segunda-feira, julho 31, 2006

SEI LÁ
......
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.......................................
................................................................. !!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

A minha avó é que tinha razão quando disse à minha mãe:
"- Não te deixo escrever, porque não quero que tenhas uma vida triste como a minha."

sexta-feira, julho 28, 2006

A visitar...

há cortes e cortes, e estes são muito bons!!!!

um dos meus filmes de eleição...


... e que me apetecia ver esta noite. Gelado com pipocas à mistura seria também bem-vindo.

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 63

Desde o tempo em que comecei a fazer estas crónicas, algumas coisas mudaram. Deixei de ter amigos e/ ou amigas a tentarem arranjar-me um namorado. Tem muita piada, porque assim quase deixo de ter material vivencial para estas crónicas. Interessante. Muito interessante.

Esta semana estava a falar com umas amigas e amigos (em momentos separados, mas isso aqui é pouco importante) sobre a minha necessidade de ter ou não relações amorosas fixas e se o casamento era ou não uma prioridade ou um sonho. Ora bem, já não é a primeira vez que falamos sobre estes aspectos e também tem piada como elas (eles menos, mas não acho que fossem honestos) antes me tentavam convencer de que eu desenvolvia ideias irrealistas e agora já não acham. Sempre me imaginei a ter uma relação em que cada um tinha a sua casa. Achava que era mais uma forma de encarar as relações. Diferente das habituais, mas não é de admirar se conseiderarmos que a minha carta astral diz que se eu mandasse no mundo desenvolveria novas formas de (des)organização do amor!

Não sei se alguém leu uma reportagem numa revista de dentista sobre novas formas de relacionamento, tais como casais que se assumem casados, mas cada um tem a sua casa e vivem juntos alguns dias, mas como precisam de espaço mantêm ambos a sua casa. Tinha alguns testemunhos que por falta de tempo não vou expôr, cujos os motivos que apresentavam eu compreendo perfeitamente.

Assim mantém-se a chama da paixão mais longe dos ventos da rotina. Sonhadora e irrealista, mas lembro-me sempre que quando se acredita muito que se quer uma coisa, ela acaba por acontecer. Mas estou a afastar-me do que queria falar.

Tem piada como nestas conversas não me tentaram convencer que eu queria casar, mas ainda não tinha encontrado a pessoa certa. Podem ter toda a razão. Não faço ideia. Mas a minha felicidade não passa por um casamento. Eu posso até viver o resto dos meus dias sem uma relação de namoro que isso não me preocupa. Desde que tenha com quem dar umas quecas de qualidade, muitos amigos, ocupações que me dêem prazer e mais umas quantas necessidades satisfeitas. No entanto, sem dúvida que se puder ter uma história daquelas de cortar a respiração, ficarei felicíssima. Ou se tiver uma relação de namoro e de intimidade tenho a certeza de que serei mais feliz do que se não tiver.

No entanto, não é uma obsessão ter um namorado ou um marido. O que se está a tornar obsessão é estar apenas nas relações que me dão prazer e que correspondem às minhas expectativas... Porque já percebi que não sei viver sem as famosas e terríveis expectativas!

A piada disto tudo é perceber que as/ os minhas/ meus amigas/os me compreendem melhor, fazem menos pressões e já não me tentam arranjar namorados!
`

poesia # 19

Não consigo ver poesia em nada.
Saio de casa, entro. Vou aqui. Vou ali.
Olho. Olho. Olho.
Não consigo ver poesia em nada.
Será das minhas dores da alma?
Eu só sei que ela quer mudar de residência.

quinta-feira, julho 27, 2006

Pesadelos da alma # 7

Queria tudo novo em mim.

Acontece (2)

Aqui há uns tempos falei de uma uma situação escandalosa pela qual estaria a passar uma colega de profissão, à conta de uns "donativos" que teria de deixar (forçosamente) todos os meses à instituição onde trabalhava.
A minha colega descreve a situação no site do Sindicato Nacional dos Psicólogos. Podem ver aqui:
http://www.snp.pt/Artigos/20060609opin.htm

Entretanto a situação tem dado pano para mangas, e ela tem tido alguns problemas à conta da denúncia que fez. Gabo-lhe a coragem, a persistência, o sentido de justiça e de cidadania, a solidariedade com os ex-colegas de trabalho.
A instituição está actualmente a ser inspeccionada por quem de direito. O resultado desta odisseia será conhecido em Setembro.

reflexões # 5

"No outro dia, um amigo ligou-me a convidar para ir passar um fim de semana a um determinado sítio, para a casa de uma pessoa que eu tinha conhecido há dois meses."
"Uma amiga ligou-me a dizer que um amigo dela tinha achado que eu era muito simpática, uma mulherona."
"A irmã de uma amiga minha, começou a ligar-me porque se tinha lembrado de como eu era divertida."
"um amigo de uma amiga, pediu-lhe o meu número para tentar marcar alguma coisa, porque eu era muito interessante"
"Uma amiga de uma amiga, veio para cá de férias e ligou-me para tomarmos um café, porque tinha a certeza de que um dia haveremos de fazer férias juntas, porque eu sou uma aventureira."
"..."
"..."
E isto não é uma feira das vaidades. Também não estou a estimular o meu querido ego. Não foi nisso que pensei quando estas coisas foram acontecendoo.
Realmente no que eu pensei foi bem diferente. Em tempos eu era top neste tipo de coisas. Bastava-me sair e conhecia imensas pessoas. E os amigos dos meus amigos achavam-me encantadora. De rir. Eu era muito sedutora.
Depois achei que andava sempre a conhecer novas pessoas e que isso fazia com que não desenvolvesse relações de intimidade com ninguém. A partir desse momento evitei estar sempre a conhecer pessoas novas. Evitei estar sempre à espera de ter pessoas novas a quem poderia seduzir. Evitei que as minhas relações se mantivessem sempre na superficialidade que as novas pessoas implicam.
Acho que durante uns anos, até consegui. Não conheci muitas pessoas. Tentei centrar-me naquelas que conhecia.
Quando comecei a receber estes telefonemas pensei... Será que estou a regredir? Será que estou novamente a ser sedutora para fugir à intimidade?
Será que penso demais? Esta é a grande dúvida!

Pesadelos da alma # 6

Cada vez que a minha boca fala, a minha alma sofre!

reflexões # 4

Imaginem que vão a um restaurante, porque querem comer uma bela feijoada.
No entanto, pedem-na e trazem um prato de lentilhas.
Dizem-vos para imaginarem tratar-se de uma feijoada.
Vocês fecham os olhos e imaginam que estão a comer uma bela feijoada.
Acontece um, dois, três dias.
Acontece um, dois, três anos.
Quem é que continua a querer comer lentilhas , querendo uma feijoada?

quarta-feira, julho 26, 2006

Reflexões #3 (cont.)

O tema desenvolvido pela Ísis fez-me lembrar de um programa emitido pelo canal 2 no dia de ontem acerca dos "ciclos" de catástrofes pelos quais o planeta TERRA passa de x em x milhões de anos... Arrefecimento global resultante da filtragem dos raios solares por causa da acumulação de cinzas dos vulcões... convulsão dos pontos de confronto das placas tectónicas... colisão de um meteoro com a terra com a intensidade de 1000 vezes todo o arsenal nuclear mundial...

Pois parece que a Terra está a passar pela zona mais externa do cinto da Via Láctea (onde passa de Y em Y milhões anos), e na qual a probabilidade de "confronto" com os meteorécos aumenta exponencialmente...

Pois também parece que 70% da vida na Terra foi dizimada - onde se incluiram os nossos amigos dinossauros! - precisamente na última passagem da Terra por esta zona...

Ignorance is Bliss...

Pesadelos da alma # 5

Com as palavras a fazerem eco na minha cabeça.

Preto branco # 10

Pesadelos da alma # 4

A roupa que sempre lhe serviu, de repente fica pequena e provoca dores profundas.

reflexões # 3

Às vezes, quando tenho de tomar decisões difíceis, penso no que faria se morresse daqui por um bocado ou amanhã. A ideia da realidade de que se pode morrer a qualquer momento pode servir de filtro para não fazermos coisas que nos deixem infelizes. Porque se eu morrer amanhã, quero ter tido uma véspera de morte feliz.
Outras, pergunto-me até onde é que o futuro existe?! Porque se eu morrer agora, daqui por um bocado ou amanhã, não posso considerar que tive um longo futuro. Então porque é que passo longas horas, da minha vida, a pensar no futuro. Na realidade, o futuro pode ser uma irrealidade.
Dá-me jeito este argumento quando quero gastar todo o meu dinheiro numa parvoíce (amanhã posso não precisar dele!) ou quando quero passar a noite sem dormir mesmo que no dia seguinte tenha uma coisa importantíssima (amanhã posso não estar cá para ir ao evento!) ou quando quero ir para a cama com alguém que não devia (mas amanhã posso já não poder ir para a cama com ninguém, excepto com um daqueles que gosta de "comer" mortas e que tem um nome que eu não me lembro!) e assim por diante!
Esta coisa do posso morrer já e portanto devo aproveitar cada dia como se fosse o último é um fait divers; mas é daqueles que pode ser tão importante para vivermos cada dia que passa o mais feliz possível. A parte positiva desta ideia é que cada vez faço menos o que não quero, cada vez estou menos com quem não me apetece e os fretes são cada vez menos. No entanto, existe um perigo! Se pensarmos apenas no hoje podemos fazer coisas que fazem com que o amanhã seja muito mau. Na minha opinião, devemos viver cada dia como se fosse o última, mas lembrando sempre que pode não ser. E, assim, aquilo que nos faz feliz hoje, não pode deixar para o dia seguinte mais do que uma pequena ressaca. Caso contrário, mais vale pensar que hoje e amanhã podem ser os últimos dias.
Queria só deixar aqui um aparte: Infelizmente não consigo viver apenas no presente. Lembro-me sempre de uma frase que esteve escrita em vários sítios visíveis durante vários anos, retirada do filme Kamasutra (que se alguém tiver, podia emprestar-me para eu rever!?) do ano de 1995/6 "viver no presente é não ter memórias do passado nem expectativas de futuro".
Tem muitas fraquezas esta teoria, mas não deixa de ser engraçado pensar nisto de vez em quando.

Pesadelos da alma # 3

Tomar um comprimido para dormir quando ela não pára de doer.

Desafio # 4

Sugestões do Falstaff

O afinador de pianos” de Daniel Mason
“O mito de Sisifo” de Albert Camus
“O zahir” de Paulo Coelho

terça-feira, julho 25, 2006

Chien Qui Fume

Tem o dom de ser daqueles restaurantes em que não há comida má. Tem o dom de ser um daqueles resturantes que tem uma sobremesa especial que nos faz lá ir só por isso. Tem o dom de ser despretencioso e agradável. Ainda por cima é barato.

O Chien Qui Fume fica na Rua do Almada, antigo, nunca de lá saiu e, embora com gerências diferentes, tem anos e pergaminhos certificados por várias gerações. A minha preferência costuma ir para o Cordon Bleu, mas a (grande) costeleta à mexicana (com molho de feijão vermelho) e os bifinhos de peru (vários molhos) que por mim passaram deixaram água na boca e vontade de voltar para provar o resto da ementa. A cereja em cima do bolo é a sobremesa onde devemos escolhar uma de duas coisas: o gelado de morango ou o gelado de café. Ou os dois misturados. De confecção caseira, cremoso e com uma acidez muito equilibrada, são um dos momentos altos da refeição.

Como não há bela sem senão, peca pela lista de vinhos, que merecia mais entusiasmo (8€, sem vinho, cozinha fecha às 9.45).

Hoje não dormi a partir das quatro e meia da manhã. Voltei a adormecer às sete ou qualquer coisa assim. Não sei, porque a certa altura já só estava na cama a descansar o corpo. A cabeça é que não parava de rodar. Rodava de um lado para o outro. Sempre a rodar. Sempre sem parar. Estava cansada de tanto rodar. Os pensamentos eram sempre os mesmos. Também eles rodavam de um lado para o outro. Mas não se afastavam daquela linha que marca a criação de um círculo. Eu quero parar com este círculo. Se os pensamentos são os meus, sou a única pessoa capaz de os orientar para uma linha recta. Não sei. Não sei. Hoje com o cansaço nem sei nada.

Um dos pensamentos que me ocorria é que preciso de ter uma vida simples. Livre de pensamentos circulares. Isso é a única certeza que tenho hoje.

Desafio # 3

Sugestão da Elentari

- Noa-noa, de Paul Gauguin- Dona Flor e seus dois maridos, de Jorge Amado
- Histórias Extraordinárias I e II, de Edgar Allan Poe
- O alto dos vendavais, de Emily Brontë
- Constantino, guardador de vacas e de sonhos, de Alves Redol
- Guerras do Alecrim e Manjerona, de António José da Silva (O Judeu)

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Sugestão da Luna

"Daqui a nada" de Rodrigo Guedes de Carvalho


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Sugestão RPS

"Era Bom que Trocássemos Umas Ideias sobre o Assunto", de Mário de Carvalho

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Sugestão do Castromind

A Fogueira da Vaidades" - Tom Wolfe

Bost#7

Sabem o que há debaixo dos tapetes no Magalhães Lemos? Doidos varridos...

segunda-feira, julho 24, 2006

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 62

Estava a conversar com uma amiga, por acaso até vossa conhecida deste blog, sobre relações. Mais concretamente como é que elas começam. Acho que se pode resumir à dicotomia: amor à 1ª vista ou amor a partir de amizade.

Eu, por princípio não acredito em amores à primeira vista. Daqueles que se conhece, se está uma ou duas vezes, dá-se umas quecas e parece que estamos muito apaixonados. E tudo porque se passam dias na cama sem apetecer sair de lá e sem deixar de beijar a outra pessoa. Isto realmente quando acontece até parece que encontramos “aquele amor” que procurávamos. Eu própria já tive uma ou outra situação em que me deixei arrastar por estes pensamentos irrealistas. Parece-me que é mais fácil deixarmo-nos arrastar por estes pensamentos, quando precisamos de qualquer coisa do género na nossa vida. Às vezes parece que escolhemos viver determinadas coisas para podermos crescer, ou para ultrapassar determinado problema, ou simplesmente porque nos sentimos carentes. É bom enquanto dura, mas tenho as minhas dúvidas sobre quanto tempo dura e qual a profundidade do envolvimento.

Eu por princípio acredito em relações que se desenvolvem, que evoluem e que têm altos e baixos. Acho que uma relação que nasce de uma amizade é mais profunda e por isso mais difícil de se partir. Com o tempo conhece-se a pessoa. Com o tempo encontram-se as qualidades e os defeitos. Com o tempo estabelecem-se rotinas. E se com o tempo a atracção sexual perdurar, então acredito que é amor. Se não perdurar a atracção física, pode-se ficar no plano da amizade e não se perde tudo. Para mim o amor é uma amizade com intimidade física. Isto talvez por valorizar ter alguém com quem tenha um bom entendimento ao nível emocional. Também já me aconteceu uma ou outra coisa do género e na verdade é mais duradouro o sentimento que vai nascendo com o tempo.

Como me parece óbvio, ambas as situações nos pode levar a um grande amor, porque nestas coisas não existem regras. Mesmo assim acredito mais na segunda hipótese do que na primeira. Talvez por acreditar mais na segunda hipótese faça com que essa seja a que funciona para mim. Se calhar, se acreditasse mais na primeira, seria aquela que funcionaria. Não sei. As regras aqui são sempre difíceis de definir.

sexta-feira, julho 21, 2006

SÁBADO, NO GALERIA - RUA DAS FLORES


EVIL HEAT amanhã, sábado, (22 de Julho) no Galeria - Rua das Flores 138 - Porto

Desafio # 2

Caracóis, Importam-se de participar?!!
Sugerir livros....
Meninos, vá lá!
Isto anda muito parado.

Desafio # 1

Duas sugestões de Ribeiro de Almeida

Susan Neiman, o Mal do Pensamento Moderno – uma história alternativa da filosofia, Gradiva, 2005.

AA.VV, Modernização Reflexiva, Política, Tradição e Estética no Mundo Moderno, Celta Editora, 2000.

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Uma sugestão de Gabriela

"kafka à Beira Mar", Haruki Murakami.

segunda-feira, julho 17, 2006

DESAFIO

Como as pessoas começam a ir de férias, não me parece boa ideia organizar um jantar de caracóis! No entanto e para não se perder a orientação do blog, sugiro que deixem aqui pequenas sugestões de livros para lermos durante as férias. Enviem para mar28_ventu@hotmail.com. Eu publico as sugestões literárias que nos chegarem!
Fico a aguardar as Vossas sensacionais (ou não!) sugestões.

A vida secreta das palavras

é um filme de Isabel Coixet, que sem dúvida vale a pena ver. Lembram-se do filme "A minha vida sem mim"? Não tem nada a ver um com o outro, mas ambos são soberbos.

Leva-nos a pensar sobre vidas de outras pessoas, diferentes da nossa. Leva-nos a sentir, que é sempre o que eu procuro na arte.

E eu senti. Oh, se senti...

reflexões # 2

Uma das coisas mais importantes que encontro nas viagens é o contacto com as outras pessoas. Estar disponível para falar e para perguntar sobre a vida deles. Querer saber. Querer dizer qualquer coisa. Essencialmente conhecer as pessoas e o que pensam e como pensam.

Este fim-de-semana dei por mim a pensar nisto e a perguntar-me porque não tinha a mesma curiosidade e disponibilidade para me interessar mais pelas pessoas que encontro casualmente aqui na cidade onde vivo. A verdade é que essas pessoas têm provavelmente vidas diferentes da minha, coisas para me contarem. Senti-me quase como se procurasse nas viagens uma coisa que poderia encontrar também aqui ao lado de casa, na livraria ou no balcão de fast food. Aqui a maioria das vezes, entro, peço e saio sem falar para além da cordialidade. Enquanto que nas viagens, faço perguntas e quero conhecer. É tão interessante mudar a forma de actuar. Parece que cada dia se torna único. Falamos com alguém e ficamos a saber de um ou outro livro que as pessoas leram, ficamos a saber das preocupações com as decisões profissionais. E senti-me mais preenchida do tudo que é a vida de toda a gente. Penso que se morresse já amanhã, teria estado perto do mundo dos vivos.

reflexões # 1

É engraçado como não consigo chorar enquanto como. Mas também porque raio haveria eu de querer chorar? Talvez porque talvez algumas histórias nos façam ter vontade de chorar. Por vezes, nem sequer são as nossas histórias. São as histórias dos outros. Mas mesmo assim, enquanto como, não consigo chorar. São duas coisas incompatíveis. Contudo cozinhar e chorar acontece-me mesmo quando não corto cebolas. Na última vez em que chorei enquanto cozinhava, disseram que o jantar estava absolutamente irresistível e comeram, comeram até não sobrar nada. Deve ser do sal das lágrimas. Pergunto-me se as histórias dos outros nos fazem chorar por fazerem lembrar uma parte ínfima da nossa própria história. É uma dúvida que coloco muitas vezes. Porque é que eu choro perante algumas histórias? Porque é que ouvimos determinadas histórias no dia a seguir a termos falado sobre essa tal parte ínfima?

E com isto, já acabei de comer e posso chorar.

sexta-feira, julho 14, 2006

Sábado, no Galeria - Rua das Flores

Imperdível!!!!!

apontamentos da cidade # 1

1. O filme Hard Candy tem a particularidade de nos pôr a sentir uma coisa que se opõe ao que se sente habitualmente, contudo falta qualquer coisa mais para ser capaz de nos transportar de facto para a tela;

2. O filme Klint é mesmo muito, muito fraco. Eu saí a meio, porque achei que beber finos era bem mais produtivo mesmo que ficássemos em silêncio;

3. Das curtas que fui ver a Vila do Conde, tenho a referir que o João Nicolau foi muito aplaudido e o o Miguel Seabra Lopes nem por isso... O espaço é agradável e é interessante vermos o que por aí se vai fazendo!

4. O espectáculo dos Massive Attack agradou-me, porque o meu corpo precisava urgentemente de sair de si durante um concerto! Eu nem sou uma fã do grupo, mas sou uma fã de ouvir música ao vivo.

5. Laurie Anderson fez um espetáculo embalado pela sua bela voz e por uma música característica. Por vezes denso, outras penetrante, algumas cansativos, e ainda outras desconcertantes. Gostei. Gostei bastante da forma e do conteúdo!

quarta-feira, julho 12, 2006

Durante algum tempo não vou escrever!
É urgente sentir as COISAS em redor.
Conhecer as pessoas.
Aproveitar a cidade e a LUZ.



Fast - Fé

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Se tem alguma promessa para cumprir e não tem tempo, não tenha problemas! Eu conheço alguém que por dinheiro terá todo o prazer em a cumprir por Si! Tenha uma fé descomprometida e adequada aos dias de hoje. Contacte através deste Blog.

segunda-feira, julho 10, 2006

crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 60

Não consigo deixar de escrever sobre um diálogo do filme que falei na sexta-feira. Andei a repeti-lo durante todo o fim-de-semana a todas as pessoas com quem me cruzei. Parecia quase que queria fundar uma espécie de corrente sobre o assunto. È um aspecto sobre o qual penso muitas vezes.

“- Estive casado 50 anos com uma mulher que não amava e viajei muito com ela. Agora que amo uma mulher fantástica, não posso viajar porque ela está a morrer.
- Realmente é uma pena! Devia tê-la conhecido mais cedo!
- Talvez não…. Talvez tivesse precisado de 50 anos para aprender a amar uma mulher assim…”

Penso nisto tantas vezes. Penso no facto das pessoas se encontrarem em alturas que ainda não estão preparadas para se amarem. Penso no facto de andarmos sempre a cruzar-nos com pessoas que poderiam ser aquela pessoa que se tornariam no grande amor da nossa vida. Mas depois existe esta questão temporal que pode não estar em consonância. Às vezes até me parece que mais importante do que a outra pessoa é esta questão do timing. Encontramos pessoas que poderiam ser importantes para nós, mas nem sempre estamos preparados para as amar. Existem pessoas que passam uma vida inteira para perceber quem é que amamos realmente e para nos prepararmos para esse AMOR. Outras pessoas percebem muito cedo e vivem em comunhão com isso. Algumas nunca percebem e morrem sem conhecer esse amor.

O diálogo do filme fez-me lembrar uma conversa que tive há alguns meses com um amigo. Na hora em que a Itália foi consagrada campeã do mundo de futebol, lembro-me que o conheci num jogo do Europeu em 2004. O meu amigo que também é amigo dele, disse que me tinha acabado de apresentar o “homem da minha vida”, apesar de eu ainda não saber. Agora riu-me do que se passou desde então. Eu, presa a um passado sempre muito presente não fui capaz de perceber nada. Não fui capaz de deixar que o presente se tornasse em nada mais do que saudade do que não foi. O meu amigo continua com pena de eu ter perdido o “homem da minha vida”, porque acha que nunca conheceu duas pessoas que encaixassem de uma forma tão perfeita quanto nós. Tenho de admitir que de todas as situações arranjadas por amigos, esta foi a única que me fez vacilar. Esta foi a única que estava em cena alguém que tinha mexido comigo. E agora que o sei de partida para a única cidade europeia onde eu sonho viver, penso que se não estivesse tão presa a um passado que me parecia perfeito, talvez o tivesse sabido amar. Tem piada, porque acho que de facto ele corresponde a quase tudo o que eu desejaria em alguém para estar a viver perto de mim a minha vida, mas não foi o timing. E agora? Agora é tempo de deixar passar o tempo.

“A importância de enquadrar” foi uma peça escrita por Mário Rodrigues e encenada por Sílvia Correia. Esteve em cena no Auditório Almeida Garrett. Fala-nos de vidas e da irremediável morte de todas essas vidas. As cenas seguem-se como se várias vidas se vissem ali em palco. Para terminar com uma reflexão sobre a morte e as nossa decisão sobre o que fazemos enquanto vivemos. Foi provavelmente uma das melhores peças que vi no teatro, quer pelo texto, quer pela encenação.

Uma das curiosidades prende-se com o facto do autor da peça ter morrido 2 ou 3 semanas antes da estreia. Durante o sono. Parece quase que a obra dele estava cumprida. Escreveu uma peça que nos relembra aquilo que já sabemos: vivemos como queremos, fazemos as nossas escolhas, mas devemos sempre pensar que cada minuto pode ser o último. Penso nisto algumas vezes quando tenho de decidir por qual caminho devo seguir. A vida e a morte: as duas faces da mesma moeda. As únicas verdades irrefutáveis.

sexta-feira, julho 07, 2006

Ontem tive uma proposta deliciosa! Obrigada!

"Eu, Tu e Todos os outros que conhecemos"

É um daqueles filmes levezinhos que me faz rir e chorar, porque na verdade algumas das coisas que dizem são mais profundas do que leves. Tem sentido de humor. Tem sentido de Amor. Tem arte. Tem planos interessantes, mesmo que não sejam completamente inovadores. E no fundo não tem nada, excepto vida quotidiana que é afinal o mais importante que temos na nossa vida, porque ocupa a maior parte do nosso tempo.
Lindo. A não perder. Com uma banda sonora que vale a pena ouvir um bocadinho.

Pesadelos da alma # 2

Ontem quando andava sozinha a olhar para o mar, sentia-me terrivelmente sozinha. Presa no meu mundo de música muito alta. Respirava de forma ofegante e tinha a certeza que de vez em quando a minha alma aparecia presa numa onda que batia na areia e gritava. Gritava qualquer coisa que me era impossível de ouvir.
Mas tenho de ir lá mais vezes na solidão da música tentar encontrar a alma que não está debaixo da minha cama.

quinta-feira, julho 06, 2006

Sábado à noite


Este sábado, 8 de Julho, não percam!!
okinawa mad dolls and the damn puppet
Coksis bar - praia de Cortegaça

pesadelos da alma # 1

Hoje acordei e procurei a minha alma por baixo da cama. Achava que a tinha perdido enquanto dormia. Havia ainda a hipótese de a ter perdido noutras noites de sono perturbado pelos pesadelos das últimas semanas. Era sempre o mesmo pesadelo. Sempre a mesma sensação de abandono ao acordar.

Ontem o pesadelo foi outro e custou-me uma dor muscular na perna. Estava a segurar um carro com uma das pernas, porque ele derrubar-me a qualquer momento.

A alma fugiu com o medo da ameaça do carro sobre mim. Agora, enquanto manco, vou procurando a alma que anda por aí com medo de ser atropelada outra vez.

crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 59

Uma das principais preocupações das minhas amigas é que eu não esteja disponível para me apaixonar por alguém. De uma maneira ou de outra elas lá me perguntaram quando cheguei de férias se tinha conseguido deixar o passado para trás. Como se fosse possível com umas simples férias deixar-se qualquer tipo de passado para trás. É uma terrível ilusão, essa. Ninguém deixa um passado para trás. Pode esquecer-se temporariamente dele. Pode chegar-se com mais ou menos agarrada a ele, mas nunca esquecer-se.

É interessante essa coisa de deixar o passado para trás. Também é interessante essa coisa da disponibilidade. São as ambas difíceis de operacionalizar. Como é que se deixa o passado? Olhando para o presente? Mas o presente está sempre impregnado de cheiros do passado. Como é que funciona a disponibilidade? Será que sabemos quando estamos disponíveis? Não me parece que possa definir como objectivo nem um nem outro. Ambos acontecem por acaso. Ambos acontecem com o passar do tempo. Ambos acontecem sem planeamento. Posso planear actividades, passatempos, trabalhos e até rotinas. Mas foge do meu controlo o passado e a disponibilidade.

Acerca disso, gostava que as pessoas não insistissem tanto em perguntas, cuja resposta parece só ter como objectivo deixá-las descansadas. Não são respostas para mim, com toda a certeza. Elas fazem os possíveis para que eu ande para a frente, mesmo que eu não saiba bem que frente é essa que elas pretendem que eu atinja. A mim parece-se com uma obra de arte abstracta. Sim. Olho. E cada um vê o que quer ver. Eu vejo o que quero.

Sobre a minha questão do passado ou da disponibilidade ocorre-me aquela frase de que “fazer planos é ficar pegada a eles”. A única coisa que tento fazer é apagar a maioria dos planos que fiz para que não me sentisse pegada a eles. E é isso que faço. Portanto não me perguntem pelo passado. Perguntem de que planos é que me tenho vindo a libertar. Perguntem-me que sonhos é que eu tenho deixado fugir como água entre os dedos. Isso sim pode dar uma ideia do presente.

Ou então, desafio a que me digam como é que se liberta do passado e como é que se cria a disponibilidade para apaixonar. Pode ser sempre uma oportunidade para aprender alguma coisa para dar respostas mais convincentes às minhas amigas.

quarta-feira, julho 05, 2006

Estou doente!

Devido a um problema no estômago, estou de molho por uns dias. Ficar em casa nem é mau de todo, especialmente se ficarmos na companhia destes (embora eu ainda assim continue a preferir estes). Além de agora ter realmente tempo para a minha família, reparo em pormenores da minha casa que desconhecia (livros novos, dvds novos, umas plantas que eu juro que nunca tinha visto. Estão cá desde a Páscoa? A sério?...), aproveito para arrumar calmamente algumas coisas que nunca tinha tempo para ordenar ou simplesmente enviar para a reciclagem, e aproveito a maravilhosa companhia da minha gata, que sei que está deleitada por me ter em casa para podermos ficar o tempo que quisermos a olhar uma para a outra, na calma do tempo dela. A maior vantagem disto tudo é poder estar na companhia dela, não desfazendo, Dr. Grissom...
Agora desejem-me as melhoras porque, como qualquer pessoa doente, preciso de um bocadinho de mimo! :)

terça-feira, julho 04, 2006

Viagem # 1

A sensação de liberdade de se viajar de mochila e sem nada rigidamente marcado é incrível. Estar num local enquanto se gosta. Preparar a mochila para ir para outra cidade. Mudar de país. Ler sobre as culturas. sentir a cultura e o modo de vida. Ler sobre a economia e a sociedade de cada país. Falar com as pessoas que ali vivem sobre o que se leuVer os jornais locais. Ver as notícias. Sair á noite e olhar para as pessoas ou simplesmente sentar na rua a olhar o ritmo de cada cidade.
E conhecer pessoas em viagem. Estar sentada a tomar o pequeno almoço com uma americana de 50 anos que já conheceu 64 países, um australiano, um austríaco e falar sobre as viagens que eles fizeram, para onde vão e o que aconselham noutros locais. Conhecer as vidas delas. Conhecer as posturas perante a vida. Ver alternativas à minha própria vida.
Houve um Indiano em Cracóvia. Ele dizia que o ideal era podermos ir duas vezes a cada sítio. O primeiro para conhecermos a riqueza física das cidades e a segunda, muito mais interessante, para conhecer apenas a riqueza humana de cada lugar. É exactamente a minha opinião sobre as viagens. Claro que com a falta de dinheiro e de tempo tenho de conseguir fazer ambas ao mesmo tempo. E isto implica esforço físico, implica dormir pouco para se ter tempo para absorver tudo com o fascínio e a intensidade merecida em cada local.

Por enquanto vejam a reportagem da Índia!

Ouvi um grito profundo cá dentro e não me perguntem o que foi!

segunda-feira, julho 03, 2006

Voltei.
Voltei para minha casa.
Voltei e fui à Ribeira.
Voltei a rever os meus amigos.
Voltei a trabalhar.

Trouxe.
Trouxe as ideias mais limpas.
Trouxe as experiências.
Trouxe colares.
Trouxe a alma cheia de novas ideias.

Entre o que trouxe e voltar, espero não perder o que sobrar!

sábado, julho 01, 2006

Fui ao oftalmologista: preciso de usar óculos!!!
(isso explica muita coisa!)

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