Eugénio de Andrade (19 de Janeiro de 1923 - 13 de Junho de 2005)
É urgente o amor
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão, crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas,
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
2 Comments:
é engraçado... este é daqueles poemas que me ficou na "cabeça" desde há muito tempo... dos tempos do liceu ou coisa do género! é importante relembrar um dos homens que morreu hoje e que vivia aqui na Nossa cidade!
Não conheço muito bem a obra de Eugénio de Andrade. Tenho apenas um livro dele: "O Sal da Língua". E, para mim, a poesia é mesmo isso, uma condensação de sentimentos e emoções que são, afinal, o sal da vida.
Enviar um comentário
<< Home