Não adianta fugir...

Durante os últimos anos confesso que sempre fugi das Playstation. Na adolescência tive uma consola da SEGA e nunca mais me esqueci do grau de dependência que a coisa atingiu, acho que namorei com o Sonic durante pelo menos 2 anos. Quase casamos, se bem que era a mesma coisa, dado que viviamos juntos e inseparáveis.

Por tudo isto, repito, sempre fugi das Playstation. "Fulano tem uma playstation, vamos lá jogar um bocado?" - "Não, não gosto!"; "vamos jogar na playstation do meu irmão?" - "Não, ainda estragamos..." (!!!). Ouvia coisas como "estive a jogar toda a noite, só dormi duas horas" e pensava que eu teria feito o mesmo, noite após noite.

Ontem foi inevitável, fui apanhada de surpresa, apunhalada pelas costas. Em casa de uma prima, ela e o marido anunciam que compraram uma destas caixinhas mágicas. Estão só à espera que a filha adormeça para poderem jogar. Eu, à espera da meia-noite para dar os parabéns à minha prima, entrei numa espécie de transe, e quando dei por mim já estava aos saltinhos, em frente a uma câmarazinha de filmar, a jogar basket, ténis, canoagem, boxe... Não foi culpa minha, juro!

Tal como previa, a-d-o-r-e-i. E foi só um jogo! Vou tentar fugir da dependência, não queria ficar novamente ligada à máquina! Ainda bem que o diabólico aparelhinho não está em minha casa!

E daí... é só atravessar a rua....