segunda-feira, junho 20, 2005

Adeus

Adeus.
Nunca concordei muito com a tua visão do Mundo.
Nunca concordei muito com o que defendias para o país.
Mas sempre admirei quem lutou tanto e durante tanto tempo contra a besta salazarista. Quem deu alma, corpo, intelecto na defesa dos oprimidos.
Nunca gostaste muito da individualização de um trabalho que era colectivo.
Por isso, não te chamo pelo nome, mesmo sabendo quem quem ler isto saberá a quem me refiro.
Foste por vezes de pensamento monolitico (para não dizer outras coisas).
Mas foste sem dúvida uma figura ímpar da história portuguesa.
Admiro-te antes do 25 de Abril. Nem tanto depois.
Prefiro o resistente de bicicleta, o escritor e o pintor ao líder partidário, o ministro, o ícone do Partido.
Mas mesmo que fosses só o escritor, diria o mesmo que agora digo:
Portugal ficou mesmo mais pobre. Foi-se uma pessoa íntegra. E isso é cada vez mais raro.
Espero que Deus te perdoe e te dê um céu à tua maneira: Marxista (mas no bom sentido, no da Utopia).
Adeus. Descansa em paz.

2 Comments:

At 10:16 da tarde, junho 20, 2005, Blogger Rainha das cores said...

Já andava com saudades! ;)

 
At 9:07 da manhã, junho 21, 2005, Blogger Ísis Osíris said...

gostei deste adeus... :)

 

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