Barbaridades
Ao ler um blog concorrente :-) tenho conhecimento de que o padre que celebrou a missa de 7º dia da morte da Vanessa (a criança que foi atirada ao Douro) defendeu que era mais grave provocar-se um aborto do que matar uma criança de 5 anos. Já descobriram porquê? Segundo o sabiosíssimo ser superior que proferiu estas palavras, porque uma criança de 5 anos se pode defender, enquanto que no aborto não existe essa possibilidade!!
Como é que querem que as pessoas, principalmente os jovens, se mantenham próximos da religião???
8 Comments:
eu bem digo que quanto mais penso, mais me afasto da religião católica... e tenho pensado muito...
Luna, ainda bem que nos contas estas coisas... às vezes acho que exagero nas críticas à igreja, mas visto isto... Tá difícil!
Há sempre um diz que disse, uma prime de uma tia da irmã que por acaso foi à missa de sétimo dia da criança! e esses gajos dos blogs passam a vida em missas de criancas atiradas ao rio! Infelizmente e embora pondo alguma dúvida, é possível que padres possam dizer isso. É triste mas é fruto de uma igreja perdida em algumas referências.
Mas a segunda parte da frase, que não vos revolta nada é que me assusta. De facto, a criança que está lá dentro e que não pediu para ser feita, que cresce e que é um pedaço de vida, não se pode defender. Ou pode?
Acho que estás a ver as coisas de uma forma errada Falstaff. Eu sei que um ser no ventre da mãe não tem possibilidades de defesa. Concordo plenamente com isso. Mas o criticável na afirmação (como dizes, e bem, se for verdadeira) é a ideia de que uma criança de 5 anos se pode defender, mais que uma criança não nascida! Pode???
Ó Falstaff:
Quando tenho um sonho molhado também estou a matar pedaços de vida ou não?
Esclarecimento: Claro que o comentário é infeliz, não tem desculpa. E uma criança, tal como uma não nascida, merece toda a protecção. Em relação aos sonhos molhados do Sigmundo, não entro em demagogias.
Por outro lado, continuo a afirmar que, tal como nos comentários ao Papa neste blog, dizer mal da Igreja é fácil e desculparmos o nosso afastamento nos outros também, sobretudo se não precisarmos de nos esforçar, porque nos acomodamos, porque cremos que está tudo perdido. Para além de estar na moda! Se não somos radicais em quase nada, se somos liberais em quase tudo, porque é que tudo é razão para dizer mal da Igreja? Já alguma vez procuraram as coisas boas que ela tem? Já alguma vez a usaram como exemplo?
Tem coisas boas e coisas más, como outras religiões.
Acho que nunca niguém ousaria exigir a uma instituição com esta dimensão que fosse perfeita.
Além disso existe a subjectividade: para a minha vizinha não há nada de errado a apontar à Igreja, "Deus me livre!".
Há quem lhe possa chamar ignorante, mas ela é uma pessoa feliz muito graças às suas crenças. Será preferível um esclarecido infeliz ou um ingénuo feliz.
Coisa que não se possa criticar não merece existir. A crítica permite a mudança.
Não sabem, mas ficam a saber: por acaso até sou um tipo religioso, que pratica - à sua maneira - o catolicismo - e de forma mais tradicional que possam imaginar.
Mas isso não me torna um ser sem sentido de injustiça ou crítica.
Demagogia é achar que um humano está isento de erro - um dos dogmas do catolicismo.
Alheamento, radicalismos, etc, é ser católico sem se pronunciar sobre o que está mal na corrente religiosa que lhe faz mais sentido.
Se até o J.C. fez estrondo no Templo...sigamos o seu exemplo. Afinal, foi ele que começou tudo isto.
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