quarta-feira, maio 31, 2006

Musiquinha para alegrar

É lamechas... mas é lindo... e sentido...


Do you really love a woman?
to understand her, you gotta know her deep inside
her every thought, see every dream
and give her wings if she wants to fly
and when you find yourself lying helpless in her arms
you know you really love a woman

When you love a woman
and tell her that shes really wanted
when you love a woman then tell her that shes the one
Because she needs somebody, to tell her that its gonna last forever
so tell me have you ever really, really ever loved a woman

To really love a woman, let her hold you
till you kno she needs to be touched
you gotta breathe her, you gotta taster her
till you can feel her in your blood
when you can see her unborn children, in her eyes
you know you really love a woman

When you love a woman
and tell her that shes really wanted
when you love a woman then tell her that shes the one
Because she needs somebody, to tell her that youll always be together
so tell me have you ever really, really ever loved a woman

Oh you've got to give some faith, hold her tight
a little tenderness, you gotta treat her right
she will be there when you take good care her
ohh you gotta love your woman yeah

And when you find yourself lyting helpless in her arms
you know you really love a woman


Bryan Adams

Será que alguém consegue ler o post abaixo?

Em defesa do CPF, em defesa da fotografia emPortugal Os fotógrafos, os amantes da fotografia e outras pessoas têm sido confrontadas com um conjunto de notícias na comunicação social que parecem vaticinar o fim do Centro Português de Fotografia a curto, médio prazo.
Uma das últimas notícias relatava mesmo expressamente a aprovação em conselho de ministros da extinção da Direcção Geral do CPF. De acordo com o diploma (resolução do Conselho de Ministros nº 39/2006 de 30 de Março - in DR ISérie-B de 21 de Abril de 2006), os serviços e o património por que o CPF era responsável serão partilhados entre duas novas Direcções Gerais, osArquivos Nacionais e a Direcção Geral do Apoio às Artes, que no fundo corresponde a uma mudança de nome do IA.
Mas esta divisão do CPF pelas duas tutelas é muito pouco concreta em muitos casos, deixando no ar muitas interrogações. Procurando obter alguma informação que permitisse compreender o conteúdo destas mudanças, verificaram com estupefacção que nada neste processo éclaro ou transparente. Só se sabe que se pretender alterar o estatuto doCPF.
Porquê não se sabe bem, para além de pretensas razões economicistas, mas mesmo essas não são muito objectivas, pois há inúmeros organismos dependentes do MC, muito mais dispendiosos e, nalguns casos mesmo sem razão de ser, que continuam intocáveis. Veja-se o caso dos funcionários da Casa das Artes que estão em casa há anos, a receber o ordenado e o subsídio de refeição por inteiro. Extingue-se o CPF, mas não se sabe o que irá acontecer por exemplo à colecção de fotografia, ao espólio museológico constituído por câmaras e outro material, aos funcionários, ao edifício etc.
A ministra, quando questionada, nada esclarece! Não sabe ou não quer dizer. O Diploma apenas diz que o património passa para os Arquivos Nacionais e que as atribuições relativas ao apoio e difusão da fotografia transitarão para aDirecção Geral do Apoio às Artes. Mas não especifica que património. O gabinete da ministra, quando questionado, não concretiza. De acordo comMaria do Céu Novais, assessora da MC, in Público de 6 de Abril 2006, "O CPF deixa de ter competências de apoio à fotografia, que transitam para a novaDirecção-Geral de Apoio às Artes".
Claro que nos poderão argumentar que nunca ninguém falou em extinguir o CPF. Que não se trata disso! É verdade, mas gato escaldado de água fria tem medo e há muitos sinais que indiciam quehá mais para além do que se diz. E de facto, nunca também o ministério clarificou de uma forma explícita, preto no branco, que o CPF continuará adesempenhar o papel que lhe foi atribuído, porventura reforçado e dinamizado, que permanecerá no Porto e que continuará instalado na Cadeia da Relação.
A extinção da DG e a subordinação do CPF a duas tutelas tão diferentes, que nunca tiveram responsabilidade/experiência na área da fotografia e que não parecem vocacionados para tal, não augura nada de bom. Mais surpreende ainda todo este imbróglio se tivermos em conta as posições da actual ministra na AR, a defender então o projecto CPF e a contestar osplanos do governo anterior para extinguir o CPF. Foi há menos de dois anos(Novembro de 2004). Mas na altura não era ministra...Uma pergunta óbvia é: quem poderá lucrar com os restos mortais desta instituição? Quem esfrega as mãos à espera do fim?
O que está a acontecer é preocupante por diversas razões e antes do mais por não ser transparente e não resultar de uma avaliação objectiva e pública dopapel da instituição. O CPF foi criado há nove anos com a missão de prestar um serviço público na área da fotografia. O edifício da Cadeia da Relação foi preparado para esse fim, tendo a renovação feita (levada a cabo por uma equipa coordenada pelo Arqº Eduardo Souto Moura) respondido especificamente a um programa adequadoa esse fim, no que diz respeito a áreas técnicas e equipamentos.
O investimento feito não foi pequeno. Mas a verdade é que, após os primeiros anos de algum dinamismo, se assistiu a uma política encoberta de asfixiamento financeiro da instituição. Apesar de muitas críticas que algumas pessoas possam fazer à intervenção do CPF na fotografia em Portugal, a verdade é que teve um papel global bastante positivo, contribuindo de diversas formas para o apoio e a divulgação da fotografia em Portugal e no estrangeiro, muitas vezes com muito poucos meios. Extingui-lo será uma machadada no entendimento da fotografia em todas as suas componentes, na arte, e na cidade do Porto que tem e sempre teve uma importante responsabilidade na afirmação cultural e artística da fotografia portuguesa.
O primeiro objectivo deste movimento é portanto alertar as pessoas para o que está a preparar-se na sombra. Não é por acaso com certeza que estes planos, que deveriam ser objecto de grande divulgação nos jornais e discutidos abertamente pelos fotógrafos e pelas forças vivas da cidade do Porto, não têm quase nenhuma visibilidade. Este movimento pretende também ajudar a compreender o impacto negativo de uma medida tonta e impensada como esta. O impacto negativo na fotografia que deixará de ter um organismo com alguma autonomia e vocacionado para a sua divulgação e apoio, para voltar a ser dependente de instituições e depessoas sem qualquer sensibilidade e conhecimento fotográfico. O impacto negativo na cultura que deixará de contar com mais uma instituição que devidamente dinamizada poderia ter um papel relevante na cidade e no país. Um impacto negativo na cidade, que poderá vir a perder mais uma das instituições relevantes que aqui foram criadas, permitindo assim a crescente assimetria de um país que assiste impávido e sereno à concentração do acessoà cultura na cidade de Lisboa.
Como primeira iniciativa este movimento solicita a mobilização de todos os fotógrafos e de toda a gente que gosta de fotografia, para se concentraremno CPF - Cadeia da Relação no dia 3 de Junho, sábado, às 15 horas, com as suas máquinas fotográficas, para simbolicamente fotografarmos todos o CPF por dentro e por fora. Se conseguirem extinguir o CPF haverá um registo, uma prova em negativo ou em digital, uma marca nos corações de todos nós, docrime cometido e da instituição destruída pelo MC.
Durante a concentração discutiremos como continuar o protesto, nomeadamente utilizando o material fotográfico resultante da nossa acção. Entretanto o CPF estará aberto para visitas guiadas à instituição durante a semana anterior a 3 de Junho, a quem o solicitar. Não extinguirão o CPF com a nossa complacência. Pelo menos isso!

Preciso parar.
Parar outra vez para não me perder.
Hoje vou parar.
E ficarei parada até não poder mais.

confissões # 31

"Em caso de dúvida mantém-te quieta."
Outra das coisas que a minha amiga me diz tantas vezes.
Mas eu tenho de admitir que raramente sou capaz de o fazer!
Em caso de dúvida, passo logo para a acção.
Eu só quero acabar com as dúvidas, mas...

Os amigos de Alex # 3

DESAFIO

Um grupo de amigos tem vindo a fazer uma coletânea de frases que assentam num pressuposto. Não vou explicar qual é.Contudo lanço o desafio para que vocês tentem perceber a lógica e enviem sugestões! Todos os dias vou colocar uma frase para vocês se rirem!!
Já perceberam a lógica, portanto agora vamos engrossar a listagem!
Gosto da palavra engrossar!!!
"Eu não faria mal a uma mosca e você Betty, faria?"

Importaste de voltar para os meus sonhos???

confissões # 30

Ando a preparar uma surpresa para uma pessoa.
Se eu contasse a uma amiga, ela diria:
"- pérolas a porcos".
Tenho a certeza!

confissões # 29

Acontece-vos às vezes não saberem se a Vossa avaliação é a correcta ou se é produto de uma alteração hormonal qualquer??!
A mim acontece e sinto-me pessimamente com isso. É quase como se tivesse de fazer um intervalo na minha vida.
Hoje estou nesses dias. Muito irritada. Muito confusa. Muito tudo. Muito nada.
Tenho de confessar que não me consigo controlar e que basta darem-me um motivo pequenino para que eu o transforme num enorme.
Sim.
Porque acho que não sou assim tão louca que invente os motivos.

terça-feira, maio 30, 2006

Bost#4

Sorte teve o Ali Babá, que não nasceu em Portugal e só conheceu 40 ladrões…

Quando lhe perguntei, porque é que ia para a cama com outras mulheres para além da namorada, ele respondeu-me que era uma questão simples. Acontecia naturalmente e não era por isso que questionava o que sentia pela namorada, nem o que queria dizer ter desejo por esta ou aquela rapariga. Aliás, pareceu-me q isso não o preocupava, nem tão pouco o preocupava se a namorada optava por fazer o mesmo.
O que é mesmo importante para ele, é que as coisas sejam muito claras para todos os intervenientes. Que não exista perseguição nem ciúme exarcebado entre ambos. E essencialmente que ele e a namorada se sintam bem um com o outro e que quando estão os dois é porque querem de facto.
Ele pareceu-me um daqueles espécimes capazes de se enquadrarem na minha crónica 55.
Gosto de falar com pessoas simples... Sinto-me contagiada pela simplicidade!!!

Os amigos de Alex # 2


DESAFIO

Um grupo de amigos tem vindo a fazer uma coletânea de frases que assentam num pressuposto. Não vou explicar qual é.Contudo lanço o desafio para que vocês tentem perceber a lógica e enviem sugestões! Todos os dias vou colocar uma frase para vocês se rirem!!


"Tás fora do tom, Jobim."

sexta-feira, maio 26, 2006

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 56

Tenho tido algumas conversas elucidativas com alguns homens e achei que devia partilhar com os leitores, mas essencialmente com as leitoras! É sobre dois aspectos essenciais: sexo com duas mulheres e o fellatio, vulgo broche! Não me vou estender, porque uma rapariga sem namorado tem mesmo de trabalhar, porque ainda não arranjou quem lhe oferecesse tudo e mais alguma coisa… Infelizmente!

Aquilo que eu me tenho apercebido é que quando um homem diz que tem como fantasia sexual ir para a cama com duas mulheres, não é para aviar as duas…. Até pode ser, mas só devidamente estimulados e com tempo! O que eles querem dizer é, querem ver duas mulheres a comerem-se e por defeito, eles participam um bocadinho!

A outra questão que tem sido um ponto de conversa é as experiências relativamente ao fellatio. Os homens gostam que lhes façam, mas valorizam que elas também gostem do que estão a fazer. Não vou entrar em pormenores do que eles me disseram gostar, mas segundo esses amigos, existem várias raparigas que não sabem o que fazer quando confrontadas com a situação… E por isso decidi chamar a atenção para os processos de melhoria contínua!

Eu e os meus amigos temos conversas interessantes sobre estas temáticas! Conversar também ajuda a melhorar o desempenho.

Os amigos de Alex # 1

DESAFIO

Um grupo de amigos tem vindo a fazer uma coletânea de frases que assentam num pressuposto. Não vou explicar qual é.

Contudo lanço o desafio para que vocês tentem perceber a lógica e enviem sugestões!


Todos os dias vou colocar uma frase para vocês se rirem!!

"Vou passar esta camisa a ferro, Rodrigues."

fim de tarde no parque da cidade

"Hello dear partnaire da devassa........

sempre alinhas num fim de tarde libertino a assediar transeuntes no parque desta cidade!?!?!? hummmm....Bute infernizar a libido de jovens adultos.... e mostrar-lhes que há vida atrás das moitas )))"

Isto foi um mail que recebi ontem e que tomo a liberdade de o transcrever aqui anonimamente. E lá fomos nós para o parque da cidade.... Quando de repente percebo que não somos nós que mostramos que há vida atrás das moitas, mas sim um casal a dar uma queca num banco, mesmo no meio do parque. Achei fantástica a descrição, porque nem sequer tentaram esconder-se. E a parte mais interessante é que a maioria das pessoas passava e nem reparava.... Como dizia o meu amigo: "Só tu com esse olho clínico é que repara naqueles promenores!".

Lá viemos embora com a sensação de que não tinhamos gozado plenamente do passeio no parque.... Faltou qualquer coisa!

quarta-feira, maio 24, 2006

Bost#3



Originally uploaded by lelacunha.

Homens, acabaram-se os vossos maiores problemas!

segunda-feira, maio 22, 2006

poesia # 16

Não sei bem como descrever aquele momento ínfimo
que vi no domingo de madrugada.
Sabem quando o dia está a despertar?
O dia ainda de cores enevoadas?
Estava assim.
Eu estava parada num cruzamento
dentro do meu carro a ouvir música e a rir sozinha.
(Um daqueles dias em que rio por tudo e por nada!)
De repente, muito sem contar,
surge de uma das esquinas, um bando de pombos
muito ainhados,
a voarem muito baixo.
Senti que alguém os tinha soltado todos ao mesmo tempo
ali, mesmo ao virar da esquina.
E senti-os passarem mesmo perto de mim.
Lindo. Lidos.

domingo, maio 21, 2006

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 55

Na sexta – feira ao fim da tarde fui ter com um amigo a uma das esplanadas à beira mar desta cidade encantadora. Depois de uma semana de trabalho sabe bem beber uns finos, pensando apenas em nada. Pensamento vazio para receber o que quer que nos tragam. O meu amigo trouxe mais três amigos. Conversa-se sobre nada, dá-se uma passagem ligeira nas novidades, fala-se um pouco de trabalho e, quando já não existem assuntos nobres para falar, sobra o futebol ou o sexo. Como o Mundial ainda não começou optou-se pelo sexo.

A certa altura decidi apresentar uma das minhas teorias do amor e consequentemente do sexo. Eu defendo que numa relação de muita confiança, com um bom entendimento sexual entre os parceiros e, espíritos evoluídos, possa existir um acordo tácito de qualquer um dos dois ter sexo com outras pessoas. O acordo pode ou não ser usado. O acordo deve obedecer a regras. Regras essas que têm de ser respeitadas ao mínimo pormenor. As relações extraconjugais (vou chamar-lhes assim para facilitar) devem assentar essencialmente em atracção física, nas quais não se procura amor, mas apenas prazer. O amor é o lugar sagrado da relação conjugal (também chamada assim para facilitar as interpretações). Não devem ter uma periodicidade demasiado grande. Não se partilham pormenores das relações extraconjugais com o parceiro, porque as experiências são individuais e uma relação de confiança aceita estes pequenos segredos. Faz-me lembrar a máxima de que o segredo é a alma do negócio. E aquela máxima que aquilo que desconheço não me pode magoar. Para concluir, o único objectivo é permitir que as pessoas se sintam livres de viver a sua sexualidade mesmo estando numa relação. No entanto, este acordo tácito não deve ser uma desculpa para se ter um parceiro que não nos deixe sentir sozinhos e a partir daí andarmos à procura daquele grande amor que todos os sonhadores têm a esperança de encontrar. Também não deve servir de desculpa para sermos Don Juan, no feminino ou no masculino. Serve apenas para nos livrar do compromisso obrigatório e nos deixar sentir livremente o comprometimento. Parece-me ainda que se houver um grande entendimento entre as duas pessoas, o acordo tácito será “accionado” poucas vezes ao longo da relação. Com este, o fruto proibido deixa de o ser e assim, deixa de ser tão apetecido.

Claro que eles acharam espantoso que eu pensasse como um homem… Mas eu não sei bem se eles pensam assim. Tenho as minhas fortes dúvidas.

No final perguntei se eles eram capazes de terem uma relação que implicasse este acordo tácito. Um deles disse logo que não. Que quando ama uma mulher é demasiado possessivo. O outro respondeu que quando ama alguém, pode sentir tesão, mas que consegue pensar antes de agir. Um ficou-se por deixar apenas no ar que seria capaz. E o último disse que seria capaz de tudo. Estamos a falar de homens evoluídos. Com idades um pedaço acima dos trinta e com uma experiência de vida considerável.

Claro que uma relação tal qual a descrevi, implica uma grande maturidade de ambas as pessoas. E implica também um desprendimento total do sentimento de posse. A desconfiança e o ciúme cresce a partir da insegurança relativamente ao amor, assim como de uma espécie de sentimento de posse da alma e do corpo da outra pessoa.

A piada da situação é que fiquei com a sensação que nenhum dos quatro se arriscaria a ter uma relação comigo. Pareceu-me que qualquer um deles me ficou a achar muito atraente, interessante e talvez excitante, mas que não seria capaz de ir mais além do que isso. Acho que enquanto defender estas ideias não abandono o estatuto de rapariga gira sem namorado aos 30 anos! O medo daquilo que parece ser impossível é terrível. A minha carta astral (risos!!!!) bem que dizia que se eu pudesse inventava novos tipos de relações de amor… Será? A única coisa que eu anseio é a plenitude em todos os aspectos. Com ou sem acordo tácito... Porque cada relação é uma relação.

sexta-feira, maio 19, 2006

Tarte de limão merengada (Grenouille II)

Continuo a explorar os cheiros e os odores. Agora, quando tomo banho de manhã tenho uma enorme vontade de comer tarte de limão merengada. Dá-me água na boca imaginar a base amarela do limão ácido rodeada pela massa de areia compensada pela suave e algo doce espuma do merengue dourado no forno. Imagino o cheiro da tarte acabada de sair do forno, cheiro de Outono e de calor de fim-de-dia. O odor do açúcar misturado com o pungente do limão ácido e fresco. Mas porquê no banho, porquê esta vontade enorme de devorar tarte de limão merengada logo antes das nove?

Há um mês, comprei um gel de banho novo na L'Occitante. Aroma: Citron Doux! Quando o liquido branco se espalha na mão, imediatamente o seu odor se entranha no meu nariz, forte, determinado...

Tenho sempre a impressão estranha, muito estranha, de sair da banheira a cheirar a tarte de limão... mas merengada.

confissões # 28

Às vezes, fico preocupada.
Preocupada com o facto de me estar a habituar demasiado,
a viver sozinha e estar comigo mesma.
Às vezes sabe-me tão bem que me assusta.
Cada vez menos estar sozinha é estar em solidão.
Cada vez mais estar sozinha é estar como me apetece.
Mas fico preocupada por confundir isto com individualismo ou outra coisa qualquer.

Uma amiga dizia-me que achava que eu não estava muito bem disposta hoje. Ao que lhe pedi para especificar o momento do hoje em que eu não estava bem disposta. O hoje tem demasiados momentos para se poder generalizar. Agora estou bem disposta, mas também já me senti enraivecida, triste, eufórica e tudo hoje.
De momento para momento não sei como me vou sentir.

O livro # 1

À procura de Sana
de Richard Zimler
Gótica
Li qualquer coisa sobre o livro no "Público" e fiquei com a impressão de que deveria ser interessante. De tal forma que fui comprá-lo e nem o abri para ver se gostava da escrita. Abri-o em casa para o fechar apenas quando cheguei à última página. A certa altura nem sabia se estava a ler um romance ou uma reportagem jornalística sobre Israel e a Palestina. A certa altura, fechava o livro por achar a descrição dos factos violenta, para logo o voltar a abrir para ver o que viria a seguir.

Gostei muito.

quarta-feira, maio 17, 2006

Imaginarius

Imaginarius
Festival Internacional de Teatro de Rua
Santa Maria da Feira: 18, 19 e 20 de Maio

vejam mais em: www.imaginarius.pt

Quanto ao progama, chamo especial atenção para a parte do teatro para o desenvolvimento comunitário, uma nova aposta ao nível do festival, na qual estou profissionalmente implicada. Se alguém passar por alguma das performances, especialmente a "Sonhos Flutuantes", peço que deixem feedback neste post.

poesia # 17

Conduzir durante 2 horas. Sair da auto-estrada e abrir os vidros. Não que esta acção seja muito poética, mas quando para acompanhar a abertura dos vidros existe um perfume de primavera, então aquele simples momento, torna-se poesia pura.

terça-feira, maio 16, 2006

Preparem-se para uma novidade completamente avassaladora:

Have a nice flight!

segunda-feira, maio 15, 2006

Charming!

Ele - Olá! Sou a tua prenda de anos! Sou tipo mala de viagem... pegas em mim e vou pra todo o lado!
Ela - Hummm....

A ver vamos.

Não estou a encontrar novas soluções para aquilo que me preocupa.
O que por si só,
é também preocupante!

crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 54

Já não sei a que propósito é que ontem começaram a falar de mim na esplanada junto à praia, debaixo de um céu encoberto e de um vento frio de maresia. Um deles, dizia que sempre que me via, encontrava sempre a mesma forma de estar. Bem disposta e com um sorriso simpático. Começou a dizer que o outro, que acabava de me conhecer estava a olhar para as minhas pernas, só porque como estava frio, eu não os presenteava com os habituais decotes generosos. O outro riu-se e disse que eu sabia bem para onde estava ele a olhar. Para não me perguntarem porque não queria sentir-se embaraçado. Eu ria, sem fazer ideia de para onde estava o olhar dele orientado, mas deixando no ar que sabia. A conversa continuou e eu esqueci aqueles breves momentos até à noite. Falarem de mim é já um tema a que me habituei sempre que num grupo não se sabe do que falar. Acho que dou sempre algum material para isso. Ao contrário do que possa parecer a maioria das vezes é tão espontâneo que nem dou por isso.

Com esta conversa recuei um pouco no tempo e lembrei-me de uma rapaz, daqueles que nos parecem inatingíveis, me dizer que eu mexia no cabelo de uma forma que não deixaria um único homem indiferente. O pior é que ele achava que esse gesto pertencia a um conjunto de rituais de sedução, pensados e estudados para o efeito. Pensei que ele estava a gozar comigo. Se mexo nos caracóis é só porque se tornou num tique nervoso. Acho eu. Na altura, tal como já disse, achei que ele me gozava. Depois um outro me disse exactamente o mesmo e pediu-me para eu parar. Pareceu-me mais sério do que o primeiro, mas continuei sem perceber o que tinha de sensual enrolar os dedos nos caracóis.

Depois foi o meu amigo que começou a dizer que não apresentava mais amigos, porque começavam a ligar-lhe para falarem de mim. Que ficavam perigosamente presos pela minha voz. Ao que eu replicava que se tinha uma voz sexy, porque rouca, era apenas por estar a desenvolver qualquer problema nas cordas vocais devido ao tabaco ou às saídas nocturnas ou quem sabe por falar demasiado. Nunca tinha pensado que pudesse ter uma voz sensual. E depois vem outro que diz a mesma coisa e ainda outro. Comecei a achar um exagero. A verdade é que existem vozes masculinas extremamente sedutoras, mas nunca achei que alguém pensasse o mesmo a respeito da minha, em versão feminina.

A que propósito é que eu me lembrei destas pequenas conversas? Para mim são estranhas. Passei a grande parte da minha vida a ser o patinho feio entre as minhas amigas. Outra parte a sentir-me assim. E metade de mim continua a sentir-se exactamente da mesma forma. Faz parte da minha auto-estima baixa. E de repente ouço estas coisas que me soam estranhas e inadequadas a mim. Mas que deixam a pensar que talvez tenha uma leitura errada sobre a realidade que sou. De desinteressante a interessante vai um contínuo de possibilidades.

É curioso como o facto de se ser um patinho feio durante um determinado tempo nos leva a adoptar uma série de premissas para avaliar a realidade. E como essas premissas nos podem toldar o olhar e a forma de encarar as situações. Por outro lado não sei se os que sempre foram cisnes serão mais felizes do que nós, os patinhos feios. O contacto que tenho com algumas pessoas faz-me crer que não são. Quanto a mim tem sido uma descoberta interessante. Tem-me feito perceber que me tenho em baixa conta. Que não me dou conta do impacto positivo que posso ter nos outros. Pergunto-me do que se darão conta os cisnes e os outros patinhos feios, no momento em que chegaram ao fim do texto.

sexta-feira, maio 12, 2006

confissões # 27

Assemelho-me muito a uma criança de 3 anos!
Ontem o meu sobrinho queria vir dormir comigo,
como não pôde disse-lhe que estaria hoje comigo.
Ao que ele respondeu:
"- Amanhã já não quero!!!"
Eu sou tal e qual!

confissões # 26

Quase já não aguento caminhar sem saber onde ponho os pés.
Estou farta.
Tentei aprender a caminhar a olhar para a frente,
mas é muito difícil.
Não me apetece esforçar-me mais!!!

quinta-feira, maio 11, 2006

poesia # 16

Ontem ia pela estrada,
quando reparo que com a inclinação do relevo
conseguia ver o mar.
Uma pequena linha no horizonte.
O céu azul, raiado de cinzentos e o sol reflectido no mar por detrás das nuvens.
Este momento de poesia tive de o oferecer a alguém.
A beleza era mais do que aquela que sou capaz de guardar só para mim.

O eterno efémero # 3

de Urbano Tavares Rodrigues
Edições Dom Quixote

Para além do enredo que nos envolve, ele consegue transportar-nos para um ambiente de luxúria e fazer-nos sentir a sensualidade das acções e das personagens. Excitante. E simultaneamente a poesia da prosa.

Nas últimas semanas tenho escrito vários textos que não consigo escrever e, pior que acabam por morrer no esquecimento do meu pensamento. Penso neles quase sempre quando me vou deitar, mas quando acordo já nada faz sentido, as construções não me parecem coerentes, nem as ideias assim tão importantes. Parece-me que a estratégia que uso actualmente não está a resultar! Parece-me, mas pode ser apenas impressão minha.

quarta-feira, maio 10, 2006

O eterno efémero # 2

de Urbano Tavares Rodrigues
Edições D. Quixote
pp. 106

"A liberdade, que às vezes se confunde com o orgulho, é o valor que mais prezo. Leio nos olhos de qualquer pessoa se é livre ou não é. A maior parte vive sempre de cabeça curvada perante alguém; outros há que vivem a pedir perdão de existir aos que os rodeiam. Sei quando estou perante um igual, alguém que é naturalmente livre. Dificilmente se aprende a sê-lo, mas pode conseguir-se."

(Liberdade. Despreendimento.)

segunda-feira, maio 08, 2006

Tenho tantas batalhas a travar neste presente,
que não tenho oportunidade para pensar num futuro.

Alguns assuntos tornaram-se tabus.
Baseados na crença que se as batalhas do presente forem travadas,
deixaremos de ter o futuro com assuntos tabu.

Travar as batalhas do presente,
sem esquecer o que se aprendeu no passado,
mas evitando olhar demasiado longe no tempo.

Chocolate

Existem pequenos prazeres que são adiados. O filme Chocolate de Lasse Hallström foi um prazer. A crítica profissional não foi favorável, mas quanto a mim é um filme delicioso para se ver num Domingo à noite depois de um fim de semana em que fez falta comer uns quadradinhos de chocolate de quando em vez! Uma fábula com pormenores interessantes. Cor e cinzentos. Simples. Doce.

O eterno efémero # 1

de Urbano Tavares Rodrigues, da Dom Quixote, foi um dos melhores livros que li nestes últimos meses. Li-o durante uma noite. Não conseguia parar. para agora querer voltar a ler e poder absorver a poesia das palavras. Já li alguns livros deste autor, mas neste encontra-se qualquer coisa que não via nos últimos que ele escreveu.
Tudo. O enredo. A escrita. A forma. A poesia. A surpresa. O erotismo. A nudez da mente humana. Absolutamente soberbo.

Ponto de ordem

Ora bem.
Existem entradas que faço neste blog que são biográficas.
Existem outras que não são. As que não são biográficas são meras ideias que surgem durante determinadas conversas, leituras, ou do nada.

Domingo em família

"- Quem me dera estarmos a entrar aqui agora.... Era sinal que ia começar tudo!"*
*frase de um dos meus sobrinhos no final da tarde.

sexta-feira, maio 05, 2006

Espaço publicitário

Estejam atentos, esta loja vai dar que falar! Vão passando para ver as novidades, eu acho que vai ter sempre grandes tentações!

Jean Baptiste Grenouille

Feio, marreco, coxo, assustador. Estes são quatro dos adjectivos que descrevem durante quase todo o livro o personagem principal Jean Baptiste Grenouille. Greouille atrai-me (a mim e a todos os que lêem o livro) não pela sua caracteristica secundária de assassino, mas pela característica principal de ter o nariz mais apurado do mundo. Ele memoriza e organiza os odores que passam por ele, usa-os e em breve procurará aqueles que são raros.
Que inveja! Para quem, como eu, adora explorar a memória olfactiva e ainda precisa usa o nariz para trabalhar, ter esta especial qualidade é pecado puro.
Grenouille usa o nariz para viver as suas emoções. Para explorá-las, para perceber a natureza das pessoas e das coisas com que se cruza. O que cheira mal é venenoso o que cheira bem é delicado. O que tem odores perfumados deve ser explorado, o que tem cheiros sinceros deve ser conquistado. Os cheiros agressivos devem ser evitados e até devem os odores hipócritas ser diluídos. Mas é a ironia dos que devem ser guardados que faz a diferença. Ao ponto de, no livro, o "sapo" os guardar da forma mais terrível possível.
Eu tenho um enorme prazer em guardar memórias através dos cheiros. E desejo ardentemente ter a capacidade de guardar odores para recordar as minhas emoções. Tantas vezes me lembro do beijo, da lingua, do cabelo, dos olhos, das palavras pelo facto do perfume que passa no ar ser o mesmo. Do vaso lá de casa me transportar para o campo de flores na montanha. Das algas do restaurante chinês me transportarem para mergulhos em países do outro lado do mundo... O mais extraordinário é a sala de casa dos amigos nos transportar para os 6 anos e para a festa da escola.
Entrar numa loja e cheirar os perfumes todos não é fácil. O nosso cerebro confunde-se depressa. Muito mais excitante que procurar os perfumes que são limonados, florais, almiscarados, especiarias, pessegados ou florais é encontrar a Rita, a Maria, a Teresa, a Daphne ou até mesmo o Paulo ou o João Pedro. Pelo cheiro do vinho foleiro chegamos às bebedeiras da faculdade, pelo cheiro do suor chegamos ao sexo. Nas comidas a mesma coisa: O Marisco cheira a mar, o anho cheira a leite, o maracujá maduro cheira a chichi de gato!
O nosso nariz tem um poder extraordinário, é uma máquina de que nos esquecemos muitas vezes, tapada pela posição dos olhos que agora fazem tudo por nós. Que pena não explorarmos mais a nossa memória olfactiva que nos faz apertar o coração de lembranças e nos faz, institivamente, tomar decisões das quais dependem a nossa vida.
E no entanto para Grenouille, tudo lá estava arrumado, organizado e tudo tinha cheiro. Tudo! Até aquilo que lhe diziam que não cheirava a nada, cheirava a nada. Mas estava guardado na memória dele como nada. Ele próprio!

Trainspotting
Irvine Welsh
Relógio de água

Quando comecei a ler este livro, demorei algum tempo a habituar-me ao calão utilizado, à linguagem e à rapidez alucinante com que as cenas acontecem. Depois de entrar no espírito, não consegui parar de ler.

Esta semana fui tomar um café com um amigo cuja necessidade de viver tudo muito rápido e intensamente o fez experimentar uma vida semelhante à deles. Ouvi-lo falar sobre essa fase é tão semelhante ao livro, que a certa altura até achei que este era um daqueles livros de estudo sobre o fenómeno dos consumos de drogas.

A constatação
de que deixo de ter um papel ou um espaço definido na vida de uma pessoa
é cruel.
Também é cruel perceber que alguém deixou de ter espaço na minha.

quinta-feira, maio 04, 2006

praia da arrifana, odeceixe e outras zonas

Feijoada de búzios.
Peixe grelhado.
Conquilhas ou ameijoas.

Sol.
Dormir. Descansar muito.
Caminhar com a água pelo meio das pernas.


Verdes.
Flores.
Dourados.

Que pedaço de Portugal abençoado para descansar, sonhar e bater com os pés no chão depois dos voos.

Não me importava de viver uns meses por ali.

Sei que te AMO.
É uma das coisas que eu sei.
Sei mais algumas. E sobram tantas outras que não sei.

Voltar ao trabalho. Pegar nas rotinas e fazer delas o dia a dia é a minha tarefa de hoje. Note-se que eu ficaria de férias mais uns meses...

1º de Maio de 2006

Sta. Margarida da Serra *
Alentejo

"-Tem pão?
- Sim, mas é de Sábado!"



* Uma terra perdida.

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