Este ano foi o fim de quase todas as coisas. "Fim" é sem dúvida a palavra mais adequada para o descrever.
Leia-se fim, quando se pensa em terminar tarefas, em deixar o que não interessa para trás, quando se fala em ultrapassar fronteiras e barreiras, quando se avistam ao longe os fantasmas que nos inventam, quando se abandonam velhas peles, quando largamos os hábitos que nos amarram a alguém. Leia-se fim, se procuramos uma nova forma, uma nova cor ou sabor diferente, se queremos esquecer o que não interessa, se desejamos chegar a outro lugar, se os ses deixarem de existir e nos invadir uma necessidade de mudança.
Sinto-me como se a pele do meu corpo tivesse caído com todas as velhas formas de estar. Sinto a dor de uma pele sensível que ainda não conhece o sol, o vento ou provou o mar. Uma pele que não conhece nada, não sabe para onde vai. Uma pele que abandonou a sua própria pele para se colocar ao dispôr de uma nova.
Foi o fim de tantas formas de amor, que a minha pele ainda não o consegue perceber e por isso ficou doente... Mas este ano encerrou. Encerrou um ciclo para deixar que a pele iniciasse um novo ciclo!
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