terça-feira, fevereiro 17, 2004

Sou um Génio!

Não sou nada. Mas às vezes até parece...
Ando há anos (acho desde o tempo do Cavaco) a dizer que em vez de estradas é preciso "construir" pessoas qualificadas. Investir na investigação.
Hoje vejo no Público aquilo que sempre pensei: A comunidade europeia aconselha Portugal a investir na formação e na investigação científica.
Nas minhas experiencias de andarilho trabalhador pela Europa, lembro-me de uma altura em que criei amizades com colegas irlandeses, porque tinhamos pelo menos duas coisas em comum: o gosto pela cerveja e a cultura do Pub; O facto de sermos de países cronicamente na cauda da Europa. Os pobrezinhos, por assim dizer.
Passam alguns anos (não muitos). Continuo amigo desses colegas. Mas agora, eles já são ricos ou em vias de e nós continuamos na mesma merda. Na mesma merda não. Com mais alcatrão. Com mais desemprego, com mais fome. E o alcatrão não se come.
Ser investigador é um acto de coragem em Portugal; Temos desempregados com 30, 40, 50 anos, capazes e com vontade de trabalhar, mas não têm formação. Temos formados de qualidade desempregados, principalmente na área social e na educação, porque estas coisas são sempre as que se cortam primeiro, embora sejam as área em que mais precisamos de evoluir. Há crianças que precisam de ajuda para não se tornarem adultos frustrados, quiçá mesmo criminosos, porque não há 180 ou 200 cts por mês numa escola para pagar a um psicologo.
Vejo nas TVs astrologas, bruxos e afins, o que é um crime (pelo menos no canal do suposto serviço público) quando não há cultura cientifica em Portugal, quando iniciativas como o "Ciência Viva" são assassinadas ou quase.
Gastam-se milhares e milhares de euros para 22 gajos andarem a correr atrás de uma bola. Na mesma semana em que morre um jogador de futebol, há gente a ser despedida, desesperada porque não tem pão para o filho que chora de fome. E do que é que se falou? nem respondo...
Faz-se uma semana da internet de banda larga, prometem-se mundos e fundos, há grandes discursos sobre a importância desta tecnologia e temos computadores parados nas escolas porque ninguém sabe trabalhar com eles.
Cada vez que se fala de drogas, aparecem certos senhores - sempre o mesmo - que do assunto nada percebem, a dizer as coisas mais estupidas e estupidificantes. Começo a desconfiar que tem interesses no tráfico de drogas... Senhores! a juventude não vai nessas balelas e só os vão pôr a consumir mais! Como é que vão acreditar em vocês quando disserem a verdade se passam a vida a foder-lhes a mona com mentiras? A história do Pedro e o Lobo diz-vos alguma coisa?

Já que a nossa ministra das finanças gosta tanto de cumprir as determinações da C.E. mesmo quando os outros não o fazem (vide o Pacto de Estabilidade), por uma vez, só por uma vez, gostava que seguissem esta recomendação. Se não o fizerem, considero-os responsáveis pelas crises que surgirão no futuro. Mais do que responsáveis, verdadeiros criminosos que assassinam um país e um povo, a cada dia que passa.
Tenho dito.

O Amor é também a dor da ausência

Hoje tive uma conversa muito gratificante com o meu amigo Kings. Ao ouvi-lo e ao ouvir-me também, a parte da minha alma mais urbano-depressiva ou romantica, como lhe quiserem chamar, lembrou-se de me sussurrar ao coração a seguinte frase "não te esqueças que o amor é também a dor da ausência e que é essa dor muitas vezes que te faz sentir vivo e te permite continuar a tua demanda pelo extase do amor sentido e vivido, por corpos, mentes e faces diferentes. Ou apenas continuar pelo puro prazer da demanda, aceitando a possibilidade de ser surpreendido numa esquina qualquer, numa noite qualquer, num sonho qualquer". Pois é... A doença de Portugal não é a crise. É ter-se esquecido de que é um pais de poetas. Já dizia Goethe: "Faz da tua dor uma obra de arte". Por acaso nem sofro neste dia particular. Mas a melancolia de dores românticas passadas ajuda-me a sentir-me mais vivo.

Se pudesse...

Se pudesse encher
o teu coração de amor
Se pudesse vencer
esta distância, genésis de dor.

Se pudesse abraçar-te
Se pudesse beijar-te
se pudesse te sentir
Sem te mentir

Se pudesse...
Mostrava-te as estrelas
Numa noite nublada.
De uma lágrima de dor
tantas vezes derramada
fazia nascer um mar de amor.

Se pudesse...
Vencia as trevas.
Como uma figura alada
Levava-te aos confins do mundo
Varrendo tudo de imundo.

Se pudesse...
com a penumbra acabaria
E a luz espalharia.
As minhas trevas venceria
e minha deusa far-te-ia


Se pudesse...
Se pudesse ter-te
Se pudesse amar-te.
Sem restrições
Sem traições...

A rima pode ser simples e de estanho. O sentimento era genuíno e de platina. Gostava de me apaixonar um dia destes. Alguma dama por aí julga-se capaz de seduzir meu coração, minha mente, meu ser?

Sobre a blogodependência

Pois...Isto é como a droga (algumas delas). Um gajo experimenta e quando vai a ver, já está viciado. Fica abstinente uns tempos, mas quando volta, a dependência instala-se muito mais rapidamente. Foi o que me aconteceu...Afinal, sou capaz de não estar desaparecido muito mais tempo.

sem título

Todas as coisas têm uma função na vida e depois morrem. Cold Montain.

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Uma lição de Coragem

Há literatura. Mas na vida real é que se encontram as maiores provas de coragem. Leiam de mente aberta. Esta Senhora já foi meu professor de Francês. E um excelente professor, diga-se de passagem, que não limitava à declinação dos verbos irregulares e abria-nos a mente para causas como a da luta do povo palestiniano. É uma pequena homenagem que lhe faço.

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=29996&idCanal=92

O blog dela. Uma leitura obrigatoria.

http://fadista-valeria-mendez.weblog.com.pt/

AHHHH!!!!Ganda TVI!!

Não resisti. Andar a mexer no blog com o telejornal da TVI em som de fundo...e é tiro e queda...Toca a cascar...
Então agora o não ter havido violência no SLB-FCP é notícia?????!!!!!
Até parece que todos os jogos acabam em pancada.
Pelo amor de Deus...Alguém mande esta gente tirar um cursozito de reciclagem no CENJOR. Melhor! Reciclem-nos de vez!!! Deixa-me cá mudar para a SIC Radical. São javardos, mas são assumidos!

Sigmundo em licença dissertativa

Pediram-me para dar explicação aos meus fãs (eu com fãs, quem diria...) da razão da minha ausência prolongada.
Estou nas fases finais da escrita da minha tese de mestrado. Eis a razão.
Brevemente voltarei com mais regularidade, destilando fel, ironia, sarcasmo e se estiver bem disposto talvez alguma poesia e mais dicas escatologicas...
I'll be back...

Sigmundo is Back!!

Só para fazer um pequeno comentário acerca do último jantar. Já aqui tinha dissertado sobre as ruas...É notável o efeito que alguns livros têm sobre nós, no sentido de querermos visitar aquelas ruas descritas nas obras.
Comigo isso aconteceu com o Christianne F. ("Os filhos da droga", em português - que má escolha de título...), livro que li ainda miúdo (acho que ainda nem tinha descoberto as mulheres nessa altura) e que me fez querer visitar Berlim e percorrer a K'damn (Kufursterdamn, ou coisa assim do género, a Rua de Santa Catarina lá do sítio) e a Zoo Station (a mesma de que canta Bono, no Achtung Baby). Anos depois, tive a oportunidade de me perder naquela cidade melancólica, e sem dúvida que a experiência não teria sido a mesma se não tivesse como "mapa" os percursos da Christianne...
É essa a beleza dos livros: Para além de nos poderem surpreender, alegrar, entristecer, ainda nos permitem conhecer e ganhar desejo de conhecer outras paragens que não aquelas do dia-a-dia...

energia renovável: música

Podem perguntar-se o que têm em comum Placebo, Bjork, Adriana Calcanhoto, Carlos Nuñes, Gottan Project e Nick Cave? Pertencem todos a uma forma de arte: a música. Sinto-me felizarda por ter tido a oportunidade de ouvir e ver alguns deles, mas fica-me na boca um travo de nostalgia por não ter tido oportunidade de ver Gottan Project. E um travo amargo por Nick Cave vir ao nosso país e dar apenas dois concertos numa sala pequena para os seus muitos fãs e ambos na Capital.

Imagino o que sentirão as pessoas que vivem longe dos centros urbanos e principalmente de Lisboa. Somos uma nação com dimensões pequenas, que aposta pouco na divulgação da cultura e principalmente em levar a pretensa cultura a todos os pontos do país. Benditos festivais de Verão que são em terras no interior e deslocadas da suposta sociedade privilegiada, com variadíssima oferta. Existem excepções.

Tive o prazer de ver Placebo no Coliseu do Porto que se encheu de pessoas de preto numa noite de tradição da queima das fitas; fui ao Meco ver uma fada em palco (a Bjork aproxima-se da minha imagem de anjo...); desloquei-me a Coimbra para poder ver a Adriana no seu encanto sereno e forte no palco e fui ontem ao Rivoli do Porto assistir a um espectáculo de música celta pela “gaita” de Carlos Nuñes. Perder Gottan Project foi um azar meu, mas perder Nick Cave por terem esgotado os bilhetes em Lisboa?!! Deixou-me indignada... porque por vezes não sabemos das coisas que se vão passando abaixo do Douro.

E lembrei-me de tudo isto, porque quanto a Vocês não sei, mas eu preciso do que sinto nestes concertos para preencher uma necessidade que não é comida, nem amor, nem vontade de saber... é uma necessidade maior, mais aberta, mais profunda... é o sonho, é a realidade, é o ritmo, é a beleza, é o “jogo de futebol”, é a energia renovável que me entra no corpo através dos ouvidos... dos olhos e que é traduzida em energia para oferecer aos outros através da boa disposição, da partilha!

Carlos Nuñes levou-me até ao encantamento da Bretanha, da Irlanda... do Rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda.... elevou-me o espírito e a alma até um paradeiro inexplicável por palavras. O meu sorriso durante todo o concerto. O sorriso do pai e da mãe com um filho que deveria ter não mais do que 5 anos... Isto são imagens que guardo na minha caixinha dos momentos íntimos e intransponíveis que me aquecem na solidão e no “frio” que pode ser o nosso dia-a-dia! Não me levou a saltar como Placebo, não me levou às lágrimas como Bjork, nem à nostalgia que me levou Adriana, mas foi igualmente bom intenso e delicioso! Animem-se os admiradores de Michael Nyman, porque ele estará cá em Abril.

sexta-feira 13. sem bruxedo. com encantamento

Um caracol pode adoecer no dia da sua festa, mas está presente apesar do sofrimento de que padece o enfermo. Neste jantar faltaram alguns Caracóis da Marina e em que se sentiu a falta deles, mas como a sorte acompanha os bons corações (sem pretensões), juntaram-se outras pessoas especiais e o clima foi como sempre se pretende: boa disposição, partilha e literário.

Falou-se de vários autores, mas a homenagem foi merecidamente para Jorge Amado, pela boca da pessoa que eu conheço que mais intensamente fala da escrita deste autor Baiano, confundido imerecidamente com as telenovelas que foram adaptações dos seus Livros.

Quem não ficou sensibilizado a ler Capitães da Areia? Eu li-o numas férias em terras algarvias e guardo a minha própria imagem a ler o livro numa esplanada e a chorar desalmadamente porque queria poder mexer no destino daqueles capitães da areia, realidade próxima ou afastada conforme quisermos olhar a realidade que nos envolve.

Mas sobre a escrita de Jorge Amado ficou a mistura entre o seu realismo e surrealismo... o calor dos escritos sul americanos e a promessa de que se encontra uma Baía dos anos 50 que apetece conhecer e a descrição das tradições dos Orixãs e das 365 capelas que povoam Salvador....

A mim ele já me chamou. Terá chamado mais alguém?

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Pertença

Pertencer a um lugar? Será importante pertencer a um lugar? Parece-me que não se pode pertencer a nenhum lugar enquanto não se amar alguém de verdade e enquanto não se partilhar a vida com essa alma... até lá pertencemos a um lugar qualquer porque o nosso amor anda por aí.... (à nossa procura de certeza!!!)

terça-feira, fevereiro 10, 2004

Estou apaixonada

Estou apaixonada. Apaixonada por tudo e por nada. Pela vida, pelos amigos, pelo desconhecido, pelo conhecido, pelo mar, pela serra, pelo Sol e pela Lua... por alguém ou ninguém! Estou simplesmente apaixonada por Ti!

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Isto não só é importante como também é romântico

Agrada-me olhar à minha volta e contactar com experiências românticas de vida!

Se existem ou não coincidências ou se somos nós quem cria as suas próprias; se existe um destino predisposto para cada um de nós ou se somos nós que o construímos: se podemos estar mais atentos aquilo que o MUNDO nos proporciona e daí criar as concidências que se pretende e construir dessas coincidências um futuro mais feliz; todos estes "S's" são dúvidas que me perseguem! O que sou eu aqui, o que é o mundo e o que é Deus? Estaremos todos em interacção ou seremos indivíduos solitários?

No entrelaçar destas dúvidas surgiu sem saber bem como o movimento "Os caracóis da marina"; Eu e o Sigmundo fomos os principais "arrecadadores" de pessoas dispostas a tornarem uma noite por mês, num momento de tertúlia literário. Como é que se escolheram as pessoas? Pela afinidade entre elas... É tão importante a afinidade entre as pessoas.... partilharem gostos, prazeres, ideias, passeios, paixões, músicas, países, sonhos, vinhos, beijos... sei lá, a ideia de partilha extasia-me!! E foi com base neste êxtase que nasceu o primeiro amor a partir deste movimento .

Sinto-me feliz! Sinto-me feliz pelos meus amigos!

E não podia deixar de dizer que o amor vive aí numa "casa" qualquer, protegida apenas por uma falta de capacidade de ver para além da aparência da porta fechada...

Se este movimento não servir para mais, pelo menos já cumpriu uma missão muito importante! Juntar 2 almas gémeas!!

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