quinta-feira, março 09, 2006

O PALÁCIO DA VENTURA

Sonho que sou um cavaleiro andante
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura
Mas já desmaio...exausto e vacilante
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante,
Na sua pompa e aérea formosura
Com grandes golpes, bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas de ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão – e nada mais!

Antero de Quental

3 Comments:

At 6:01 da tarde, março 09, 2006, Anonymous Anónimo said...

Porque sou Cavaleiro Andante,
Que mora no teu livro de aventuras,
Podes vir chorar no meu peito,
As mágoas e as desventuras.

Sempre que o vento te ralhe,
E a chuva de maio te molhe,
Sempre que o teu barco encalhe,
E a vida passe e não te olhe.

Porque sou o cavaleiro andante,
Que o teu velho medo inventou,
Podes vir chorar no meu peito,
Pois sabes sempre onde estou...

E sempre que a rádio diga,
Que a América roubou a lua,
Ou que um louco te persiga,
E te chame nomes na rua.

Podes vir chorar no meu peito,
Longe de tudo o que é mau,
Que eu vou estar sempre a teu lado,
No meu cavalo de pau...

 
At 6:11 da tarde, março 09, 2006, Blogger Ísis Osíris said...

esta letra leva-me para outras épocas... é tão linda!! é daquelas que nos leva a crer que independentemente do que façamos podemos voltar....

 
At 8:09 da tarde, março 10, 2006, Blogger Mónica Lice said...

Sou fã de Antero!

Abraço e bom fim-de-semana!:)

 

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