sexta-feira, julho 15, 2005

Função Pública

A crise não é culpa da função pública. A crise é culpa de todos os que mandaram na função pública. Os funcionários públicos não são improdutivos. A questão é que a improdutividade faz parte da cultura vigente da função pública e para serem bons funcionários (isto é, não serem queimados, ostracizados, fodidos, etc) têm de ser improdutivos. Senão, é uma carga de trabalhos, com os colegas a fode-los constantemente porque produzir na função pública fode o esquema a muita gente. A crise é culpa dos chefes, que têm gente incompetente e que se recusa a fazer o seu trabalho nas suas equipas e pactuam com eles. São tão culpados (ou mais) porque permitem este estado de coisas. Os chefes são os mais improdutivos de todos. Geralmente têm dispensa de horário, por isso aparecem uma horita ou duas por dia (se tanto), para assinar oficios inconsequentes que só se justificam para justificar os burocratas e a burocracia que não têm um fim em vista a não ser a manutenção da burocracia. Como se resolve isto? Despedindo os velhotes (velhotes de espirito, não de idade) incompetentes que só atrapalham e contratando gente nova, sem vícios. Mas isto só funciona se houver uma limpeza geral, tipo limpeza étnica. Avaliar o desempenho como deve ser. Ou seja, com uma avaliação externa. Avaliação interna é igual a desempenho "muito bom" mesmo que se seja um professor de português que escreve Protugale, em vez de Portugal. Trabalhar por objectivos, mas objectivos a sério, não é trabalhar para o objectivo de fazer 2 oficios por dia em vez de um. Acabar com a mama dos "n" artigos que permitem que os funcionários públicos se baldem ao trabalho. Sabiam que há um que permite que um tipo goze este ano as férias do ano que vem? Acabar com horários estúpido. De que vale estar na repartição a coçar os tomates 8 horas por dia? Mais vale dizer: tens isto para fazer até dia/hora X. Organiza os teus horários à tua vontade, mas chega-me com a cena feita. Acima de tudo, é preciso deixar de olhar só para o próprio umbigo. Como maior exemplo do "umbiguismo" português, alguns sindicatos, que preferem que uma fábrica feche a abdicar dos "direitos conquistados pelo 25 de Abril". Ou a malta que quer mas é a reforma, mas não se preocupa com a qualidade de vida e com a reforma dos filhos. Resumindo: direitos e deveres - se não iguais - pelo menos parecidos para toda a gente. Porque é que um professor se pode reformar aos 60 anos (por acaso nem sei a idade) e um trolha só aos 65? Pagar, e bem, quem é competente. Promoções, só por mérito (exceptuando os méritos de ser familiar, amigo, compincha ou semelhantes méritos actualmente em vigor). Mais que tudo: gente nova, gente com ideias, gente competente e formada. Velhadas prá rua.

1 Comments:

At 10:35 da manhã, julho 18, 2005, Blogger Luna said...

Concordo completamente, por experiência própria! O facto de os funcionários públicos trabalharem pouco é causa das chefias, da falta de organização e da falta de controle! Quando comecei a trabalhar na função pública mandaram-me desacelerar!!! Fazer as coisas com mais calma!!! Imaginem... ;)

 

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