quinta-feira, maio 24, 2007

Galeria Metrópole, do dramaturgo Mário Viana

Leitura teatralizada no Museu da Quinta de Santiago, inserida no projecto "Salve a Língua de Camões"

Sexta feira, dia 25 de Maio, pelas 21h30

Salve a Língua de Camões
, projecto assente na democratização da palavra através da difusão de textos nos quais a Língua Portuguesa é o seu comum, promove o intercâmbio de textos de dramaturgia, das palavras de autores que vivem no Brasil, em S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola e Moçambique. Estes textos são adaptados em leituras encenadas no Museu da Quinta de Santiago, estrutura museológica tutelada pela autarquia, parceira deste projecto e local onde decorrem as leituras, na última sexta de cada mês, pelas 21h30.

Esta quarta viagem é feita pelas palavras do jornalista e dramaturgo Mário Viana, paulista, membro fundador do núcleo dos 10, autor das peças premiadas Vamos? e Vestir o pai, que contaram com montagens de espectáculos das suas dramaturgias em São Paulo. Florença e Roma. A peça Galeria Metrópole foi classificada em segundo lugar no Concurso Nacional de Dramaturgia da Funarte (Sudeste).

Desde setembro de 2006, colabora com a equipe de Aimar Labaki na telenovela Paixões Proibidas, adaptação de Camilo Castelo Branco para Rede Band (Brasil) e RTP (Portugal).

Sobre o autor – este estará presente de forma original na Museu da Quinta de Santiago, destacando-se da ligação online, realizada em todas as sessões com os dramaturgos ou responsáveis pelos projectos dos outros países. E mais não nos cabe dizer, apelando à curiosidade.

Venha ao Museu. Sinta o Brasil mais perto.

SINOPSE

GALERIA METRÓPOLE
De Mário Viana

Um velho metódico e rabugento, sua sobrinha lésbica e a namorada, fantasmas de amores que já se foram. São esses os personagens de Galeria Metrópole, peça de Mário Viana. O tema, nada banal, é bem apropriado para pensar os ecos dos movimentos gays que mobilizaram as maiores cidades do planeta.
As relações familiares entre héteros e homossexuais são o foco do texto.Afonso, um advogado aposentado que durante toda a vida tentou esconder sua orientação sexual. Sua sobrinha, Lúcia, chega aos quarenta anos e passa a namorar Nina. No dia da passeata gay, uma das maiores do mundo, Lúcia tenta convencer o tio a ir para a passeata junto com ela e a namorada. Não é tarefa fácil. O velho finge ser alheio a qualquer forma de manifestação homossexual. No imaginário de Lúcia, porém, Afonso ocupa lugar de destaque por representar uma vida plena de realizações. Acompanham a história dois personagens que já morreram: Renato, grande amor de Afonso, e Nenzinho, "amigo" com quem o velho passou a vida. O texto, porém, é mais do que um drama burguês e toca em pontos importantes para a comunidade gay: militância, identidade, envelhecimento, separação, vida cultural, estereótipos e pela sociedade a homo fobia, a perseguição, o preconceito, a intolerância a diferença e as opções sexuais de cada um.
O autor explica que há na cidade "universos paralelos com tempos diferentes", alguns mais bem resolvidos em relação à homossexualidade, outros não. "A Parada é um evento positivo, mas a luta continua", afirma. A peça permite um olhar sobre essas diversas dimensões temporais, evidentes no contraste Afonso/Nina. "O Afonso é fruto e vítima de uma época", conclui o autor.

FICHA TÉCNICA

Afonso: William Gavião / Lúcia: Ana Perfeito / Nina: Patrícia Barbosa
Nenzinho: Carlos Moura / Renato: Nuno Miguel
Direcção da Leitura / William Gavião
Ambiente Cénico e adereços: Patrícia Esteves / Som:
Jorge Martins
Fotografias: Francisco Saraiva
Produção e realização: Cairte Teatro e Teatro Reactor

1 Comments:

At 7:04 da tarde, maio 30, 2007, Anonymous Anónimo said...

Um texto muito bom.. uma noite agradavel..um publico excelente e uns colegas fantasticos..sem duvida uma noite bem passada..

 

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