tempo de enamoramento
parece-me que o período que medeia o primeiro contacto e uns beijos ou o sexo é cada vez mais curto. parece-me igualmente que isto pode ser um dos factores para a "falência" de tantas relações (que existem com falta de bases). este perído é importante para se conhecer a pessoa, poder partilhar, enamorar-se (diferente de apaixonar-se), criar bases estáveis...
andei a pensar sobre as minhas várias relações. é engraçado, porque reparei que a pessoa que me marcou mais e da qual serei sempre amiga, teve este período muito longo. demorou um ano no flirt até nos beijarmos e mais um ano para termos sexo! e este tempo decorreu entre o mistério do que queríamos e o óbvio do que acabaria por acontecer. acabou, mas ficou uma relação. bem diferente de uma conversa que tive na semana passada com um rapaz, na qual ele me convidava para tomar café em casa dele e decidiu explicar-me que isso quereria dizer que em três minutos me estaria a assediar para ir para a cama com ele, que seria apenas uma relação colorida e por aí adiante. decidi não ir tomar café a casa dele. neste caso o óbvio tornou-se absolutamente frontal. não deixava espaço ao mistério e à construção imaginária!
parece-me que vivemos num mundo de "fast-tudo", onde se inclui o fast-love... em que se perde pouco tempo com aspectos que eu considero fundamentais para as relações afectivas...
será que isto poderá ser a causa de tantas relações fracassadas?
9 Comments:
Concordo plenamente... Hoje busca-se o prazer fácil e imediato... E como tudo o que se consegue facilmente, rapidamente se esvaia a novidade e se perde o interesse. Acho que actualmente muitas pessoas já nem sequer têm relações sexuais. Têm sexo sem estabelecer qualquer relação. Felizmente que ainda exitem muitas excepções... São estas pessoas excepcionais com quem vale a pena ter relações... De todo o tipo.
Concordo plenamente.
É curioso este post quando se observam tantos casos em tantas pessoas que me são proximas de alguma perplexidade neste âmbito...
"Aconteceu irmos para cama poucas horas depois de nos conhecermos e agora ele/ela não me liga..."
Não se tratará de mitigar aquela carência afectiva que sentimos muitas vezes através da gratificação imediatista da pele?...
ora bem.... eu só tenho para te dizer que é já......
Concordo muito, muito, muito!
É bem melhor ir conhecendo a pessoa passo a passo: permite avaliar se a pessoa se enquadra na nossa vida apenas no plano da amizade ou se vale a pena ir mais longe, evitando "argoladas" e desilusões que nos lixam a auto-estima.
Obrigada pelo post! :)
Tenho que continuar a manter isto em mente.
Acho que tens muita razão. Cada vez se dá menos importancia à fase da "côrte". Gozamos com o termo, mas se pensarmos bem é muito importante pois permite o conhecimento, dá espaço à fantasia e ao mistério de que também falas. Claro que depois se corre o risco de quando se chegar finalmente ao acto ter uma desilusão ;-)))
Acho ainda que, a maioria das pessoas que se entregam demasiado depressa, não julgam que a coisa não vai ter futuro, o que pode indicar que estamos muito carentes de relacionamentos afectivos.
Beijinhos
as vezes convida-se para um cafe e o objectivo é mesmo o café.
E atencao que essa de conhecer e tal quase até ao ponto da exaustao antes de se fazer qq coisa dá mesmo isso: exaustao.
Nem tanto ao mar, nem tanto ä terra, se faz favor...
sigmundo, mas isso que referiste do café não tem nada a ver com esta discussão. isso teve a ver com a discussão do XX e o XY.
aqui trata-se só da fase da "côrte", na qual tu até podes convidar para um café e no entanto até queres conhecer melhor a pessoa e isso é perfeitamente legítimo...
aqui fala-se essencialmente do mistério e sensualidade que envolve a conquista de parte a parte (XX e XY)!
e posso concordar com a questão de ser exagerado quando levado à exaustão, mas também não é desse exagero que se fala no texto...
Bem, para ser honesto, ja nao sei o que era a conversa do XX e do XY - lembro-me vagamnente de ter andado a gozar com isso, pouco mais.
Claro que - nem de uma forma instintiva - um convite para "subir para tomar qq coisa" implica de certa forma um convite para sexo , no caso de ser uma pessoa que mal se conhece e isto vai depender da hora, do que se passou antes, etc, entre outras variaveis. Noutros casos, terá so a ver com amizade. Noutros, com uma demonstracao de interesse, de mostrar a intimidade da casa propria (reparem que convidar a ir a casa tem um peso simbolico importante, no sentido da importancia que se atribui a outra pessoa, seja com que objectivos - se os houver - for.
Agora essa de convidar para tomar cafe e dizer que e para coisar, para alem de instrumnentalizar e fazer perder piada ä coisa, é de muito mau gosto. Afinal, mesmo que se queira coisar, há preliminares (nao necessariamnente sexuais) que tem de ser realizados.
Acho eu de que....
Bjos da Holanda (daí a falta de alguns acentos....)
Penso que as coisas do sexo e do amor estão intimamente ligadas.Hà historias que começam pelo sexo e outras que duram platonicamente. Acho que hoje se vive a 100 à hora e que o momento presente é muito importante. A historia que começa pelo sexo tem (nao no dia que se conhece a pessoa!!), tem algo de excitante e permite de poder construir qualquer coisa pouco a pouco à condição que o sexo tenha bases um pouco amorosas. E possivel,chama-se em Francês "cou-de-foudre", traduzido à letra como se um raio nos cai sobre a cabeça.
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