terça-feira, outubro 26, 2004

oscar wilde: o retrato de dorian gray

Encontrei este livro por acaso. Já olhei para ele várias vezes nas livrarias, mas como sempre acontece, só compro os livros quando uma força maior me "chama"... E este livro sussurrou por vezes o meu nome, mas nenhuma foi suficiente alto para que eu decidir trazê-lo comigo. No outro dia, apenas por acaso, dei de caras com ele e desta vez olhou para mim com um ar ameaçador que decidi ler!

Como alguém disse num jantar de caracóis, "este foi um livro importante numa altura em valorizava muito a beleza física"... De facto, este é um facto interessante, mas apenas o mais óbvio. Nos meandros do livro surgem vários aspectos interessantes...

Deixo agora um pequeno trecho que me fez esvoçar um sorriso, porque apesar de estar integrado noutra sociedade, parece ser intemporal...

"A culpa foi da rapariga, e não dele. Imaginara-a uma grande artista, porque a julgara extraordinária. E, então ela decepcionara-o. Fora fútil e desprezável. (...) Mas ele também sofreu. Durante as três horas que a peça durara, vivera séculos de sofrimento, eternidades de tortura. (...) Ela magoara-o por um momento, ainda que ele a tivesse magoado para sempre." in O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde; pp 106; Biblioteca Visão.

Achei interessante, porque por vezes apaixonamo-nos por uma algo que desejamos, sem que sejamos capazes de aceitar que essa pessoa poderá ter "falhas" como todas as outras... E essa falta de capacidade de integrar na paixão os pequenos defeitos do outro, leva-nos por vezes a procurar uma "coisa" que nunca vamos encontrar...


Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!
Free Live Chat Rooms Enter my Chat Room
Free Chat Rooms by Bravenet.com
Who links to me?