covil
ficar parada. fechada em casa. em que mais do que eu própria é quase uma multidão. o sofá parece o nosso melhor amigo e a televisão calada enquanto ouvimos as músicas que escolhemos. de repente, as paredes aquecem-nos e parece que nada pode ser pior do que voltar a sair e enfrentar o mundo. aparece o pânico de ter de enfrentar novamente o mundo. não consigo quase conceber a ideia de sair do aconchego das minhas paredes. enfrentar novamente o ar gélido que teima em perseguir. lêm-se livros. escreve-se e pensa-se.
pode tornar-se quase uma dependência pela segurança do calor da casa. pelo calor da solidão. pode tornar-se um engano. pode tornar-se uma fuga. pode tornar-se numa prisão.
e depois outro dia vem e faz-se um esforço por sair a medo.... e afinal não é assim tão mau quanto se pensa... de facto, é preciso fazer-se um esforço por não se deixar perder nas cadeias que criamos a nós mesmos!
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