segunda-feira, junho 13, 2005

Eugénio de Andrade (19 de Janeiro de 1923 - 13 de Junho de 2005)

É urgente o amor

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão, crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas,

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

2 Comments:

At 4:14 da tarde, junho 13, 2005, Blogger Ísis Osíris said...

é engraçado... este é daqueles poemas que me ficou na "cabeça" desde há muito tempo... dos tempos do liceu ou coisa do género! é importante relembrar um dos homens que morreu hoje e que vivia aqui na Nossa cidade!

 
At 10:51 da manhã, junho 15, 2005, Blogger Lela said...

Não conheço muito bem a obra de Eugénio de Andrade. Tenho apenas um livro dele: "O Sal da Língua". E, para mim, a poesia é mesmo isso, uma condensação de sentimentos e emoções que são, afinal, o sal da vida.

 

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