terça-feira, fevereiro 17, 2004

O Amor é também a dor da ausência

Hoje tive uma conversa muito gratificante com o meu amigo Kings. Ao ouvi-lo e ao ouvir-me também, a parte da minha alma mais urbano-depressiva ou romantica, como lhe quiserem chamar, lembrou-se de me sussurrar ao coração a seguinte frase "não te esqueças que o amor é também a dor da ausência e que é essa dor muitas vezes que te faz sentir vivo e te permite continuar a tua demanda pelo extase do amor sentido e vivido, por corpos, mentes e faces diferentes. Ou apenas continuar pelo puro prazer da demanda, aceitando a possibilidade de ser surpreendido numa esquina qualquer, numa noite qualquer, num sonho qualquer". Pois é... A doença de Portugal não é a crise. É ter-se esquecido de que é um pais de poetas. Já dizia Goethe: "Faz da tua dor uma obra de arte". Por acaso nem sofro neste dia particular. Mas a melancolia de dores românticas passadas ajuda-me a sentir-me mais vivo.

Se pudesse...

Se pudesse encher
o teu coração de amor
Se pudesse vencer
esta distância, genésis de dor.

Se pudesse abraçar-te
Se pudesse beijar-te
se pudesse te sentir
Sem te mentir

Se pudesse...
Mostrava-te as estrelas
Numa noite nublada.
De uma lágrima de dor
tantas vezes derramada
fazia nascer um mar de amor.

Se pudesse...
Vencia as trevas.
Como uma figura alada
Levava-te aos confins do mundo
Varrendo tudo de imundo.

Se pudesse...
com a penumbra acabaria
E a luz espalharia.
As minhas trevas venceria
e minha deusa far-te-ia


Se pudesse...
Se pudesse ter-te
Se pudesse amar-te.
Sem restrições
Sem traições...

A rima pode ser simples e de estanho. O sentimento era genuíno e de platina. Gostava de me apaixonar um dia destes. Alguma dama por aí julga-se capaz de seduzir meu coração, minha mente, meu ser?

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