quinta-feira, março 30, 2006

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 50

Estava a falar com umas amigas há já algum tempo sobre os apetites sexuais delas em relação aos maridos. Elas queixavam-se de eles terem sempre vontade e que queriam quecar de manhã e elas não queriam, ou então que queriam já muito tarde e elas tinham de dormir… e que não se sentiam tão predispostas quanto eles!

Acharam que eu não tinha muita autoridade para falar, porque não tinha namorado e, portanto ouvi mais do que opinei.

Parece-me ser um problema mais ou menos comum, mas mais ou menos confeccionável. Por razões óbvias, também temos aquelas que se dizem um autêntico furacão e venho a descobrir por linhas travessas que não o são assim tanto. Pode-se argumentar que os homens não são suficientemente criativos, companheiros e que por isso elas perdem a vontade. Pode-se, igualmente, argumentar que algumas mulheres vivem ainda aprisionadas numa educação judaica cristã que coíbe as mulheres de viverem em plenitude a sua sexualidade. Vou descentrar intencionalmente a discussão dos homens pouco criativos ou pouco atentos.

Mulheres. Centremo-nos nas mulheres. A libido ou o apetite sexual estimula-se. Para os homens é mais fácil, porque a educação não é tão restritiva (apesar de já ter conhecido espécimes que tinham tido uma educação igualmente negativa em relação ao sexo). As mulheres têm de se libertar das falsas ideias do género: “o homem é que tem sempre de me seduzir para termos sexo” ou “aquelas posições são adequadas para as putas” ou “isso não faço porque é porco” ou “se queres fazer sexo é porque não me amas” ou “os homens têm mais necessidades do que as mulheres” ou “se tu me amas, basta que eu exista para que me desejes”… entre tantas outras parvoíces que eu já ouvi ao longo de muitos anos. Pois, e depois eles arranjam outros interesses, têm reuniões até tarde… Sei lá o que mais!

É verdade que o tesão inicial morre. Depois existe o tesão e o alimento do tesão. E por isto decidi deixar algumas ideias que podem servir de alimento. Falem de sexo, via msn, via telefone, via msg, via o que quiserem, mas falem! Combinem coisas diferentes, como uma fugida até um motel, uma noite de massagens, vão jantar sem cuecas, usem roupas interiores ousadas, um café só de casaco comprido e meias. Saiam, vão para os copos separados e encontrem-se em casa. Fiquem um dia inteiro na cama a descobrir novos prazeres. Vestiam-se de forma a sentirem-se sexys. Sintam-se sexys. Sejam criativas e lembrem-se que a libido se alimenta e consequentemente cresce.

Bem sei que não tenho namorado, mas teoricamente lá vou desenvolvendo umas ideias.

7 Comments:

At 6:12 da tarde, março 30, 2006, Anonymous Anónimo said...

Ok!!!... há muito que aqui não venho - para não me desconcentrar, principalmente - e hoje fui alertado que o tema era bom e tinha que ser comentado.

Realmente a vida de casado é muito diferente a vida (e teorias) de solteiro... GRAÇAS A DEUS!!!

Penso que quem quer que seja que leia o meu comentário não é nem mais tarado nem gosta mais de sexo que eu... se tal fosse possível aferir, seria para mim uma daquelas coisas que apostaria - e eu só aposto com 300% de certeza -.

Esta nota de introdução justifica-se não por vaidade mas para explicar que realmente há diferenças entre as duas vidas - a de solteiro e a de casado -.

E justamente, a maior difrença é como se encara e vive o sexo. Desculpem-me os garanhões; mas a diferença é para bem melhor; apesar de ser sempre com a mesma pessoa.

E a principal (GRANDE E MELHOR) diferença é que deixa de ser uma coisa animal e instintiva - a menos que se queira - para se tornar numa coisa cada vez mais emocional.

E quanto mais dura o casamento, melhor é!!! Especialmente porque deixa de ser uma coisa forçada e/ou concedida por uma das partes e transforma-se numa coisa que acontece porque ambos, EMOCIONALMENTE estão dispostos... naquela hora; naquele momento... e mesmo que o façam de uma forma animal.

A isto eu chamo SINTONIA!!! Que é sem duvida o melhor que pode existir num casamento... e o que mais me falta na hora em que solteiro estou e tenho tendência em transformar num predador sexual.


Resumindo e concluindo; por paradoxo que pareça não há melhor vida que a de (BEM) casado e se alguém duvida que me convença que está bem sozinho e que poder dar umas palmadas no rabo daquela e arranhar as costas de outra é bem melhor do que todas as manhãs/tardes/noites procurar sempre a mesma pessoa mesmo para só de vez em quando ouvir: "OK! Meu garanhão, mostra lá o que vales!"

 
At 7:00 da tarde, março 30, 2006, Anonymous Anónimo said...

Eu acho que um dos principais problemas é os homens e as mulheres terem metido na cabeça que falam linguas diferentes.
Imagene-se o que é ter de comer peixe todos os dias porque nunca se disse ao cozinheiro que se preferia carne.

E há ainda outra coisa, por vezes diz-se que são as pressões da sociedade, mas a sociedade não existe sem as pessoas que a fazem, portanto também não vou por aí...

O que acho realmente é que toda a gente tem um medo absurdo de se conhecer realmente. Hoje em dia o paradigma de vida transformou-se de tal modo que como se já não bastasse ter de andar a lutar para ter um curso ou o que quer que seja que nos permita ir comendo durante o mês, a vida começou num ritmo frenético que muitas vezes se começa uma relação com uma pessoa sem sequer saber as coisas dentros de nós próprios.

Ora isto tem uma questão óbvia : um dia acorda-se, olha-se para o lado e depois para o espelho e as duas coisas não encaixam. Descobre-se que já não se sabe quem é que está ao lado e pior ainda descobre-se que nunca se soube quem estava do outro lado do espelho.

Isto traz problemas claros, voltando ao assunto, a nível sexual, porque é impossível conseguir satisfação plena se até de nós próprios tivermos medo.

Existe ainda o estigma (cada vez menor) que são os homens a ter de fazer isto e aquilo, que existem papéis para cada um e etc...

Na minha opinião isto não é nada linear e cada vez mais acho que depende das pessoas que por acaso se encontram e começam uma relação. Podemos ter todos os tipos de combinação ....

O que é certo é que a maior parte das pessoas tem medo de explorar a sua própria sexualidade, quer seja por tabús, quer seja por outro motivo qualquer.

Acho que entre duas pessoas e quatro paredes tudo é válido, principalmente porque mesmo que nunca se admitam desejos ou fantasias, de quando em quando as fantasias voltam à mente e não se enquadram com a hora marcada para fazer amor (e já agora n gosto da expressão fazer amor nem gosto da palavra sexo, acho que nenhuma delas exprime a verdade, porque estão em extremos opostos de um sentimento que é completo, corpo e alma) do domingo ou sábado a noite .

Em casos extremos acaba-se por ter casamentos de fachada ou porque se tem amantes, ou porque uma das pessoas é verdadeiramente homosexual, ou por outra variedade de motivos.

Felizmente hoje em dia conheço cada vez mais pessoas libertas com a sua sexualidade e para citar uma amiga "todas as pessoas são um pouco bi, e as que dizem que não estão a mentir"

Mas se calhar estou a afastar-me do tema...só acho que o problema mais grave no meio disto tudo é não explicar ao cozinheiro que se prefere bife com batatas fritas do que feijoada de polvo

 
At 7:07 da tarde, março 30, 2006, Blogger bonifaceo said...

Isis, então as tuas amigas não te deixaram mesmo opinar? Ou apenas deram a entender que não conhecias o outro lado por isso não tinhas grande legitimidade para falar?
Pronto, não disse nada de jeito para o tema em si, também não tenho namorada por isso calo-me, e já houve aqui dois enormes comentários (que eu li inteiros) cheios de ideias e opiniões próprias.

 
At 9:01 da tarde, março 30, 2006, Blogger Castromind said...

Pois eu tambem tenho muito para dizer. Mas estou à espera dos comentarios delas. Whitedri, parabens por partilhares essa tua experiencia positiva, garanhão... continua assim. Quanto á Isis, novamente duma clarividencia própria duma deusa. Amanha há mais.

 
At 10:22 da manhã, março 31, 2006, Blogger Luna said...

Acho que, hoje em dia, pode haver mil razões para uma mulher não querer tanto sexo com o companheiro como ele gostaria. Nomeadamente algumas que referiste, Isis, e bem! Agora, acreditar que as mulheres ainda têm tabus quanto a quem deve tomar a iniciativa, às posições sexuais, ao que podem ou não fazer, resumo isso a uma palavra: tretas!! Claro que para essa falta de vontade também pode contribuir a falta de jeito do companheiro... e muitas outras razões. Porque como refere o Whitedri é, principalmente, um acto muito emocional, de grande partilha e entrega. E se calhar é a esse nível que as coisas falham...

 
At 2:02 da manhã, abril 05, 2006, Blogger Rainha das cores said...

Isis, Isis, bem que muitos homens e mulheres aprendiam muito se lessem alguns dos teus posts.
Este assunto é bastante interessante... Talvez seja mais fácil falar de "fora", i.é, não estando na situação de casada ou numa relação longa. Mesmo assim a situação não me é estranha e ouço várias vezes esse tipo de desabafos.
Primeiro acho que isso dos tabus e preconceitos não são só tretas, há muitas mulheres que pensam e sentem isso, mas acho que é algo que pode ser ultrapassado numa relação de abertura e diálogo.
Depois é como disseram acima...quando não há à vontade para se mostrar que se prefere bife com batatas fritas em vez de feijoada de polvo é sinal que até pode haver uma relação, mas a intimidade, essa, não existe de certeza.
O que também acho é que, regra geral, numa relação longa, os homens acabam por querer ter sexo mais vezes que as mulheres. E este desajuste com o tempo acaba por se tornar num jogo em que o homem procura e provoca as situações e a mulher foge delas. Porque está com as famosas dores de cabeça, ou cansada ou etc. E quando acontece acaba por ser igual às outras vezes, cada vez com menos desejo da parte dela.
Os homens muitas vezes queixam-se de que as mulheres não sentem desejo ou não tomam a iniciativa. O que é que podem fazer?? Dêm-lhes espaço e tempo para que elas o façam. Sejam carinhosos, sejam provocantes, namorem muito com elas sem que isso tenha que dar em queca, surpreendam-nas. Fiquem pura e simplesmente a dormir junto numa noite em que elas acham que "vai ter que haver sexo". A sexualidade pode assumir muitas formas p além da "dita queca" - o que dá mais prazer, estar num restaurante rodeados de gente, sem lingerie, a trocarem ao ouvido o que vão fazer ao outro qd chegarem a casa ou o próprio acto sexual em si? Para mim estão os dois ao mesmo nivel e quase diria que um nada vale sem o outro. Aposto que se lhes trocarem as voltas e derem tempo para o desejo crescer, a iniciativa vai ser delas, e em grande!! E aí...dicas da Isis pá frente!!

 
At 11:48 da tarde, abril 06, 2006, Anonymous Anónimo said...

Pois é... eu sou casada! O que é que eu acho? Há dias de tudo, como quando se está solteiro... há fases de tudo... Além se ser casada tenho uma filha, o que pode "incomodar" muito em matéria de sexo, principalmente nos primeiros meses, em que choram, mamam a qualquer hora e nos interrompem sem pedir licença. Isso é mesmo complicado. Mas passada esta fase, o tempo é de redescoberta. Pois é meus amigos, sexo é muito bom mesmo depois de 6 anos de casamento, mesmo depois de uma filha de 3 anos, mesmo depois de cerca de 1 ano de falta de "apetite". Realmente aprende-se muito com a descoberta e aprendizagem emocional, mas não é apenas isso. É todo o conhecimento do que nos agrada mutuamente, é o prazer de fazer coisas "malucas" e que normalmente a maioria dos casados não faz!!! Ser capaz de quebrar com rotinas, mais do que quebrar com tabus (o que é isso? não sei realmente muito bem o que é, porque acho que nunca tive! E olhem que sou uma rapariga do campo!). Bem, vivam as diferenças, os estadios de desenvolvimento das famílias, a vida de casado e a vida de solteiro. Cada um pode fazer da sua vida (quase) tudo o que quiser!

 

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