu já tenho discutido algumas vezes, com determinadas pessoas e que neste filme surge...
Houve uma ideia no saraband que de alguma forma é uma coisa que eu tento dizer às minhas amigas e elas "saltam-me" sempre em cima!! Não concordam comigo, claro!
É escritor, português, e é possível que nunca tenham ouvido falar nele. Eu fiquei a conhecê-lo quando me ofereceram um seu livro, "O Navegador Solitário". E a forma como ele escreve prendeu-me tanto, que me vi obrigada a procurar saber mais sobre o autor e a sua obra.
Com esta frase, Eça de Queiroz definiu o português falado no Brasil. Na minha opinião define também a obra de um dos mais fantásticos autores da lingua portuguesa: Jorge Amado. Acabei de folhear e reler algumas passagens de "Tenda dos Milagres". Milagre é escrever assim! As narrativas de Amado conseguem fazer-nos sentir, cheirar, ouvir, saborear, amar e odiar o que lemos e sobre quem ele escreve. Em todos os seus livros encontramos a amálgama que é o Brasil, país de contrastes revoltantes e de sincretismo apaziguador. Para ler e reler.
Hoje estou meia perdida, mas finalmente encontrei o caminho para este espaço de tertúlia, que é também o melhor caminho para me encontrar com todos vocês. A partir de hoje estamos mais perto... Lemo-nos no blog!
Existir é a primeira vitória.
Nasceu hoje. Ou ontem. Ou há 10 anos. Talvez há mais. Talvez sempre existiu. Três, a conta que deus fez - e a culpa é da Lúcia.
Ufa... Estava complicadinho! Graças ao Sigmundo e à Isis lá consegui dar entrada neste blog cheio de caracoletas. Espero ser uma caracoleta bem retorcida, com muita ondulação ;)
É um filme de 2003 sobre a vida (e morte) da poeta Silvya Plath. Não é positivo, alegre... antes triste e sombrio!!! Mostra-nos relações de amor-ódio, as tentativas de Silvya para escrever, a sua raiva por não conseguir fazê-lo, a sua constante frustração por não se conseguir equiparar ao marido...
Sempre gostei de sair e de conversar com as pessoas. Beber uns copos e falar pelos cotovelos. Raramente troco números de telefone ou coisas dentro do género. A maior parte das vezes nem o nome me interessa. Interessa-me sim, saber porque é que não sorriem mais, ou o que sentem estando à porta e se a noite se está a passar bem ou não. Para variar há alguém que fica à minha espera, porque eu decidi falar com alguém pelo caminho entre pagar e vir embora... Gosto imenso de poder fazer isso...
Mike Leigh. Vera Drake. Intenso. Diferente. Como é que ele consegue filmar as coisas e as pessoas daquela maneira? Onde é que ele desencanta aqueles personagens? Porque é que é me consegue prender daquela maneira?
http://jpjeunetlesite.online.fr/
Num bar em Fiães... "Depois da estrada para Avintes" (Miau....) ouve-se a música pelas mãos do Nuno Violante.
O vinho tem uma essência, porque não é feito só de uvas. É feito de paixões, conquistas e muito trabalho. Depois, usufrui-se com glamour, amizades e dignidade. Acompanham-no imensas coisas.
O vinho tem uma essência, porque não é feito só de uvas. É feito de paixões, conquistas e muito trabalho. Depois, usufrui-se com glamour, amizades e dignidade. Acompanham-no imensas coisas.
"Eu tenho um sonho para Portugal..." (dispensa comentários e referência) - não aguento...
Não conseguia dormir e por isso levantei-me e vim para o computador escrever, em vez de ficar só a criar os textos na minha cabeça... E andar às voltas na cama...Às vezes acho que me tornei guerreira à muitos anos, enquanto outras penso que devo tê-lo sido noutra vida anterior. É tudo apenas uma questão de explicações mais ou menos românticas para a forma como vivo a vida. Para mim só tem piada quando estou a viver tudo intensamente, quando aproveito cada momento como se pudesse morrer a seguir... Com a paixão das batalhas e das conquistas para poder subir cada degrau com a totalidade de cada mínima coisa. Não consigo viver naquilo que considero ser a mediocridade de olhar apenas para as coisas, sem gastar tempo a contemplá-las.
No original "Everything you always wanted to know about sex", é um filme de Woody Allen de 1972 (!?!?). Nunca tinha tido o privilégio de ver este filme até há uns dias atrás. E francamente, ainda bem que pude fazê-lo.
pois. para os mais distraídos estive a última semana em Londres. interessante. violento sob vários aspectos. renovador.
Para aliviar um bocadinho, proponho um jogo.
Afinal de contas, acho que sou a favor de se falar da sexualidade dos políticos.
Este debate acerca dos colos, fez-me ter uma descoberta incrível: Os políticos têm vida sexual!!! Quem diria? E eu que pensava que os engates deles adormeciam com o paleio chato típico da classe antes de chegar ao acto...
O Santana há uns tempos comparou o governo a um bebé numa incubadora. Maltratado, coitadinho do Bebé.
Ponto Prévio: Tenho consciência da minha homofobia há muitos anos, o que me permitiu, paradoxalmente, me tornar menos homofobico.
Tinha decidido manter-me calado sobre politica durante uns tempos, mas não resisto à piada...
Choca-me o nível tão baixo que esta campanha eleitoral está a atingir! Já não bastava a pouca qualidade dos candidatos...
Juntam-se 5 mulheres, jovens, portuguesas, e formam um grupo de percurssão criativa. Cantam (pouco) na língua materna e num dialecto inventado, a roçar o tribal. O resto do espectáculo é preenchido com sons. Sons saídos de djambes, de tambores, do corpo... Batidas constantes e rápidas que levam o corpo a dançar.
O tal bar de estudantes está à pinha. A fauna aqui é completamente diferente: Queques holandeses (dispensa-se até o "holandeses". Parece que os queques são iguais e vestem-se de forma igual em todo o mundo. Globalização do vestuário e das tribos, sem dúvida...).