Por essa estrada fora
Iniciei uma jornada muito diferente de todas as que tinha feito até aqui.
De coração aberto, sem máscaras, sem jogadas e sem truques mais do que comprovadamente eficazes.
A estrada que percorro tem me surpreendido em cada curva, em cada cruzamento. E não tem fim à vista, apenas mais etapas de grande satsifação, de grande beleza, de grande auto e hetero-descoberta.
Da atracção fisica, deparei-me com a paixão, com a admiração, com descargas constantes de endorfinas, de espanto e satisfação pelas descobertas em mim e na minha companheira de viagem.
Ainda não chegamos ao fim da primeira etapa. E, sinceramente, não estou com muita pressa, tal o agrado com que percorro o caminho que poderá lá desembocar. Porque esta estrada é diferente, tem maturidade, tem honestidade, não tem pressas, porque vale a pena ser desfrutada em cada centimetro percorrido.
Porque é percorrida em paz, com carinho com gosto pela descoberta e pelo convivio. Com gosto pelo que se sente e pelo que se sabe que se sente por nós.
Já percorri muitas estradas. Em todas nunca vi um horizonte tão belo com esta certeza que o fim será apenas uma etapa em direcção ao infinito.
Nunca antes, como agora, me fez tão sentido aquela frase do Jorge palma "enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar". Nem aquela máxima do Dean Moriarty (salvo erro) no "Pela Estrada Fora" do Jack Kerouac que é qualquer coisa como "não interessa o destino, interessa é viajar".
E cá vou eu por esta estrada fora...Que não quero que acabe nunca.
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