terça-feira, agosto 01, 2006

Desafio # 6

É engraçado. No sábado à noite falaram-me de um livro. Algures nas Antas. Ontem estou algures em Lisboa e o Grande falou-me do mesmo livro. Antes nunca tinha ouvido falar. Agora duas pessoas falam sobre ele. Acho que o deves sugerir aqui!!

2 Comments:

At 1:58 da manhã, agosto 02, 2006, Blogger grande said...

Como sou um rapazinho obediente, cá vai.

«— Não, não Hégemon — disse o detido, fazendo um grande esforço para ser convincente. — Há um que anda sempre atrás de mim com um pergaminho de cabra e que escreve sem parar. Mas uma vez lancei um olhar por esse pergaminho e fiquei horrorizado. Eu não disse absolutamente nada daquilo que lá estava escrito. Implorei-lhe: “Queima por amor de Deus esse pergaminho!”. Mas ele arrancou-mo das mãos e fugiu.
— Quem é ele? — perguntou Pilatos, com asco, levando a mão à têmpora.
— Mateus Levi — explicou de bom grado o preso. — Era cobrador de impostos e encontrei-o pela primeira vez na estrada de Betânia, onde o figueiral forma um ângulo, e falei com ele. Primeiro tratou-me com hostilidade e até me ofendeu, ou antes, pensou que me ofendia chamando-me cão. — O preso sorriu. — Pessoalmente não vejo nada de mau nesse animal, para me ofender com essa palavra...»

“Margarida e o Mestre”, Mikhail Bulgakov, Colecção Mil Folhas (Público), 2002. O original foi terminado em 1940. Bulgakov, nascido em Kiev, morria dias depois de ultimar o romance em Moscovo. Tenho uma crítica. O romance tem um momento que nos faz perder a atenção:

«Ah, sim... Bons tempos! Os velhos moscovitas lembram-se da famosa Griboedov! A perca cozinhada na altura! Uma bagatela, meu caro Amvrosi! E o esturjão? O esturjão na caçarola prateada, o esturjão às fatias, cobertas de pedaços de lagosta e caviar fresco? E o ovo cocotte com puré de cogumelos em tacinhas? E dos peitinhos de tordos, não gostava? Com trufas? A codorniz à genovesa? Dez rublos e cinquenta! E o jazz, e o serviço! E em Julho, quando toda a família estava na casa de campo e você ficava retido na cidade por assuntos literários urgentes — na esplanada, à sombra da vinha virgem, a mancha dourada na tolha imaculada do pratinho da sopa printanière? Lembra-se, Amvrosi? Que pergunta! O que são essas percas! E as narcejas, as galinholas, as galinhas-do-mato na época, as codornizes, os maçaricos? A Narzan a picar na garganta?! Mas basta, estás a distrair-te, leitor! Segue-me!...»

 
At 10:02 da manhã, agosto 02, 2006, Blogger Ísis Osíris said...

Obrigada! ;) ultrapassaste as minhas expectativas de obediência! isso a juntar às outras alterações... Queres casar comigo? Cozinhas ;)

 

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