quarta-feira, julho 26, 2006

reflexões # 3

Às vezes, quando tenho de tomar decisões difíceis, penso no que faria se morresse daqui por um bocado ou amanhã. A ideia da realidade de que se pode morrer a qualquer momento pode servir de filtro para não fazermos coisas que nos deixem infelizes. Porque se eu morrer amanhã, quero ter tido uma véspera de morte feliz.
Outras, pergunto-me até onde é que o futuro existe?! Porque se eu morrer agora, daqui por um bocado ou amanhã, não posso considerar que tive um longo futuro. Então porque é que passo longas horas, da minha vida, a pensar no futuro. Na realidade, o futuro pode ser uma irrealidade.
Dá-me jeito este argumento quando quero gastar todo o meu dinheiro numa parvoíce (amanhã posso não precisar dele!) ou quando quero passar a noite sem dormir mesmo que no dia seguinte tenha uma coisa importantíssima (amanhã posso não estar cá para ir ao evento!) ou quando quero ir para a cama com alguém que não devia (mas amanhã posso já não poder ir para a cama com ninguém, excepto com um daqueles que gosta de "comer" mortas e que tem um nome que eu não me lembro!) e assim por diante!
Esta coisa do posso morrer já e portanto devo aproveitar cada dia como se fosse o último é um fait divers; mas é daqueles que pode ser tão importante para vivermos cada dia que passa o mais feliz possível. A parte positiva desta ideia é que cada vez faço menos o que não quero, cada vez estou menos com quem não me apetece e os fretes são cada vez menos. No entanto, existe um perigo! Se pensarmos apenas no hoje podemos fazer coisas que fazem com que o amanhã seja muito mau. Na minha opinião, devemos viver cada dia como se fosse o última, mas lembrando sempre que pode não ser. E, assim, aquilo que nos faz feliz hoje, não pode deixar para o dia seguinte mais do que uma pequena ressaca. Caso contrário, mais vale pensar que hoje e amanhã podem ser os últimos dias.
Queria só deixar aqui um aparte: Infelizmente não consigo viver apenas no presente. Lembro-me sempre de uma frase que esteve escrita em vários sítios visíveis durante vários anos, retirada do filme Kamasutra (que se alguém tiver, podia emprestar-me para eu rever!?) do ano de 1995/6 "viver no presente é não ter memórias do passado nem expectativas de futuro".
Tem muitas fraquezas esta teoria, mas não deixa de ser engraçado pensar nisto de vez em quando.

1 Comments:

At 4:47 da tarde, agosto 12, 2006, Anonymous Anónimo said...

Keep up the good work. thnx!
»

 

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