crónicas de uma rapariga gira, aos 30 anos, sem namorado # 7
no outro dia andava a pensar nestas crónicas, quando me dei conta que ainda não tinha reflectido no que fazia de mim uma rapariga de 30 anos solteira e sem namorado! ainda por cima, porque já podia estar casada e provavelmente ser mãe de filhos não fosse esta minha vontade de viver o mundo apaixonadamente! foi por isso que disse não a uma vida certinha, em que a tolha* estaria no seu lugar, assim como tudo o resto! queria conhecer o mundo, pintar as paredes de uma casa que fosse só minha, explorar talentos que nem tenho... sei lá, queria poder sentir-me elevada... o que não era possível com a tolha* sempre arrumada no mesmo sítio!
com esta vontade a crescer tive de viver uma série de histórias e historinhas para me encontrar onde estou hoje. durante uns anos namorar estava completamente fora de questão: só estava bem onde não estava (quase plágio do António Variações). com o tempo fui aprendendo a perceber por onde queria andar... que caminhos precisava de cruzar.
tenho uma amiga que me chama louca quando lhe falo do amor que me enche as medidas:
implica estar com a pessoa porque a amo e não porque somos namorados.
implica eu ter o meu espaço e ele o dele.
implica ele ser um free spirit porque só assim o vou amar sempre.
implica ser dependente independente.
mas estes desejos têm implicações... admito!
os free spirit são livres, independentes, têm um mundo deles... e prendem-se pouco... voam muito e por isso passam pela minha vida e depois têm de seguir viagem.
no entanto, acredito que haja um free spirit que seja um bocado como aquela música do Jorge Palma que diz qualquer coisa como: "o meu amor ensinou-me a partir em cada noite escura, mas ensinou-me a não esquecer que o meu amor existe" (não é bem assim... mas agora não me lembro)... e é assim que nasce uma rapariga gira com 30 anos e sem namorado!
* leia-se toalha
5 Comments:
Lê-se um post e recorda-se. Não sei por onde andas, mas sei que existes na minha mente.
Lembras-te da nossa música?
Engraçado...O que nos faz recordar.
Acabou o sentimento, mas ficou a recordação em tons de pastel luminoso e quente dos grandes momentos passados juntos.
O meu amor tem lábios de silêncio
E mãos de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina
O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito
O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura.
O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.
Aninhas, aninhas, onde andas tu? Viva, morta, não interessa. É verdade quando se diz que as pessoas vivem dentro de nós. Tu em mim e eu em ti.
Beijocas do antigo jeremias fora da lei
o que é uma tolha?
:)
Obrigada pela correcção... :)
Amen to that...
I'll drink to that...
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