(Imaginam como é bom estar aqui no sofá a trabalhar,
com dois gatinhos pequeninos a dormirem nas minhas pernas?
É assim que estou hoje...)
No outro dia, passava os olhos por outros blogs quando me deparei em mais do que um com textos sobre as consequências das nossas opções. Em ambos, as pessoas que escreveram, mostravam-se arrependidas com determinadas opções que tinham tomado. Sentiam que deveriam ter escolhido outra via. E assim pareceu-me que viviam em penitência do que tinham perdido.
Fiquei a pensar nisto. Fiquei a tentar perceber se tinha pena das opções que tinha tomado. Em termos profissionais talvez sim. Olho para trás e vejo uma ou outra opção que talvez se tivesse sido tomada, a minha vida estivesse diferente neste momento. Mas não necessariamente melhor, pelo que nem sequer perco tempo a pensar nisso. Na minha vida pessoal/ amorosa, acho que não. Tem piada, mas de repente percebi que neste nível não tenho optado muitas vezes. Têm sido os outros a optar na maioria das vezes. (Claro que em meta-análise eu optei, mas isso agora não interessa avaliar!) Isto tem um efeito interessante. É que desta forma não olho para trás a pensar que poderia ter decidido isto em vez de aquilo. Foi alguém que decidiu. Eu só existo disponível para aceitar ou não as decisões. É como se me demitisse de poder sentir culpa ou medo do que perderia. Desresponsabilização? Fuga? Ou simplesmente Sorte?
E desta forma é difícil estar em casa a olhar para o ar a pensar onde poderia estar, em vez de estar aqui, se naquele "instante decisivo" tivesse optado por outra coisa diferente!
Sobre as opções que tomei, não olho com saudade para nenhuma, nem tão pouco me arrependo de as ter tomado. Comunguei sempre do que sentia em cada momento e a intuição tem sido minha colaboradora, mesmo quando penso que não.
6 Comments:
Eu arrependo-me de algumas das minhas opções, mas não pretendo penitenciar-me por isso, seria perda de tempo. Escolhi o que fazia sentido na altura, o arrependimento só surge por uma análise global e actual, principalmente no que respeita às consequências.
Há quem diga que se aprende com os erros. É como te disse outro dia, dispenso bem certas aprendizagens que tive. Há coisas que é preferível não saber.
Pois... aprender com os erros é uma coisa que ás vezes também dispensava :)
E há quem repita os mesmos erros vezes e vezes sem nunca aprender coisa alguma...
Aqui me penitencio!
Dizem que repetimos sempre os mesmos erros até aprendermos a lição e agirmos de maneira diferente... é uma forma romântica de olhar para os erros!
Sto Inácio de Loyola (fundador dos Jesuitas) diz que para discernir (pensar antes de tomar uma opção para perceber qual é a mais acertada) é preciso tornar-nos equidistantes das coisas que nos influenciam nas nossas decisões. Isto às vezes é muito dificil de fazer, mas o facto de tomar uma decisão mediante o contexto que nos rodeia e as opções que temos é sempre o melhor. Muito melhor do que as adiar e não as tomar, que só cria tristeza. Ter a consciência que a decisão tomada foi a melhor, também.
Recomendo a leitura de um livro que é uma caminhada ao longo do ano: "Não há soluções, há caminhos" (Padre Vasco Pinto de Magalhães-jesuíta).
365 vezes por ano não perguntes porquê, mas para quê.
Beijo
:: duda ::
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