noites de acasos
se algum dia, por acaso, estiverem no metro em Lisboa, em hora de ponta e olharem á volta e estiverem parados num túnel, sem mais ninguém lá dentro, desconfiem de que muitas coisas estão para acontecer! e então, se estiverem assim mais de 10 minutos e chegar o motorista a perguntar porque motivo não saíram na última paragem, porque ali é o centro de manobras do metro, desconfiem de que podem estar completamente alienados da realidade. mas, se conseguirem piorar, respondam com uma outra questão "mas que paragem?! onde é que estou?! não sei... talvez me tenha enganado... não sei.... vão ver que ele olhará para vocês com um olhar terno, quase de compreensão pelo vosso estado e dirão "deixe-se estar sentada. voltaremos já para trás e saia numa paragem qualquer!"
isto aconteceu-me, tal e qual na sexta feira. e voltei a ver aquele mesmo olhar, quando estava na operação stop, já de madrugada, com a cor do dia a nascer e quase a apanhar uma multa por excesso de álcool e ausência total de documentos (meus e do carro) e o agente perguntou "onde vive?" e eu olhei para ele demoradamente... "ali à frente." "Onde?" "Não me lembro do nome, mas é ali à frente..." voltei a sentir o mesmo olhar de compreensão que me disse para ir embora!
entre este ínicio e este final, consegui ter uma noite ao estilo de Kerouac. nada programado. ao sabor da noite desta cidade fantástica. uma mensagem levou-me ao concerto dos bliss, para apresentação do primeiro cd (www.blissplanet.com) gostei do concerto: da presença do pedro e a alma do nuno. com uma voz penetrante. com qualidade.
outra mensagem recebida no final do concerto, levou-me aos maus hábitos. fim de noite já. cheguei e o meu irmão em espírito estava a meter conversa com uma espanhola. acabamos os três à conversa, comigo a trocar telefones com ela, depois de ter assumido que não era lébica! palavras, trocas de experiências e acabamos convidados para uma festa numa autêntica "residência espanhola" (Cédric Klapisch). lá fomos para o número 175. uma casa antiga de três andares. a polícia tinha-se antecipado e a festa estava no fim... ainda ficamos a conversar com um catalão de barcelona. barcelona: essa cidade mágica que me fez acreditar que eu já tinha vivido lá noutros tempos.
depois disto e como se a estrada estivesse à nossa frente, acabamos num bar da moda. acho que era dos meus olhos, mas um sítio em que normalmente não me divirto, tornou-se apenas mais uma parte desse caminho!
desconfiem quando não souberem para onde vão: porque tudo vos pode acontecer nessa altura! é um mundo de possibilidades que se abre...
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home