quinta-feira, agosto 31, 2006

Pesadelos da alma # 16

Pintei o cabelo de preto.
Escolhi roupa preta.
E comecei hoje o luto,
pela a alma que teimou em fugir.
Sou assim,
um corpo
com uma alma
que paira sobre mim.

terça-feira, agosto 29, 2006

O Deus das Pequenas Coisas # 3

"Quando magoamos as pessoas, elas passam a gostar menos de nós. É isso que as palavras descuidadas fazem. Fazem as pessoas gostarem um pouco menos de nós." pp.119

"... o pagamento clarificava as coisas. Dissociava sexo do amor. As Necessidades dos Sentimentos" pp 177

"E uma vez mais, só as Pequenas Coisas foram ditas. As Grandes Coisas permaneceram latentes lá dentro, por dizer." pp 181

"...
(a) Tudo pode acontecer a Todos.

E

(b) É melhor estar preparado." pp 202

"Se a abraçava, não a podia beijar. Se a beijava, não a podia olhar. Se a olhava, não a podia sentir." pp. 223

"Se a tocava, não lhe podia falar, se a amava não podia partir, se falava não podia ouvir, se lutava não podia vencer." pp. 225

Este livro tem sido uma pequena benção nestes meus Dias em que o Sol me parecem menos brilhantes. Deixo aqui as frases, sobre as quais parei mais tempo a olhar de um e de outro ângulo. Para as poderem ver na rectidão de um ecrán de computador.
Eu tenho um Deus das Pequenas Coisas com quem sonho todos os dias. Umas vezes a dormir e outras acordada!

Pesadelos da alma # 15

Não tenho a certeza.
Não tenho a certeza se passei anos a ser completamente estúpida,
Ou se fiquei estúpida agora.
Sei, no entanto, que as escolhas do passado,
Não me servem para as Não Escolhas do presente.

segunda-feira, agosto 28, 2006

música da semana #3




Pulp - disco 2000

A luz do dia viu a Minguante!

sexta-feira, agosto 25, 2006

A estrada velha

Fartámo-nos de dizer com prazer:
- Não é por essa que queremos ir, é pela Nacional dois!
- Ahn… os senhores querem a estrada velha… muito bem! Virem ali à esquerda e sigam em frente…
Seguir em frente levou-nos até Faro, sempre pela estrada velha. A verdade é que o detalhe dos dois mapas que levámos e dos 3 que consultamos fazia a Nacional dois desaparecer várias vezes e transformar-se numa série de números muito maiores que não nos interessavam nada. Contudo, havia sempre dentro de nós a sensação que, mesmo sem registo, ela lá devia estar. Portanto redobramos o esforço para a encontrar e para rolar sempre em cima dela. Ninguém arranca alcatrão do chão!

Quando o mapa não ajuda, ajuda a gente que lá está e que sempre viveu com ela à porta. Mesmo que o instinto as faça apontar-nos o braço para as icês e ipês semeadas, a nossa resposta era sempre a mesma:
-Não é por essa que queremos ir, é pela Nacional dois!
-Ahn… os senhores querem a estrada velha…

Uns tipos esquisitos estes que perguntam pela estrada velha e mais nada que a estrada velha. Uma recepcionista de hotel em Vila Real, um homem numa esplanada em Lamego, duas raparigas em Castro Daire, uma lavradora em Valverde (Tondela, quando já andávamos por caminhos de cabras e concluímos aquela não ser a Nacional 2), um GNR em Santa Comba Dão, um homem alto em Oliveira do Mondego. Todos nos falavam da estrada velha. No Alentejo foi mais fácil. Só Castro Verde não tem indicações.

A estrada velha, como todos, foi sendo comida pelo tempo, perdeu o vigor, a maior parte da gente esqueceu-se dela, foi-lhe arrancando o que necessitava e deixou-a lá num canto. Há mesmo alturas em que a estrada velha se sente abandonada e só, porque ninguém já lá passa. O velho rico imponente cheio de pergaminhos quando vivia a adultez, exacerbava-se por correr o país todo! Quem queria ir daqui ali passava sempre por ela, nem que fosse um cruzamento!
Passa rios, passa o Douro, passa o Tejo, passa montes, o Alvão e o Caldeirão, passa o centro geodésico na nação, Vila de Rei! Passa termas, em Vidago, Pedras Salgadas e Carvalhal e passa História como Alcáçovas e Campo de Besteiros. Passa barragens, em Castelo de Bode e Montargil e passa nomes engraçados como Moura Morta, Curalha ou Agua de Todo o Ano… Sabe tudo, conhece todos. Nasceu num castelo em Chaves e morrerá numa praia em Faro. Cresceu 738 quilómetros... Mas vieram as novidades e lá foi ele ficando para trás. Esquecido e perdido no fim da fila, sem lugar nos mapas e procurando um lugar na História.

Agora, como os velhos, só aqueles que se preocupam é que os vão visitar. Vão lá e procuram as histórias que tem para contar e ver pelos olhos dela as coisas que estão à sua volta. E comos esses velhos, é preciso falar-lhes com paciência e com tempo para que ela comece a desfolhar as suas histórias, para que nos deixe tirar fotografias, para que nos deixe ficar ali um bocado ao lado dela sem se sentir incomodada. E tanta coisa abraça, tanta coisa tem ainda para contar.

Mas não posso ser injusto. Há quem se preocupe com ela, quem lhe dê remédios e a mande fazer exercício. Honra seja feita àqueles que compreendem a importância da estrada velha, que dali os leva a todo o lado e que ainda pode trazer estes tipos esquisitos. No sul do Alentejo e no Algarve a nacional dois é estrada património, recuperada com os marcos e placas antigas, rails de betão armado e cabos de aço, casa de cantoneiros e parques de descanso como no dia em que nasceu. Em Abrantes também. E em Ribolhos…

Este velho consegue ser como o rio da aldeia de Alberto Caeiro: Quem está ao pé dele, está só ao pé dele.

Crónica sobre o Clítoris


Pegando na deixa da Ísis acerca deste interessante tema, e antes que a mesma comece a dissertar - da forma tão fértil como nos tem habituado - acerca do mesmo, eis que tomo a iniciativa de lançar uma pequena discussão.

De forma agradavelmente espontânea, algum do pessoal dos Caracóis foi jantar ontem uma Francesinha a um dos melhores locais do Porto. Uma data de gajos e a Ísis, a qual, apesar de mulher com M grande, é também vista como "um dos gajos" tal é a sua habitual postura de compincha e parceira da discussão aberta acerca daquilo que os "gajos" costumam falar... (seja lá o que isso for)

Não se tratou de um dos famosos "jantares dos Caracóis" mas bem podia ter sido. Mas à frente que atrás vem gente.

Claro que o tema do "Clítoris" lançado neste blog pela Ísis veio logo à baila. E após várias opiniões e ângulos de análise e apreciação pessoal nesta matéria, eis que se começa a fazer o interessante exercício de tentar adjectivar o mesmo. Cada um deu o seu contributo e, correndo o risco de se ter tratado de um exercício projectivo para cada um dos presentes (oops!), conseguimos elaborar uma pequena mas muito interessante lista de adjectivos, a qual passo a apresentar:

1) Pulsante
2) Fugidio
3) Instável
4) Egoísta
5) Superlativo
6) Imaturo
7) Telescópico
8) Lúdico
9) Estranho

Tentamos completar esta lista com mais um adjectivo para atingir um número redondo mas sem sucesso.
Assim sendo, lanço o desafio de cada um dos visitantes apresentar o seu contributo - 1 apenas por cabeça - e deste modo darmos um passo decisivo na compreensão desta pequena mas tão importante estrutura fisiológica da anatomia feminina...

Ficamos todos a aguardar.


Mais info:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%ADtoris

quinta-feira, agosto 24, 2006

Estou ranhosa. Com dores de cabeça. Impossibilitada de falar sem um espirro pelo meio.
Não gosto de me sentir assim.... Afinal fui surpreendida.
Temos sempre, sempre aquilo que pedimos.
Convém aprendermos a ser objectivos e específicos.
Só para evitar os mal entendidos!

quarta-feira, agosto 23, 2006


Fazes-me ser o que eu mais precisava neste momento: bad girl, naughty toy girl, art object.
foto roubada de www.bettiepage.com (she ruled, she still does!)

Apetece-me ser surpreendida!!!
Alguém se importa?

No outro dia, estava num restaurante e ao pedir caipirinhas, perguntei se tinha com sabores.
Comentário de um amigo que estava comigo: "Não estás a pedir preservativos!"

O próximo jantar de caracois já tem local escolhido

É um restaurante que podia ser meu de tal forma tem a minha cara.
Na ribeira (podia mesmo ser meu!), perto do Pinguim.
Muito barato (os preços rondam os 3€ e os 7€).
Entregam um livro de poesia juntamente com as entradas.
Não faço ideia do nome.
A comida é simples mas bem confeccionada.

E tem uma sala para grupos. Já agora: no sábado dia 2 de Setembro estão por cá para um jantar de caracois?

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 66

Não tenho tido muitos epesódios com piada. E os que tenho presenciado, esqueço-me no momento a seguir. Acho que tenho algum problema em manter uma lembrança mais do que no tempo presente. É um dos meus pesadelos da alma, mas isso é outra história que não é para aqui chamada.

Há algumas semanas, estava a jantar com um grupo de amigos. Todos eles casados. Mais velhos do que eu. Apesar de serem casados, são aquele grupo que não causa nenhum incómodo a uma rapariga sem namorado. Aliás, são mais divertidos do que muitos dos meus amigos solteiros e descomprometidos. Para não variar, falou-se da minha condição de solteira descomprometida. Um dos meus amigos a certa altura dizia-me: "Eu compreendo que não queiras namorar, mas tens de pensar que começas a ficar cada vez mais velha. Ou arranjas agora um namorado ou então começa a ficar muito tarde!". Não lhe levei a mal o comentário, porque sei que a intenção não era chatear-me, mas não é o génerio de comentários que aprecie. Ao que lhe respondi "De que me vale um namorado se ele for mau na cama e não for interessante? Prefiro ter um bom amante (no sentido amoroso do termo e não por ser a outra!) do que ter um mau namorado." Ele acabou por concordar que talvez eu tivesse razão. Acabou por concordar que, namorar ou casar só por uma questão social não era boa ideia. Acabou por concordar que viver assim pode ser uma opção como outra qualquer e que realmente o comentário tinha sido despropositado. Mas não me vou tornar repetitiva, porque já escrevi várias vezes que prefiro uma coisa passageira mais intensa e verdadeira, do que uma duradoura só para fugir à solidão emocional. Toda a gente já sabe que eu sofro de romantismo atroz e de sonhos entre o vermelho e o rosa.

Este episódio fez-me pensar noutra coisa: ainda bem que temos amigos casadíssimos que não discriminam quem não tem namorado. Sim, porque já fui discriminada em diversas ocasiões por esse mesmo motivo.

PS: A próxima crónica será sobre: A descoberta do clitóris. Será que todos os homens e mulheres já o descobriram?

terça-feira, agosto 22, 2006

Férias: Istambul

Férias: Budapeste

Férias: Praga

Férias: Auschwitz

Férias: Cracóvia

Férias: Varsóvia

Hoje sinto-me assim...

" Não quero nada. Deixem-me ficar assim um
bocadinho que já vou, não se preocupem comigo, não
tenho febre, não estou doente, deixem-me só ficar
um bocadinho quieto, sem pensar, sem abrir a
boca, sem aborrecer ninguém, sem olhar para nada a
não ser a parede ou seja aquele risquinho na parede
que se calhar nem é risco, um insecto ou isso e num minuto ou dois
levanto-me, torno a ser o que vocês conhecem e pronto, esqueçam-se,
fico divertido outra vez, boa companhia, simpático, mas não
me peçam explicações, não pergutem o que foi, fijam que não
notaram, entrou tudo nos eixos, palavra, sinto-me óptimo como
novo, capaz de cambalhotas, pinos e gracinhas, há alturas em que
consigo ser divertido não é, a alma da casa, a alegria da família, a
animação em pessoa mas por agora não quero nada, deixem-me
um bocadinho que já vou, não me expiem, não me observem,
não se enquietem, façam de conta que não estou cá e não estou mesmo,
a cabeça anda-me desconheço por onde (...)"

António Lobo Antunes, Crónica da Visão (17.08.06)

O Deus das Pequenas Coisas # 2

"Como se tivesse simplesmente esgotado a conversa e não tivesse mais nada para dizer." pp. 18

"Que tudo começou realmente na época em que as Leis do Amor foram feitas. As leis que estipulavam quem devia ser amado, e como. E quanto." pp. 40

"... e estava habituada a que ele lhe batesse de vez em quando. Ammu dizia que os seres humanos eram criaturas de hábitos e que era espantoso aquilo a que conseguiam habituar-se." pp. 58

Uma história que se passa na Índia. Que comecei a gostar desde o primeiro parágrafo. Cujas palavras têm a cor da Índia. Mas ainda só li 79 páginas. Não posso criticar muito mais. Deixo aqui algumas das frases que me prenderam os olhos às letras.

confissões # 26

Ontem não fiz nada de produtivo o dia todo.
Basicamente não trabalhei.
Saí para ir beber "principes que não vinham de cavalo branco" na ribeira.
E à noite fui gravar cds de grupos que supostamente não conhecia,
mas não resisti a a concertos ao vivo de Dead can Dance, Tinderstiks e Yann Tiersen em Famalicão...
Dia, fim da tarde, noite!
E depois dormi descansadamente.

O Deus das Pequenas Coisas

Arundhati Roy
Colecção Mil Folhas

Comprei o livro num acesso de compulsividade literária e já agradeci esse facto!

Pesadelos da alma # 14

Ontem à noite, estava a olhar para o céu e só conseguia pensar:
Se pelo menos desligassem todas as luzes públicas do mundo,
poderia ver as estrelas e talvez assim,
encontrar a minha alma que está em pesadelo contínuo.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Preto e branco # 10

"- Você é assim sempre tão intensa?" :

Adoro ouvir os brasileiros falarem.
Têm sempre formas sensuais de colocar as coisas...

Eu sou intensa? Nunca tinha reparado.

domingo, agosto 20, 2006

música da semana #2


Ladytron - Seventeen

sábado, agosto 19, 2006

O afinador de pianos # 5

“Edgar, não destrua o que não é capaz de compreender, As palavras são suas.” pp 326

Tem piada. Passei muito tempo a tentar compreender o que não compreendia. Quando não compreendia, fugia ou destruía à minha maneira. Agora o que não compreendo aceito apenas que existe e faz parte dos mistérios da minha vida. Não tenho de compreender tudo. Não tenho de destruir o que não compreendo.

O afinador de pianos # 4

“Há um provérbio shan que diz que, quando as pessoas morrem, é porque fizeram o que tinham a fazer, porque são demasiado boas para este mundo.” pp 280

Esta é a minha ideia romântica para a morte. No entanto, não consigo convencer-me totalmente disto. A morte continua a ser uma das minhas principais angústias. Não a minha morte, mas a daqueles que eu amo. Ontem visitei o cemitério da minha cidade. Vi fotografias de pessoas que julgava ainda vivas e lembrei-me de uma menina que morreu quando eu tinha 10 anos. Era minha amiga. Ontem não me saiu da cabeça o dia em que o meu pai me disse que ela tinha morrido e lembrei-me que começou aí o meu terror a funerais.

O afinador de pianos # 3

Terminei de ler o livro.

Demorou algum tempo, porque é demasiado descritivo, tornando-se por vezes cansativo. Nem sempre a história flúi, perdendo-se em descrições demasiado técnicas e pouco emocionais. O que gostei menos foi do facto de me parecer um livro muito racional, demasiado estudado, pouco espontâneo. Fez-me lembrar um texto bem escrito, mas sem emoção, sem comoção. O enredo pouco explorado. As personagens pouco desenvolvidas. No entanto, lê-se. Lê-se devagarinho. O que gostei mais foi o facto de me ter lembrado do nome de um país que me tinha esquecido que queria visitar: Mianmar. As histórias Shan são lindas. Foram estas as histórias que me prenderam ao livro e não a história criada por Daniel Mason.

Não leio mais nada dele.

sexta-feira, agosto 18, 2006



Esta exposição está interessante. Tem umas imagens a preto e branco, pouco perceptíveis, mas muito reveladoras. As imagens estão acompanhadas de relatos de mulheres, vítimas de tortura. É forte. Comovente. Não precisa de sangue, nem das imagens chocantes para atingir o propósito de nos pôr a pensar nas vítimas de tortura.

Pensei no que será o sofrimento da tortura. Lembro-me de ter sido "atacada" duas vezes quando era miúda. Custou-me 7 anos de medo. Medo de que da próxima conseguissem o que os anteriores não tinham conseguido. O primeiro custou-me uma "bulimia invertida" e o ter engordado uns bons 15 quilos. O segundo veleu-me o ter percebido que os ataquels não eram dependentes da minha forma física e a partir daí um sem número de dietas! Não foi suficiente para me ter deixado marcas profundas, mas valeu-me uma maior imaginação do que sofrerão as pessoas que são vítimas de assaltos constantes a si próprias.

Ainda ontem no parque da cidade senti uns passos atrás de mim. Podiam ser de alguém que caminhava tal como eu. Mas havia um som estranho, porque paravam quando eu parava, acelaravam quando eu acelarava. Fazia-me lembrar as situações antigas. É claro que tinha razão e quando decidi parar, ele parou mesmo ao meu lado. Não senti medo. Disse para me deixar em paz e voltei a andar sem voltar a olhar para trás. Ele ali ficou. Mas fez-me recordar sons que há muito não recordava.

Talvez por este motivo, me deixe sempre comover e revoltar perante histórias de tortura. À parte desta comoção, vale a pena visitar o Centro Portugês de Fotografia para ver as imagens.

O afinador de pianos # 2

de Daniel Mason.
Edições ASA.

Achei piada quando resolvi comprar este livro, porque a vendedora foi muito simpática. Aconselhou-me a ler mais uns quantos que também eram passados em países orientais. Gostei daquela conversa sobre os livros, numa livraria que já se tornou demasiado fria e comercial. Gostei de me sentir assim ao comprar um livro: alguém com calma, paciência e paixão a falar-me de outros livros para o futuro!
Quase gostei mais desse momento do que propriamente de ler o livro!

O afinador de pianos # 1

Disseram-me para não comprar o livro "O afinador de pianos", porque senão quereria ir à Antiga Birmânia.
E o que é que eu fiz logo de seguida? Comprei o livro... Claro!

quinta-feira, agosto 17, 2006

Se tudo o que eu penso enquanto conduzo
aparecesse aqui escrito teriam de me proibir de andar de carro...
Assim, não é necessário, porque eu esqueço-me entre o carro e o computador.

Oxitocina # 1

Alguém sabe o que é???

deprimida ou consumista?

As pessoas quando estão carentes ou deprimidas tendem a ter várias estratégias para ultrapassarem essa sensação de angústia. Uma das estratégias favoritas das mulheres é fazer compras ou mudar o penteado.

Não sei se o meu consumismo compulsivo de livros deste mês é indicador de alguma coisa....

PARABÉNS ELENTARI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ADORO-TE

Ontem senti-me envolvida por um Inverno!

quarta-feira, agosto 16, 2006

Pesadelos da alma # 13

Porque é que tinhas de aparecer no meu pesadelo?
Não preciso de ver nos meus sonhos,
aquilo que eu conheço da realidade!
Nos sonhos quero ver apenas a irrealidade que me anima.
Os pesadelos da alma começam com os pesadelos do corpo!

os caracois vão a concertos # 12

Dia 15 de Agosto.
Paredes de Coura.

WhiteRoseMovement
Gomez
Madrugada
BrokenSocialScene
Morrissey
Fischerspooner
Foi a primeira vez que estive num festival, em que começou a chover às 23 horas e nunca mais parou até ir embora. Fiquei encharcada. Eu e todos os outros que por lá estavam. Morrissey, quele que eu queria mesmo vêr, desiludiu-me. No final do concerto sentia-me como se tivesse dado uma queca e não tivesse atingido o orgasmo: bom na mesma, mas sem me elevar às alturas. WhiteRoseMovement e BrokenSocialScene ouvem-se muito bem e fizeram um concerto interessante! Fischerspooner foi o converto mais animado. Foi bom.
Quando saí de lá às 4 da manhã, estava encharcada. Já não conseguia dançar mais à chuva, porque o frio era demasiado. No entanto, soube-me bem esta passagem rápida pelos festivais, uma vez que este ano estive afastada dos cenários festivaleiros!

domingo, agosto 13, 2006

Pesadelos da alma # 12

Desde da fuga da minha alma, que os meus dias estão dependentes da felicidade daqueles que me rodeiam.
Faço tudo para que eles se sintam felizes.
Só consigo sentir a felicidade através deles.
É o meu egoísmo elevado ao seu estado mais puro!

Ainda as limpezas....

Quem é a pessoa que passa uma noite de sexta a fazer limpeza em casa? Eu. Depois de ter passado uma semana a deitar coisas fora no meu local de trabalho, chegou a vez da minha casa. Hoje que as coisas estão mais calmas, foi a vez de trazer flores para as minhas jarras. Continuo, no entanto com vontade de deitar coisas fora. De organizar. De mudar de sítio. De permitir um alargamento de espaço.
De vez em quando, farto-me da minha casa, do meu emprego, de mim própria. Não posso deitar fora nenhum dos três. A única coisa que me resta é mudar o aspecto para ver se aguento por mais algum tempo a fome de mudança. Mudo o exterior para ver se não sou obrigada a abandonar o interior. Normalmente acontece-me uma vez por ano com esta intensidade. Este ano é a terceira vez. Começo a ter cada vez menos lixo para eliminar. Não sei o que elimine se deixar de ter lixo.
A verdade é que isto coincide sempre com as ausências priolongadas da empregada!

Pesadelos da alma # 11

Ela teima em ficar ali, ao longe, com um sorriso cínico a olhar para mim.
Recusa-se voltar.
Não quer.
Já não sei o que possa fazer para recuperar a minha alma.

sexta-feira, agosto 11, 2006

na quarta...

... Comi os melhores TOMATES da minha vida!!!

As mil e uma noites

Esta semana não jantei um único dia em casa. Todos os dias tinha um ou dois convites para jantar em casa de alguém! Alguns dos convites tive de os passar para a próxima semana, porque não conseguia estar em dois sítios ao mesmo tempo. Como é que eu posso estar calada? Não me convidam pelos meus belos olhos. Assim, a possibilidade de aumentar os calos das cordas vocais cresce. Assim, não sou obrigada a ver que a minha casa continua suja. Assim posso gozar dos espaços dos outros. Assim, provo sempre sabores e temperos diferentes de mãos para mãos.
É muito bom ter amigos. Ter pessoas que nos convidam para fazer coisas, nem que seja estar sentada num sofá a ler, enquanto a outra pessoa faz outra coisa qualquer. É bom olhar para a televisão acompanhada ou ouvir música. É muito bom estar com as pessoas e ouvir histórias novas e diferentes. Discutir assuntos diferentes conforme as pessoas com quem estou.
No entanto, é bom que eu não ache que tenho sempre de ter assunto e de alimentar as conversas... A vêr nas próximas mil e uma noites que me esperam.

quinta-feira, agosto 10, 2006

música da semana (1)



A partir de agora colocarei um video (musical) por semana, a meu gosto, para abanar os caracóis. Começar com Morrisey pareceu-me indicado, tendo em conta que o iremos receber daqui a dias, em Paredes de Coura. Está quase!!!!

patologias

Ontem fui ao otorrino tentar perceber porque é que a minha voz teimava em ficar sexy, de tempos a tempos. Imaginei que pudesse ser um mecanismo auto-regulador de aspectos sexys. Mas como não me convenci desta explicação e fico irritada cada vez que me dói a "voz", decidi ir ao médico.
Quem me conhece, sabe que a minha relação com médicos é exactamente igual à relação com polícias que me querem multar. Ou seja, tenho uma péssima relação com médicos. Ainda pior quando me têm de fazer exames para ver as cordas vocais. Acreditem que nem o tamanho da minha boca me livrou de um exame horrível. Enfim, o tamanho nem sempre interessa!
Resultado? Tenho nódulos nas cordas vocais. Depois dele me ver de olhos muito arregalados, disse calos nas cordas vocais. A vigiar, caso continue com a minha voz rouca e sexy....
Tratamento? Falar menos. Falar mais baixo. Falar com mais pausas. Fumar também não ajuda muito.
Conclusão: Vocês, os que me dizem que eu falo muito é que têm razão! Pelos vistos, falo demais. E tenho de ter cuidado, porque sou incapaz de me imaginar sem voz. Como é que eu vos podia animar, ou desenvolver teorias, ou irritar as pessoas sem a minha querida voz? *
* No entanto, não sei se conseguirei falar muito menos.... É um vício que tem 30 anos! O segredo para eu falar menos? Comecem a falar-me em estrangeiro.

quarta-feira, agosto 09, 2006

hi5

No hi5 um amigo virtual que não conheço "ao vivo" convidou-me para pertencer a um grupo: o "Paul & Shark Style"!!! Querem matar-me do coração????? Vê-se logo que não me conhece!
Hummm, mas será que devo aderir? Poderá incluir festas em iates, Riviera francesa e outras betices-glam-decadentes-chic? Riviera francesa eu gosto, tão Bond!!!

injustiças

1. Não arranjo empregada para limpar a minha casa e desconfio que se não arranjar até ao fds... Vou ter de me dedicar às lides domésticas! O que me parece uma injustiça, porque eu desejo dar trabalho a alguém. Eu quero diminuir o desemprego e não me deixam!

2. Trabalho num sítio, onde quando digo às senhoras da limpeza que preciso de limpar umas coisas no meu gabinete, elas trazem-me o balde da esfregona industrial e ensinam-me como a usar.

Conclusão: Eu odeio limpezas. Quem é que me quer chatear?
E não me digam que a vida é injusta.
Não gosto dessa desculpa que não me resolve os problemas!

homens altamente casáveis ou outras possibilidades?

"Gostei de vê-la sempre bela e bem disposta no casamento da XXX. Há muito tempoque não nos encontravamos." - Recebi esta frase dum mail de um Padre.

"Aquela rapariga é bonita. Tu também, mas és diferente. Tu és tesão. És fogosa..." - Disse-me um Gay.

"~Comecei a achar que ela tinha um fraco por ti, porque ela estava sempre a pedir-me para me meter contigo. Dizia que gostava de te ver responder a provocações. Depois disso comecei a observar o olhar embevecido com que ela olhava para ti. Se não era um interesse, no mínimo sentia uma grande admiração." - Conversa sobre uma lésbica.

No final de tudo isto pergunto-me: Será que devo considerar outros quadrantes da sociedade para além do quadrante "DOS HOMENS ALTAMENTE CASÁVEIS"????

Pesadelos da alma # 10

Ontem alguém me disse: "Tens o carro lavado!!"
"Não é verdade." Respondi eu. "Está escuro..."
Já disse que não sou capaz de limpar a casa, nem o carro.
Aliás nem a alma sou capaz de limpar!!

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 65

No outro dia, perguntaram-me se eu não tinha vontade de ter filhos. Por causa daquela coisa do relógio biológico e tal. E pensei: filhos é um bom tema para uma trintona! Logo é um bom tema para uma crónica!

Ainda não senti vontade de ter filhos!

1. Não tenho maturidade emocional para os ter... por enquanto. Tenho várias coisas para resolver comigo mesma, antes de as passar para os meus filhos e a longo prazo dar trabalho a psicólogos (essa raça!). Eu defendo que pais saudáveis, têm uma maior probabilidade de terem filhos igualmente saudáveis e vice-versa.

2. Acho que um filho implica que os pais estejam dispostos a passar bastante tempo com ele. Tempo de qualidade. De um ponto egoísta, gostava de ter filhos depois de ter concretizado alguns dos meus desejos a vários níveis. Não gostaria de me sentir frustrada por não o poder fazer por causa de ter filhos.... Adivinhem quem sofreria e adivinhem quem ganharia um paciente!?

3. Não tenho namorado. Como tal vou ter um filho de quem? Tenho pensado várias vezes sobre esta questão. Eu gosto muito de crianças. E gostaria de ter filhos. No entanto, pode dar-se a situação de não ter uma relação estável que me permita pensar nisso. E tenho pensado nas soluções. Ir a banco de esperma, mas como é que explico isso à criancinha? Tenho uma amiga que pediu a um ex namorado para a engravidar, porque queria muito ter um filho e a idade estava a passar. Ambos tinham maturidade para uma coisa deste género. A mim parece-me uma óptima ideia, mas não me parece que exista muita gente com maturidade para o fazer. Eu não teria por enquanto. Adopção? Também me parece uma ideia interessante.

4. Ainda não sei bem o que pensar quanto às soluções, mas este ano deu-me vontade de começar a trabalhar com crianças. Quererá dizer alguma coisa?!

terça-feira, agosto 08, 2006

As filhas do Botânico

O filme de Sijie Dai é delicioso.
É quente. Atraente. Sensual. Profundo.
Mostra uma China, tal e qual eu sempre achei que gostava de conhecer.
Mostra a sociedade de uma China controversa.
Música divina.


Posso estar a ser influenciada por uma paixão por aquela China (a China dos campos, das montanhas, dos rios, do por do sol vermelho, dos chás e dos conhecimentos milenares), mas gostei muito deste filme simples.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Fragmentos de uma vida injusta

Porque é que está toda a gente de férias e eu continuo a trabalhar?

Faço planos, para perceber quando são alterados.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Pesadelos da alma # 9

Não sei. Não quero saber.
E a minha alma aqui perdida.
Não sei, nem tão pouco quero saber.
Tanto me faz ir como ficar.
tanto me faz andar ou ficar parada.
Não sei.
Sei lá.
Não tenho teorias sobre nada.
Nem sobre passado. Nem sobre presente: Nem sobre o futuro.
Nada.
Não tenho nada.
A minha alma está em pesadelo contínuo.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 64

Pode-se ser engatado de inúmeras maneiras. Ontem tive pena de não estar bem disposta o suficiente para me deixar engatar.
Fui ao IKEA com a inteñção de comprar uma coisa, cujas medidas me esqueci. Fiquei irritada, porque já é a segunda vez que vou lá e me esqueço dessas mesmas medidas. Que cabeça. Com uma dor nos pés a piorar a irritação, lá decidi comprar uns frascos para os meus chãs. Estava de volta dos frascos quando chega um homem ao pé de mim e pergunta: "- Esses frascos são para o açucar?" e eu com um ar aluado respondo-lhe "- São para o que quiser fazer com eles"; vou ver outros e vem ele com um frasco na mão "- Comprei este para o açucar! Esses tambénm são para o asçucar?!" E eu a olhar para ele. Sempre aluada. "- Não estou habituado a comprar sozinho estas coisas...." "- Pois..." E vim embora. Depois de sair de lá pensei. Belo sítio pra engatar homens que começaram a viver sozinhos recentemente! Portanto, minhas amigas já t~em aqui a dica. Quanto a mim só tive pena de não estar com mais vontade de falar, para ficar a perceber melhor a história do homem. Ah, e era muito, muito bem parecido. O que ainda me irrita mais a falta de vontade de falar.
Como o meu dia não estava a correr bem desde manhã um louco decidiu perseguir-me na auto-estrada. O resultado foi que não parei em nenhuma estação de serviço. Este não sei se era bem parecido ou não, porque tudo o que via era ele a passar de carro e a fazer grandes movimentos com as mãos e o corpo. Mas se tivesse vontade de falar talvez tivesse parado num estação de serviço, mas não tinha!
Basta sair-se de casa para se arranjar aventuras. Quem é que precisa dos amigos para arranjarem engates?

Pesadelos da alma # 8

Sentir que a alma não é boa em nada.
Admitir a mediocridade.
Admitir a fraude.
Perceber a sua insignificância.
Porque não quereria a minha alma uma nova morada?

If... So..

Se algum dia deixar de escrever, é sinal de equílibrio emocional.

terça-feira, agosto 01, 2006

Preto e Branco # 11

Desafio # 6

É engraçado. No sábado à noite falaram-me de um livro. Algures nas Antas. Ontem estou algures em Lisboa e o Grande falou-me do mesmo livro. Antes nunca tinha ouvido falar. Agora duas pessoas falam sobre ele. Acho que o deves sugerir aqui!!

Desafio # 5

Vejam esta sugestão que chegou da Emma!

Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!
Free Live Chat Rooms Enter my Chat Room
Free Chat Rooms by Bravenet.com
Who links to me?