Eu não gosto de franceses
É uma mania minha já há muitos anos. Não posso com franceses. Devo ter sido Alemão ou Britânico numa vida anterior.
Mas passei a gostar de bombeiros franceses.
3 deles decidiram, a expensas próprias e no seu tempo livre, pagar a viagem até Portugal para ajudar a malta. Sem pedir nada a ninguém e pagando as despesas do próprio bolso. E são profissionais, especializados em fogos florestais. Não consta sequer que tenham familiares portugueses. Puro altruísmo, portanto.
Só que, por razões burocráticas - ausência de protocolo de integração de bombeiros franceses em corporações portuguesas - não os deixam ir apagar fogos.
Eles respondem que vão, nem que tenham de ir de autocarro. Que se ajudarem a evitar a queima de uma casa, já valeu a pena.
Grandes Bombeiros Franceses!!!
Pobres, estúpidos, burocratas portugueses...Mais vale deixar queimar, porque falta o papel. Mais vale não aceitar a ajuda de fora - especializada - porque falta o papel.
Porra!!! Eu pago o caralho do papel e a tinta para escreverem a porra do protocolo. Deixem os homens trabalhar!!
13 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
mas ainda havia dúvidas que mais vale deixar arder??
deixa arder que é mato
ou
deixa arder que o meu pai é bombeiro
tem q se acabar com a porra das plantações de eucaliptos e pinheiros. isto não se resolve com bombeiros franceses, resolve-se com platanos, castanheiros, sobreiros, etc... enquanto andarmos nisto mais vale deixar arder, que, realmente, é mato...
Contamos então contigo para plantar essas árvores de que falas...
o sistema burocrático é muito pesado (tens toda a razão!) mas o verdadeiro problema está para além disso. está na prevenção.
Concordo com a prevenção, concordo com a alteração do parque florestal (de eucaliptos e pinheiros bravos para árvores mais "nobres" e de queima mais difícil) e concordo igualmente com facilitar a ajuda altruísta dos outros...
Assim sendo, proponho que todos plantemos uma árvore um dia destes... De resto é algo em que ando a pensar há já algum tempo...
bem, não contem comigo para plantar eucaliptos e pinheiros e para tentar apagar fogos onde existem estas arvores...
e se calhar a onda destes françugas não é assim tão altruísta: vêm ajudar a apagar fogos num país terceiro-mundista, sem ajudas nenhumas... uma coisa óptima para o CV!!!!
(ora aqui está um bom motivo para continuares a não gostar de franceses! ;o) )
Hoje ouvi de uma pessoa amiga que, segundo várias fontes pessoais, e por constatação "in loco", muitos fogos foram ateados por aviões que, ao passarem suavemente pelas matas, deixavam cair acidentalmente um "verylight" aceso...
Ora também ouvi dizer que em Portugal (ao contrário dos outros países da UE) os aviões de combate aos incêndios (pelo menos alguns!)são alugados ao dia / à hora e não propriedade das forças de bombeiros.
Será esta informação viável e, em caso afirmativo, poderei fazer uma pequena associação "selvagem" entre estes dois inputs?...
asc: É viável a informação relativa ao aluguer dos aviões. Em relação à associação que fazes, ela não me parece nada "selvagem"!!
ASC: já foi provado que em alguns casos quem ateava fogos eram pessoas das empresas de aluguer de meios aéreos.
A tua associação não é nada selvagem, selvagens são eles!
A contratação de meios privados é normal noutros paises da Europa. A diferença é que em vez de contratualizar x horas (como em Portugal), os contratos são feitos em termos da época de incêndios - ou seja 3/4 meses.
Por isso é que as horas contratualizadas já acabaram há n tempo em Portugal...
Ó Everything is in the Right Place: Concordo contigo, mas tb tens de concordar que antes de plantar seja o que seja é preciso apagar o que está a arder. Senão as sementes tb ardem
Meios aéreos de combate aos fogos: 266 mil euros / dia.
Credo!...
Enviar um comentário
<< Home