quarta-feira, dezembro 14, 2005

crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 33

Estar carente. Trata-se de quê? Um estado de espírito? Uma dor de alma? A perda de algo? Existem tantos motivos que podem levar-nos a estados de carência...
A maior parte das minhas amigas vai às compras. Conheço algumas que o estado de carência é de tal forma permanente que são compradoras compulsivas. Comigo esta não funciona! Tal como me dizia uma amiga: "A ti nem dá para dizer para ires às compras"... Pois. Que chato. Tenho alguns amigos que fazem imenso desporto nas alturas em que se sentem carentes. O que a mim me parece bem melhor do que as tendências para comer muito: a primeira é mais saudável e as consequências da segunda a longo prazo são deprimentes. Os chocolates. Ai, os chocolates. Uhm...Uhm... E ver filmes? Uns atrás dos outros. De preferência no cinema, para a sala preencher ainda mais o espaço vazio... que se encontra ou perde na carência. Fumar. Beber compulsivamente. Pegar na agenda dos telefones e escolher o gajo (ou gaja, conforme os gostos!) com quem não se importaria de ir para a cama. Eu adoro comprar discos e livros. Gosto de ir ver exposições de fotografias. Outros, masturbam-se. Há tempos dizia-me outra amiga: "Querida, masturba-te... Pode ajudar-te!" Futebol. Playstation. Também aprecio ir até à Ribeira: aliás já me aconteceu procurarem-me por lá quando acontece alguma coisa! Acho que a beleza me ajuda a sentir menos carente. Viajar. Sair do país.
Não sei. Com tantas carências que se vêem por aí, devem existir muitas mais estratégias para lidar com elas do que as que expus aqui. Gostava de saber as vossas. podem-me dar ideias para a próxima noite em que me sentir carente... E já não tiver ideias novas para abafar a carência.

9 Comments:

At 10:53 da manhã, dezembro 14, 2005, Blogger Sereia said...

Olha amiga, nesses dias "depres" ligo sempre a alguém que sei que me vai deixar bem disposta, se bem que a tristeza não desaparece, mas durante aqueles minutinhos sinto-me outra.
Para mim as compras não resultam porque depois fico chateada com o dinheiro que gastei em vão.
Conduzir tb costuma ser uma boa opção, nada como um passeio pela marginal, fumar um cigarro a ver a Baia de Cascais, com aquele cd especial!
E ainda há uma coisa muito melhor, jantar de gajas, faz milagres!

 
At 11:24 da manhã, dezembro 14, 2005, Anonymous Anónimo said...

Olha lá está um assunto que me é caro!

Carências...

Fugas há muitas... as soluções é que são poucas.

Realmente o que mais me custa é seja qual for a "fuga" escolhida o resultado é quase sempre o mesmo: carência!

Isto porque eu acho - e sinto... e descobri - que se estou carente é por culpa própria e se não for eu mesmo a resolver o assunto não será ninguém, nem nada, a resolver isso.

O (meu) "truque", se é que tem "truque", é mesmo fomentar uma auto-estima indestrutível - o que também é uma mentira -, para que esse estado tão deprimente não nos ataque.

É por isso que muita gente diz a meu respeito que eu mesmo na merda tenho um sorriso, uma piada e um elogio para dar a mim mesmo como se nada se passasse... é aparente! Muitos riem comigo mas quase ninguém "chora" comigo... mas é no "choro" que eu sou autêntico.

"Choro" por carência e é mesmo o que mais gosto de fazer... sinto-me como se Fenix me tratasse e das cinzas gosto (e consigo) renascer.

Isto não é a "Pílula dourada", mas "chorar" funciona comigo mais que copos, tertulias, conduzir, galhofa, filmes, isolamentos, chocolates, porrada, discussões, compras... e SEXO... se bem que SEXO nos pode fazer chorar por mais... e isso ajuda ;-)

 
At 12:27 da tarde, dezembro 14, 2005, Blogger mPm said...

só está carente quem não tem nada que fazer com o tenmpo que tem disponivel!
dêem-me o tempo que gastam a fazer compras, masturbarem-se, fazerem sexo, jogar futebol, comer chocolates, ver filmes, etc e acreditem que carente não fico, fico na pior das hipoteses, contente com tanto tempo para poder estar carente!
contraditório? não!

 
At 4:20 da tarde, dezembro 14, 2005, Anonymous Anónimo said...

Ó meus amigos... Em caso de carência, não será melhor um comprimidito e dormir? Talvez que quando acordemos, sei lá, já a sogra tenha morrido! E assim se supre com naturalidade (embora que com drogas) uma carência de PAZ.

Se não quiserem uma solução tão escapista, façam o que dizia Pessoa : comam chocolates.

 
At 9:15 da tarde, dezembro 14, 2005, Blogger The Boy with the thorn in his side said...

Eu também gostava de ir à Ribeira nos meus tempos de carência! Há qualquer coisa naquele lugar...

 
At 12:20 da manhã, dezembro 15, 2005, Blogger Elentári said...

Eu gosto de duas coisas quando estou carente: conduzir (sozinha) a ouvir música e comprar relógios.
Já te mostrei o mais recente Isis? LOL

 
At 12:22 da manhã, dezembro 15, 2005, Blogger Elentári said...

Mas nisto dos estados de carência e há um clássico que convém aqui referir: ir ver o mar.

 
At 12:24 da manhã, dezembro 15, 2005, Anonymous Anónimo said...

Namorado? que palavra estranha, eu ainda me lembro de ter 10/11 anos e dar um beijinho a uma rapariga e ficar de pau feito, bem como andar de autocarro no belo paralelo e lá vai ele novamente (ai sim a vida era dura), quanto mais se procura menos se alcança, hoje é bom com quem está e presamos, amanhã ???? é outro filme esperando sempre não me cruzar com o miguel angelo.Ribeira...tanto faz é preciso é sempre "seguir a marinha"
costumo tb ir há ribeira, mas alguém costuma ir para as piscinas naturais ou fisgas da serra do alvão isso sim têm algo de especial, e fica a uma hora e pouco, há que sair dessa caixinha a vida é uma merda mas só de vez em quando.

 
At 10:43 da tarde, fevereiro 07, 2006, Blogger Castromind said...

Normalmente eu vou ao HI5 e digo a uma miuda qq para preencher o vazio que há em mim. LOL.
Isis, confirma aí que não fui eu, que sou um brincalhão.

 

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