Recomendo
Acrescentei na lista de links o blog Avatares de um desejo. Já tinha ouvido falar, não tinha lido.
Recomendo vivamente.
Canto internáutico da tertúlia literária (e não só), "Os Caracóis da Marina" são uma boa desculpa para um grupo de velhos amigos terem "boas" conversas e beberem uns copos...
Acrescentei na lista de links o blog Avatares de um desejo. Já tinha ouvido falar, não tinha lido.
Um ano de paleio. Um ano de boas intenções. Um ano de palavreado.
Quando estávamos a beber Só mais um copo na Gesto, surgiu uma ideia: E se no próximo ano editássemos um livro (sem pretenções de tal como o PIPI permanecer na sombra do marketing), mas sim de nós para nós e para quem o quisesse! Fica aqui a dica, para que não se esfume no dia a dia.
A Casa dos Budas Ditosos” foi o livro que levei para este jantar. Apesar de impulsionar a iniciativa, não expliquei porque escolhi este livro para um jantar que propus ser de sugestões de leituras para férias. Li uma passagem sob os ouvidos de um empregado de mesa quase incrédulo com o que estava a ouvir e mesmo quando me tocaram levemente na perna para parar não reparei e continuei a leitura até que senti uma travessa tocar na mesa! Assim foi a leitura deste livro, provocante, misteriosa, crua e fria ao falar de amor ou de fazer amor. Li-o numa noite enquanto esperava pelo meu “amante” e quando o acabei estava ainda mais ansiosa por o encontrar, por lhe cair nos braços e tomar nos meus braços, tocar-lhe e beijá-lo... Quando vi a peça representada pela Fernanda Montenegro e no final ela disse que toda aquela narrativa se servisse para pelo menos uma pessoa fazer uma “sacanice” naquela noite já teria valido a pena, sorri baixinho, porque na verdade aquela foi a sensação exacta que fiquei no final do livro: fazer “sacanice”! Continuo sempre a sorrir baixinho pela noite em que o li, um dos momentos a recordar na minha vida que um livro me proporcionou! E perguntar-se-á quem lê isto porque motivo estarei eu a contar isto!! Talvez pareça um relato demasiado pessoal, mas os livros também são as nossas prosas, as nossas vidas e tudo o que nos fazem viver ou talvez sonhar... E para que percebam porque escolhi o livro teriam de perceber o contexto que o envolveu, num saco de momentos perdidos que guardamos debaixo da almofada. Por vezes os sentidos têm de ser acordados, os tabus têm de ser cortados e precisamos de nos limitar a sentir. A sentir o nosso corpo, o corpo do outro, a música, um quadro, o mar ou o sol... sem fazer teorias devassas nem tentativas de explicação para o que só tem existência no nosso “sentir”. Pegando neste livro desejava acordar os sentidos e que cada um sentisse. Sentir. Sentir. É a palavra de ordem de umas merecidas férias depois de andarmos de um lado para o outro a resolver coisas, a arranjar soluções para uma vida que às vezes parece desprovida de sentido. Portanto, encham-se de “sentires” para que quando o Outono chegar possam sentir a húmida saudade dos “sentires” que viveram! Acordem para o todo que vos rodeiam, lendo ou não este livro, dêem atenção a vocês e a tudo o que se relaciona com o vosso pequeno mundo. Para mim é muito importante lembrar-me da simplicidade das coisas que vou vivendo, porque me ajuda a dar maior importância a cada uma delas e a cada momento que respiro!
O jantar foi outra vez num restaurante quase sem nome... havia algumas pessoas verdadeiramente interessadas naquilo que estavam a dizer... Sinto-me sempre uma leiga quando ouço as pessoas partilharem os seus livros e autores aconselhados! Ainda bem que posso estar aqui, para ouvir o que têm as pessoas a dizer. Existem pessoas interessantes e que refletem a sua alma nos livros que leêm. Existem outras que fazem uma análise pormenorizada. Existem pessoas quase sem nome. Existem as que têm dores. Existem, claro, as apaixonadas. Existem as que contam histórias das viagens que fizeram ou não fizeram... as viagens dos livros que leram! Existem as que se emocionam com o turismo sexual. Houve quem trouxesse um livro, apesar de se intitular como não leitor de romances. Algumas choram enquanto outras riem. Os opostos fazem parte das nossas inquietações. Os livros retratam a religião, o sexo e a sociedade. Serão nossos? Serão deles? também se falou da morte, dos "paraísos artificiais"... Falou-se do Euro. telefonemas na casa de banho. Falso patriotismo? Crise política em Portugal. Houve espaço, igualmente, para se falarem de coincidências ocorridas, em bares perdidos da ribeira, comboios... Aqueles que conhecem aqueles que são conhecidos por outros...
Aviso à navegação: esta série que inicio agora tem tanto de auto-biográfico como de ficção...ou talvez não
Hoje andei aí a ver uns blogs que já não visitava há muuuuuuuito tempo. Há um de que sempre gostei, mas os últimos posts são absolutamente fantásticos!! Vão aqui e vejam do que é capaz de surgir a partir da verdadeira raiva. Isto é arte. E, como se não bastasse, com imensa piada.
Porque:
Há uns anos houve um tipo que falou de paixão na poltica. Pouco tempo depois, já ficava toda a gente em pânico quando uma qualquer área era objecto da "paixão" do senhor.
Esta cidade
Então? Tá tudo?
Paulinho,
Tenho andado a reflectir sobre os meus últimos posts aqui no blog. Há coisas que um gajo nem se apercebe e que têm a ver com as coisas em que um tipo anda mais focado.
Há dias assim.
A nossa sociedade está cada vez mais interesseira. Perde-se cada vez mais o verdadeiro sentido da amizade, do amor, de tudo o que realmente interessa neste mundo.
Toda a nossa vida é uma narrativa. Valorizamos acontecimentos em detrimento de outros, viramos à esquerda quando deveriamos virar à direita e voltamos ao mesmo caminho, com novas experiencias. às vezes mais fortes. às vezes mais fracos. Mas sempre mais enriquecidos.