quarta-feira, agosto 09, 2006

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 65

No outro dia, perguntaram-me se eu não tinha vontade de ter filhos. Por causa daquela coisa do relógio biológico e tal. E pensei: filhos é um bom tema para uma trintona! Logo é um bom tema para uma crónica!

Ainda não senti vontade de ter filhos!

1. Não tenho maturidade emocional para os ter... por enquanto. Tenho várias coisas para resolver comigo mesma, antes de as passar para os meus filhos e a longo prazo dar trabalho a psicólogos (essa raça!). Eu defendo que pais saudáveis, têm uma maior probabilidade de terem filhos igualmente saudáveis e vice-versa.

2. Acho que um filho implica que os pais estejam dispostos a passar bastante tempo com ele. Tempo de qualidade. De um ponto egoísta, gostava de ter filhos depois de ter concretizado alguns dos meus desejos a vários níveis. Não gostaria de me sentir frustrada por não o poder fazer por causa de ter filhos.... Adivinhem quem sofreria e adivinhem quem ganharia um paciente!?

3. Não tenho namorado. Como tal vou ter um filho de quem? Tenho pensado várias vezes sobre esta questão. Eu gosto muito de crianças. E gostaria de ter filhos. No entanto, pode dar-se a situação de não ter uma relação estável que me permita pensar nisso. E tenho pensado nas soluções. Ir a banco de esperma, mas como é que explico isso à criancinha? Tenho uma amiga que pediu a um ex namorado para a engravidar, porque queria muito ter um filho e a idade estava a passar. Ambos tinham maturidade para uma coisa deste género. A mim parece-me uma óptima ideia, mas não me parece que exista muita gente com maturidade para o fazer. Eu não teria por enquanto. Adopção? Também me parece uma ideia interessante.

4. Ainda não sei bem o que pensar quanto às soluções, mas este ano deu-me vontade de começar a trabalhar com crianças. Quererá dizer alguma coisa?!

1 Comments:

At 10:55 da manhã, agosto 09, 2006, Blogger Woman Once a Bird said...

Na minha perspectiva, o´dito "relógio biológico" resulta de um mito cultural... Interessa que as mulheres sintam ser uma inevitabilidade. Como a tal história de que uma mulher só se sente realmente mulher quando é Mãe...
A minha feminilidade não começa (nem tão pouco acaba) na possibilidade de ser Mãe. Como, de resto, um homem não se define pela sua capacidade (ou não) de ser pai.

 

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