domingo, setembro 24, 2006

Mil novecentos e oitenta e quatro # 2

Mil novecentos e oitenta e quatro. Tinha marcado umas quantas transcrições para as fazer aqui, mas apaguei-as sem querer da memória do telemóvel e por isso ficarão para sempre presas dentro do meu livro. Como sendo aquelas frases em que pensei mais, ou sobre as quais fiquei durante mais tempo.

O livro é brilhante. Apresenta as sociedades de uma forma tão clara, tão destruidora, tão “capaz de tudo” desde que sirva os objectivos. Conseguimos compreender, melhor, através deste romance os massacres, as guerras e todas as formas de tortura que as pessoas provocam umas às outras. Conseguimos compreender o exercício do poder sobre a mente humana. E a partir daqui para todas as relações de poder que se estabelecem entre as pessoas, quer no trabalho, quer na família, quer no amor, quer na amizade. O mundo seria o que é se não existisse a palavra poder e assim abolíssemos o significado da palavra? Será que se abolirmos a palavra, abolimos o exercício do poder?

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