Enfim... Sós!

Hoje sinto que uma gripe tomou conta de mim... Enquanto era a constipação ainda era como o outro, mas agora está um bocado pior. Rebolei-me na cama com a tosse. Tenho frio... Sim! Eu tenho frio. E enquanto estava nisto durante a noite, pensei em várias coisas: As noites longas e geladas têm destas coisas! Pensa-se um pouco em tudo e um bocado de tudo. Levantei-me para beber chá, para parar de tossir, para tomar xarope... À espera que a noite passasse e o dia me trouxesse as melhoras esperadas.

Uma das coisas em que estive a pensar foi no facto de escrever de tudo neste blog. De tudo o que diz respeito à minha vida! De tal forma que pessoas que apenas leêm o blog e que não falam comigo, devem achar que me conhecem. Ou então, aquelas pessoas que nos conhecem, ligam a saber se aquele ou este texto é sobre elas. E decidi que para mim era importante falar sobre este blog, falar finalmente sobre mim, se o tenho feito indirectamente desde que este surgiu!

Obviamente existem coisas que escrevo directas, sobre um determinado assunto que assumo como a realidade. São disto exemplos as idas a concertos, ao cinema, ao teatro... livros que leio e acho que me fico por aqui.

Depois existem todas as outras coisas. Sem dúvida que todas elas são um pedaço de espírito que liberto do meu. É óbvio que em todas as entradas existe lá um bocadinho do que vivi, do que vivo, dos meus sonhos, das minhas perdas.... No entanto, não tenho de viver os acontecimentos em tempo real. Posso escrever textos que apenas se baseiam na recordação. Também posso escrever outros que são actuais. Posso escrever sobre alguém que existe apenas na minha cabeça, ou de alguém que existe mesmo fora de mim! Depois também não se pode esquecer que quando se escreve, o resultado vai para além da realidade: quando se escreve desapropria-se da realidade para que se possa criar qualquer coisa diferente da mesma, o que faz com que nada seja uma reprodução exacta, mas sim uma criação.

Queixam-se ainda que eu escrevo muito sobre "os meus desamores e as minhas tristezas". Pois é verdade! Porque eu para me rir tenho a vida real. Em que me rio quando estou feliz e quando estou infeliz. Em que me rio das asneiras que faço ou que vejo fazer. Em que me rio por tudo e por nada. Dificilmente alguém verá alguma coisa escrita por mim em que o tema principal seja a felicidade ou a boa disposição, porque para isso não preciso escrever... Basta-me viver!!

Será impossível não se pensar em qualquer coisa sobre mim quando se leem determinados textos meus, mas tentem pensar que apenas têm uma fracção muito reduzida da realidade e por isso não me exponho demasiado!