quarta-feira, abril 06, 2005

Comentários

Alguns comentários que têm surgido a alguns posts, de uma caracoleta, levam-me a pensar que por vezes os comentários são mais importantes que o que comentam. Engraçado isto, não? Uma coisa que só existe porque existem em função de outra coisa, tornam-se mais fortes que a coisa que lhes deu origem.
E tanto é assim que originam reflexões acerca deste devir humano que é criar algum de especial a partir de algo por vezes banal.
É o post que se comenta.
É o pôr do sol que gera rimas de espanto com a natureza.
É um sorriso que nos traz sentimentos de carinho.
É o bebé que palreia e nos reflectir sobre a pureza de um ser humano em estado primordial.
É tanta coisa que nos leva a tanta coisa que tem mais importância que a coisa pela qual começamos. E assim infinitamente, em crescendo, em espiral de profundidade filosofico-reflexiva.
O inter-relacionamento entre todas as coisas; os discursos que se encadeiam; os sorrisos que se partilham; Tudo o que origina outra coisa. Este constante nascer, renascer, construir, reconstruir. E destruir. Tudo isto é evolutivo, e de um ponto de vista metateorico, se quiserem, dá muito que pensar acerca do que fazemos com os variados tipos de discursos que utilizamos. E para complicar tudo, aquele discurso elaborado; aquele poema estéticamente perfeito; aquele sentimento altruista e desinteressado, tudo aquilo que nasce de outra coisa, não existiria se a coisa que lhe deu origem não existisse. Ou seja, se calhar o mais importante não é o que se constroi a partir de algo, é o algo em si, porque sem o algo em si, o que se constroi nunca existiria.

E pronto. É só um exemplo do tipo de reflexões que surgem sob efeito de coisas que vêm de marrrocos. Ontem passei três horas à volta destes pensamentos. E depois olhei para o charro e pensei: mas outra pessoa não teria chegado aqui, mesmo com a mesma coisa que originou estas coisas. Ou seja, desisti porque já eram variáveis a mais... :-))))

P.S. - Também escrevi este texto desta forma para gozar com alguns textos académicos que um gajo tem de gramar e que são quase tão confusos como este post.

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