segunda-feira, outubro 18, 2004

palácio da lua

(...) " Não queria nada daquilo, percebi eu, por isso rejeitei todos os esquemas propostos: teimosamente, cheio de arrogância, sabendo perfeitamente que tinha acabado de sabotar a minha única hipótese de ultrapassar a crise. Daí em diante, na verdade, não fiz nada para me ajudar, recusei-me, inclusivamente, a mexer um dedo. Só Deus sabe porque me portei assim. Na altura inventei um sem-número de razões, mas, afinal de contas, tudo se resumia, possivelmente ao desespero. (...) Era niilismo elevado à categoria de proposta estética. Ia transformar a minha vida numa obra de arte, sacrificando-me a tantos paradoxos requintados, cada expiração, cada inspiração havia de me ensinar a saborear a minha própria condenação." (...) In Palácio da Lua de Paul Auster (Editorial Presença); pp 29.
li este livro bastante rápido. gostei da história. tem alguns aspectos interessantes e que fomentam a reflexão. o excerto que eu escolhi tem a ver com o facto de espelhar uma postura que algumas pessoas adoptam para se demitirem da responsabilidade de fazerem escolhas... ou talvez para não enfrentarem o medo de fracassarem, porque quem nada faz, por opção própria, pode sempre apelar que "se quisesse" teria conseguido... ou.... ou... Mas não deixa de ser uma postura perante a vida! no entanto, leiam o livro para perceberem onde é que isto pôde levar o protagonista...


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