sexta-feira, junho 25, 2004

Na ressaca dos Pixies

Ando desaparecido. Muitas coisas em que pensar. Mas acho que não é tarde.

Chego ao recinto do Superbock super rock de tarde, talvez aí pelas 18 horas. Ainda oiço alguns acordes dos X-Wife (uma banda que ainda vai trazer muita coisa) do também DJ Kitten. Muito bom.
A tarde é gasta na conversa, a beber umas cervejas, esperando o inicio dos Pixies, que lá surgem finalmente, ainda de dia.
"Boa tarde" e lá começam a desfiar o seu set. Para mim, um best of (pudera, não há música deles que não conheça ou não goste, talvez exceptuando o "here comes your man" que de tão batido já enjoa). Destaque absoluto para o "Where is my mind", naquela altura mágica em que dia dá lugar à noite e o céu enche-se de um azul fabuloso. A minha mente está num avião que passa em direcção a norte e é inevitavel ver nitidamente a cara de uma certa pessoa. Talvez a magia do momento do principio da noite, talvez a magia da música, talvez a magia no charuto fumado, talvez a magia de estar apaixonado.
Os pixies vão tocando sem paragens as suas músicas. está muita gente, já não há paciencia para estes adolescentes que me empurram pela enesima vez, à furar para chegar mais perto do palco antes que toque "aquela do your man!!". Ao terceiro grupo de patetas de mãso dadas que me empurra agressivamente vindo de trás, respondo à letra e dou um valente empurrão a uma tipa que ainda tem o desplante de se queixar. FODA-SSSSSSSEEEEE!!!
"boa noite" e os pixies vão embora. Está muito povo. A saida é violenta e só não fica ninguem magoado porque não cai no chão. Empurrões, gente a puxar para um lado e para outro, palhaços a irem para a parte do palco para ver o paneleiro do Lenny Kravitz sem deixerem escoar quem quer sair depois de ver os pixies. Absolutamente bárbaro e irresponsável por parte da organização. Mas o pior ainda estava para vir.
A sede aperta e tenta-se comprar uma cervbeja. Tarefa impossível e que se manterá impossível até sairmos do recinto. Verdadeiras multidões aglomeradas ao pé das barracas, cerveja a acabar constantemente. Uma vergonha.
Tenta-se comer, mas as filas para as poucas barraquinhas de comes são infindáveis. Como na que está mais vazia. Meu deus!! mais valia ter ficado com fome.
Começa a tocar o Lenny Kravitz, mas este paneleiro, para além de não se calar (enfia lá o "love" no olho do Cú, ó paneleiro e toca mas é, perde-se por solos intermináveis de guittara, de bateria, de saxofone, de tudo. E mais paleio. este devia ir era para politico.
A tortura dura mais de duas horas. O cansaço é muito, continua a ser impossivel beber ou comer. Para além disso, já nem consigo fazer um charuto como deve ser.
Começam os Massive Attack. Oiço 3 músicas, até estava a gostar, mas o corpo não aguenta, a disposição não é a melhor e começo a perder a capacidade de estar metido numa lata com mais sardinhas. Saimos.

Foi sem dúvida bom ouvir e ver os Pixies. mais gordos, mas sempre bons. Mas também não foi um daqueles concertos para recordar antes de morrer. à excepção do momento mágico do lusco-fusco já referido.
Para um festival com o nome de superbock, pouca cerveja houve. Demasiada gente para o espaço que era. Nunca vi tal desorganização e falta de respeito por quem paga um bilhete não só para ver um concerto, mas também para ter o minimo de condições, nem que seja o direito a beber uma cerveja sem esperar 3 horas no meio de uma multidão cansada, chateada. Deixei de beber superbock há uns tempos. Depois disto, de certeza que me mantenho fiel à carlsberg. E aos Pixies.

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