quinta-feira, setembro 29, 2005

Curiosidades

Estou a ler "O voo das cegonhas", de Jean Christophe Grangé que a Isis me ofereceu no meu aniversário. É um tipo de história que me cativa por alguns motivos: está bem escrito dentro do género (thriller/romance de aventura), envolve a investigação de um homicídio e a narrativa passa por diversos países, ou seja, segue a migração de grupos de cegonhas.
Coloco dois excertos que achei interessantes sobre superstições, uma da Bulgária e relativa aos ciganos, e outra dos habitantes da selva da República Centro-Africana.

"- Marcel, diz-me uma coisa: por que motivo andam as crianças roms (ciganos) tão sujas?
- Não é negligência, Louis. É uma velha tradição. Segundo os roms, uma criança é tão bonita que pode suscitar a inveja dos adultos, sempre prontos a deitar mau-olhado. É por isso que nunca as lavam. É uma espécie de disfarce. Para ocultar a sua beleza e pureza aos olhos dos outros."

"Beckés tinha uma visão particular da floresta equatorial. Como todos os m'bakas, pensava que a selva era habitada por espíritos, forças poderosas e invisíveis que mantinham secretas cumplicidades com os animais selvagens. Aliás, os centro-africanos não falavam dos animais como o faria um europeu. A seus olhos tratavam-se de seres superiores, pelo menos iguais aos homens, que era indispensável temer e respeitar, e aos quais se atribuiam sentimentos e poderes secretos. Assim, Beckés só falava 'da' Gorila em voz baixa, com receio de 'a' vexar, e contava como à noite a Pantera podia quebrar o vidro dos candeeiros servindo-se apenas do olhar."

Isis: tinhas razão, mais um que não se consegue parar de ler!

Acho que no dia em que deixar de ter necessidade de fazer ginástica financeira...
Vou engordar!

terça-feira, setembro 27, 2005

crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 22

"relação sofá"

no outro dia, passei o dia deitada no sofá. estava anti-social. não me apetecia falar, nem fazer nada de especial. vi dois filmes e dormitei. até fiz café em casa para não ter de vir à rua. enquanto estava nisto pensei que poderia ser um dia óptimo para estar enroscada no sofá. para isso ainda havia paciência. foi quando pensei que seria útil ter uma ou duas pessoas mais ou menos fixas para telefonar nesses dias. se o primeiro falhasse, haveria sempre o segundo!! claro que teriam de ser homens no meu caso... não me estou a imaginar enroscada com uma mulher!
a relação sofá poderia ser a continuação da amizade colorida. o que a diferencia é que neste caso seria essencialmente para aqueles dias em que estar com mais do que uma pessoa já é uma multidão. conforme os gostos pessoais poderia envolver uma amizade ou não.
existem alguns aspectos a ter em consideração:
- as expectativas bem definidas logo à partida (para evitar paixonites pouco viáveis);
- evitar manter a relação sofá quando surgirem dúvidas quanto ao que se pretende;
- escolher pessoas com pouco potencial para nos fazer apaixonar;
- procurar pessoas em que a "relação sofá" funcione muito, muito bem;
- bom humor, liberdade e espaço.
acho q as relações sofá podem resolver uma série de problemas de carência afectiva no que diz respeito ao toque e à intimidade física. desta forma, evita-se algumas das precipitações provocadas pela carência em relação a potenciais situações de relacionamento afectivo. a chamada "falta de peso" que às vezes nos leva a enveredar por caminhos de uma forma demasiado precipitada...
tenho andado a pensar nas relações sofá... e até tenho feito marketing junto de alguns amigos(as)!!

discrepância

detesto aperceber-me da discrepância entre:
o que queria ser e o que sou!
o que queria fazer e o que faço!
o que queria parecer e o que pareço!

segunda-feira, setembro 26, 2005



Não suporto ver um(a) amigo(a) a chorar. E o cenário fica ainda pior quando não encontro nada de eficaz para lhe dizer, nada que páre com aquilo, porque a solução não está ao meu alcance nem dele(a). Depois de o(a) ouvir e apanhar com a onda nas trombas, falo ao desbarato, rabujo, praguejo, digo umas ridicularias contra o mundo e a justiça não existir e não sei mais o quê...

Chegam a ser patéticas as minhas intervenções, mas acho que no meio das minhas tentativas ele(a) percebe:

Estou sempre aqui para ti

Crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 21

Admito que nem sempre me apetece ter companhia. Entre o só e o mal acompanhada, opto quase sempre pela última hipótese. Para não estar mal acompanhada, tinha de telefonar a convidar para jantar… O que na realidade também não me apeteceu. Precisava de paz. Saía para jantar. Sozinha. Com um livro para qualquer momento mais solitário, mais incomodativo, ou simplesmente para aproveitar o tempo. Na última noite, decidi não levar livro. Não queria sentir que precisava de um suporte para disfarçar o estar sozinha. Lá fui eu com destino ao Bairro Alto. Entrei num restaurante vazio, que tem uma sobremesa divinal de chocolate e menta.

Sem o tal livro decidi que tinha de falar com alguém. Os empregados eram as pessoas ideais, porque não tinham muitos clientes para atender. Acho que o gelo se quebrou, quando perguntei em tom de gozo se teria de esperar muito por uma mesa. Devo ter dado aquele ar de rapariga confiante. Tive companhia para o jantar. Tive sangria de oferta. Uma conversa interessante e lá pelo meio a tentativa de avaliar o meu interesse para “one night stand”. Deve ter sido pelo ar deslumbrado com que ele olhava para mim que resolvi contar-lhe uma série de sonhos bem guardados. Daqueles sonhos que eu guardo religiosamente dentro da minha alma. Mas eles precisam sair de vez em quando para se organizarem e voltarem a entrar em fila indiana. Daqueles sonhos que, estupidamente, quase não falo. E que falo ainda menos quando falo com alguém por quem me sinto atraída. Quase como se falar desses sonhos aniquilasse qualquer possibilidade de relacionamento profundo. Esta mania de esconder o que de melhor tenho: os meus sonhos, os meus projectos, a minha força, o meu sorriso.

Ele continuou com o ar de deslumbramento enquanto eu falava. A certa altura, já não me sentia sóbria e por isso decidi ir para o hotel. Se continuasse a beber acabaria num bar qualquer. Estava muito próxima do limiar de a partir do qual já não conseguiria parar. Ele levou-me ao táxi. Ficou parado a dizer que poderíamos voltar a ver-nos. Eu sorri. Entrei no táxi. Acenei. Ele ficou a olhar.

Foi a primeira vez que saí sozinha e engatei alguém.

O rio abre-se mesmo na minha frente. As gaivotas andam de um lado para o outro, sobrevoando as pessoas que se passeiam num domingo de manhã. Estou com sono, mas não consegui ficar em casa: o tecto fechava-se mesmo sobre mim. Sentia-me asfixiar. Sentia-me desfalecer. Precisava sair. Abrir uma porta para o exterior. O movimento do rio entra em mim, percorre-me o corpo e deixa-me. Deixa-me sempre depois deste percurso. E eu encontro-o sempre depois disso. A sensação de liberdade que o movimento dá. Em casa sinto-me presa. Quase sempre. Não tenho nenhum canal de comunicação com o exterior. E hoje sentia o tecto fechar-se sobre mim… Precisei de me abrir ao mundo.

Lembro-me vagamente de ter passado uma noite da semana passada a pensar sobre o significado de amor. O meu significado, como é óbvio. Acho, até, que escrevi sobre isso na sobremesa de um jantar sob outro rio. Tem alguma piada: eu não me lembro de nada do que escrevi nessa noite. O meu significado para o amor ficou reduzido a umas linhas, cujo conteúdo já não me pertence. Às vezes, parece que escrever me desapropria das ideias que tenho. Saem de mim, mas deixam de fazer sentido. Deixo de me lembrar. Deixo de falar delas. Outras vezes, as ideias mantêm-se. Não as consigo deixar partir. Aprisiono-as, exactamente como o tecto me aprisiona a mim. Sentir o amor. Falar o amor. Já falei. Sinto-o de forma incerta. Como incerta é toda a sensação de liberdade. Sinto-o fugir-me por entre os dedos. Tenho cada vez menos ideias sobre ele. E as que sobravam? Essas estão aprisionadas no meio de um livro de capas negras. Não faz sentido voltar a recuperá-las. A minha ideia de amor reflecte-se. Com muita atenção consegue-se lê-la nas águas de um rio qualquer. No mar, não se consegue ler ideia de amor. No mar é sempre a ideia de partir.

sábado, setembro 24, 2005

Convocatória: jantar de caracóis

proponho um jantar de caracóis para o próximo dia 28 de setembro. os nossos compinchas do insónia e a xantipa estarão cá e poderiam juntar-se a nós. às 8 e meia no sítio do costume? quem não souber onde é o sítio do costume, pergunte-me por favor! (porque não é no Pingo Doce)

Ando a aprender a lidar com as críticas.
Nunca gostei muito delas...
Também não comecei agora a gostar.
Quero apenas aprender qualquer coisa com elas.

Penso tantas vezes que tenho de ter cuidado com o que desejo...
Porque recebo.
Porque nem sempre sou específica no pedido.
Porque nem sempre quero o que peço!

Estava a ouvir um disco de St. Germain, enquanto fumava um cigarro e olhava para o infinito da janela como quem olha para dentro de si mesma. Na verdade não pensava em nada excepto na sua condição actual. Apetecia-lhe estar sozinha. Estava um dia de sol e como estava calor as pessoas andavam na rua. As ruas estavam exageradamente cheias de pessoas. O seu corpo dançava uma espécie de ritual de exorcização dos últimos pensamentos que lhe assaltavam a memória. Cada vez conseguia destruir mais o conjunto e centrar-se apenas em alguns pontos mais ou menos vazios de sentido aparente. Recusava-se sair da posição que ocupava no sofá da varanda com vistas sobre a foz do rio. Como que num ritual de meditação repetia vezes sem conta a mesma música. Assim conseguia deixar de prestar atenção à música e centrar-se no mais importante. As gaivotas iam e vinham e por vezes o pensamento ia por lá fora com elas. Na verdade, porque o confronto com o que pensava era mais duro do que o esforço da liberdade de voar. As gaivotas tinham sempre um papel importante nos momentos de reflexão da sua vida, talvez por gostar de estar na janela, nessas alturas... ou pela memória ténue do livro Fernão Capelo Gaivota. Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach é um bom ponto de partida para falar dos pensamentos dela. Sentiu sempre o mesmo desejo maluco, que esta gaivota sentia no livro: ir mais além do que as outras gaivotas era capazes e ser livre. Não se sentir presa a nada e concluir que tinha seguido os seus próprios desígnios. Não queria ser uma pessoa diferente de todas, uma vez que sempre achou que existiam outras gaivotas como ela. Queria apenas encontrar-se com essas pessoas e poder partilhar tudo o que lhe passava pela cabeça... Ou pelo menos, partilhar aquilo que ela podia traduzir num discurso mais ou menos coerente para os outros perceberem. Tinha um desejo pelos limites, pelo desafio e pelo encontro entre várias pessoas num patamar diferente daquele que sempre tinha conhecido. Com os olhos postos no infinito, saíu de casa e por pouco não deixou de falar com a família. Alguns dos amigos não a compreenderam e ela acabou por se desligar deles. Achavam-na maluca e insatisfeita com o que ela havia alcançado. Mas para ela isso era insuficiente: precisava de mais qualquer coisa. E resolveu procurá-lo através do amor. No entanto, e como não se queria comprometer, apenas conhecia em profundidade as mãos dos homens com quem se envolvia. As mãos nunca têm nomes nem preconceitos. Apesar disso, pelas mãos pode-se conhecer mais do que um simples nome. As mãos encerram o desejo de tocar e de conhecer para além do que os nossos olhos veêm. A primeira tarefa consistiu em andar às escuras em casa para começar a reconhecer as texturas. Depois começou a olhar para as mãos das pessoas nos autocarros, comboios, cafés, restaurantes... Enfim, existiam mãos por todo o lado. E ela começou a ver apenas mãos. Tudo isto se passou há mais de cinco anos e desde aí tem vindo a apurar a sua relação com as mãos, com o toque e com o amor através dessa forma de se relacionar. Provavelmente já não se lembra dos homens com quem foi para a cama, mas tem uma colecção quase mórbida de fotografias das mãos de cada um deles e das suas próprias mãos em cada um desses momentos. Hoje, passados alguns anos a relacionar-se com as mãos e através delas, começava a perceber que todos esses amores era vazios de mais qualquer coisa. O que lhe tinha parecido uma libertação, tinha tornado-se numa obsessão. E o que lhe parecia liberdade, começava a afigurar-se como uma prisão. Não queria confrontar-se com isso. Era o confronto com uma opção que poderia não ser o caminho que ela pensara ter encontrado. Desfrangmentava o pensamento para que dessa forma pudesse continuar a ter a mesma atitude perante as relações que mantinha com os homens que ia conhecendo. Centrar-se apenas nas mãos e com isso conseguir comprar um bilhete para a ausência de comprometimento duradouro e fugir assim às rotinas que para ela significavam apenas dependência. E a dependência corrompia o seu desejo de liberdade. Não se pode considerar que ela fosse leviana nas relações, porque o que procurava era algo mais autêntico que tocasse num amor sublime. Contudo e depois de mais uma noite em que as mãos estabeleceram todo o ritual de conhecimento, sentiu-se vazia, confusa e sozinha. Era o duro confronto com o engano que tinha perpetuado em nome do que ela pensou ser capaz de viver. Pensava que o amor era apenas um momento em que duas mãos se encontram, tocam e voltam a tocar e depois dizem um adeus sentido da saudade. Por vezes este ritual poderia ser repetido. Era sempre assim que encerrava os seus capítulos amorosos. Até então, no dia seguinte sentira-se sempre preenchida e pronta para viver mais uma história sem rosto. Apenas com corpos e palavras veladas. A intensidade de cada encontro. Era uma mulher que apenas se queria sentir livre e que achava que o amor só teria valor se também ele fosse livre. Saíu mais uma noite. A certa altura deu-se conta de estar a falar com um homem. Olhou para as mãos dele. Eram mãos meigas, de alguém que toca com preocupação pelo bem estar do outro. Ansioso por amar alguém. Mãos carentes e desejosas por lhe tocarem. Não passou muito até que fossem de mãos dadas até casa dele. Nessa viagem até casa dele passaram-lhe imagens de vários encontros com outras mãos, anteriores a este. Lembrou-se de no início, desistir com frequência antes de se envolver com eles. Da angústia que sentia por não conseguir levar a cabo aquilo a que se tinha proposto fazer. Passaram-lhe, ainda imagens de três ou quatro encontros, que a tinham marcado mais do que outros. Naquele momento sentiu o presságio de um ser que estava prestes a morrer. Andou com mais força para a frente para ver se deixava esse ser caído na valeta por onde caminhava. Só quando chegou de manhã a casa é que percebeu que o ser era ela mesma e que não tinha conseguido ficar caída na valeta. Foi depois desta noite que ela decidiu ficar sentada no sofá junto à janela a tentar perceber qual seria o seu verdadeiro ser. Confrontou-se com outras memórias que lhe causaram dores de alma e que noutros tempos tinha atribuído à chuva e ao tempo cinzento. De repente, os cadáveres saíram de todo o lado. De repente, estava um sol magnífico e ela percebeu que os cadáveres continuavam a surgir. Tentou travar uma luta parada. E ouvia vozes por toda a casa. Na rua ouvia gritos. Deixou-se ficar sentada, muito quieta a tentar perceber o que a rodeava. Que metamorfose se estava a operar. Onde é que estavam as bandeiras e os escudos de que se tinha munido nos últimos anos? Enganara-se? Enganara a todos e ela própria na confusão do seu espírito que ansiava apenas a liberdade no amor? Sentada. Sentia-se sozinha e as suas mãos pareciam apenas uma massa morta. Não encontrava amor nas suas mãos. Nem na recordação das mãos que tinha conhecido. Estaria a enlouquecer? Teria errado no caminho? Teria se deixado enganar pela linha do horizonte? Ou quem sabe pelas gaivotas? Teria lido os livros errados? Teria se deixado cegar pelo desejo do infinito sem limites? E afinal como é que se conhece o amor mais sublime?

sexta-feira, setembro 23, 2005

Para o D.

Faz com que isto passe. Tira isto de mim!! Vou contigo ou ficas cá? Rápido, rápido... Agora já sinto; sei que sinto e que posso sentir, mas quero sentir contigo ou por ti. E isto porque gosto do que sentes (por mim) e do que me fazes sentir. Acima de tudo, porque gosto de ti. Por isso, não quero que isto passe. Só quero que fiques!

Figueira da Foz

Fui a cidades.
Conheci monumentos.
Conheci ruas.
Rua de S. Lourenço.
Entre os n.ºs 32 e 34.
Um banco de jardim...

Regresso à normalidade

As férias acabaram. Tento regressar ao meu ritmo normal mas não é fácil!! O bom é sentir o doce sabor de um tempo bem aproveitado.
Finalmente conheci o Batô. Não da forma que esperava, mas sim de outra completamente diferente. Gostei muito do espaço. Acolhedor!!
E depois reencontrei amigos e conhecidos, e andei a descobrir um pouco mais do nosso lindo Portugal!
Agora é tempo de estabilizar: ideias, emoções... Sempre com alguma instabilidade.

quarta-feira, setembro 21, 2005

se eu fosse...

um filme erótico, a minha banda sonora era David Bowie

terça-feira, setembro 20, 2005

Tive sorte

Hoje tive a sorte de ouvir esta música dos Clã. Adorável.

Só pra dizer que te amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.
E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.

Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Eles Estão de Volta!!



Best of em Setembro;
Novo albúm em 2006;

Concerto no Hard Club, dia 4 de Novembro de 2005

O PNR e a manif contra os Homossexuais


1- Quem faz manifs contra a vida sexual (de qq tipo desde que de comum acordo) de outras pessoas, ou não tem vida sexual ou então queria ter a vida sexual das pessoas contra quem se manifesta.
2- Neste caso específico, dados os comportamentos homofóbicos demonstrados, cá para mim não todos paneleiros (aqui o termo pejorativo aplica-se bem) e apanham no cú depois de andarem a braço esticado pelas ruas e antes de irem rapar o cabelo (que só por si, pode ser considerado Gay, dada a importância dada à imagem) - aliás, é motivo de desconfiança vestirem-se todos da mesma forma...
3- A associação entre homossexualidade e pedofilia que andam a fazer é apenas e só uma demonstração da capacidade intelectual desta gente. Cá para mim é um caso de oligofrenia de grupo, versão Idiota (QI igual ou inferior a 70. A média é 100)
4- Gajo que é gajo e gosta de gajas é completamente a favor da homossexualidade (masculina). Mais gajas para nós. É uma questão de procura e oferta. Quem me dera que metade dos homens fossem gays.


E se é mesmo preciso argumentos inteligentes para lutar contra homofobias idiotas e criminosas, vejam o banner lá em cima com atenção.

quarta-feira, setembro 14, 2005

o céu mais bonito...

... vi-o hoje ao entardecer, quando estava a chegar a leiria! lindo. lindo de perder a respiração. lindo de quase perder a noção de que estava a conduzir numa auto-estrada a 140 km/ hora.

crónicas de uma rapariga gira sem namorado aos 30 anos # 20

todas as raparigas sabem que um rapaz querer ir para a cama com elas, não não é sinónimo de que queirem "casar com elas e ter 20 filhos".
no entanto, umas têm este aspecto mais presente do que outras. e, ás vezes surge esta discussão.
estava a conversar com um amigo sobre uma determinada situação, na qual lhe dizia qualquer coisa como "ele queria era saltar-me em cima e por isso é que estava insistir tanto... não era por estar apaixonadíssimo por mim!". e ele disse que a maioria das amigas dele, quando aconteciam estas coisas achavam logo que era por elas serem fantásticas e únicas. o que raras vezes é verdade!
não acho que seja muito mais realista do que elas no sentido de avaliar as intenções. acho que talvez seja mais espontânea a falar sobre isso (como conheço várias que são). além disso ainda temos uma educação judaico-cristã muito marcada. e ainda por cima, em termos naturais, a mulher procura um homem capaz de criar um filho dela e por sua vez o homem procura várias mulheres onde possa deixar a semente. faz parte da procriação e da propagação da espécie...
eu consigo perceber quando me querem saltar em cima. tudo o que faço com essa informação é que seria mais discutível. no entanto, acontece-me imensas vezes, acreditar numa simples amizade (entre homens e mulheres, no caso dos hetero) na qual não exista espaço para o desejo sexual... e viver sem nunca me passar pela cabeça que a outra pessoa possa pensar isso. claro que mesmo nestas situações às vezes sou surpreendida com uma frase tipo: "não faças isso, porque na semana passada estava a masturbar-me e lembrei-me de ti... o que é um bocado nogento porque somos amigos!"... mas mesmo assim acredito que seja possível esta dita amizade (se as ferormonas deixarem)!

balanceada

balanceada pode ser uma boa palavra para me descrever. nem sei se existe... e não quer dizer equilíbrio nem coisa que me valha.
balanceada, porque me sinto triste e feliz em iguais proporções!

e isto é muito confuso... não sei por qual possa optar!

crónicas de uma rapariga gira, sem namorado aos 30 anos # 19

"não percebo. a ti acontecem coisas que não acontecem a mais ninguém que eu conheça. deves ser tu que te insinuas..."
é óbvio que foi uma mulher que disse isto. estava a referir-se às minhas histórias com homens (sendo que algumas já relatei aqui nas crónicas)... para variar, achei revelador de como as mulheres são mesquinhas nas avaliações que fazem das outras mulheres! já não é a primeira vez que me apercebo disso. em relação a mim, mas também em relação a outras mulheres.
também detesto dar-me conta que sou mais uma daquelas que faz avaliações livres e maquiavélicas relativamente às outras mulheres. calo-me. penso imediatamente no efeito "bola" que pode ter sobre mim!
penso que as mulheres oscilam entre o criticar as outras ou o elogiar sem sentirem realmente (quando por exemplo, engordamos e as outras nos dizem que emagrecemos e que estamos o máximo!). como seria de esperar, existem excepções... existem aquelas realmente sinceras.
mas fico chateada quando as mulheres são cruéis para as outras... fico mesmo. e nesses momentos queria ser gajo e não ter inveja do pénis do outro. para os gajos acho q a coisa se fica mais por aí, não?

terça-feira, setembro 13, 2005

viagens pela solidão do pensamento!

o lixo q tirei da minha casa. a palavra de ordem é arrumar, arrumar, arrumar!! mudar. mudar os locais. mudar os conteúdos.
as mulheres normalmente mudam de penteados. os homens de carros ou de óculos. como não posso mudar de penteado, mudo a casa. na verdade, por mim, já mudava de casa. adoro mudar de casa, começar de novo... aliás, adoro os inícios de tudo! não recusava a possibilidade de mudar de lugar. como não posso mudar de lugar, vou fazê-lo temporariamente... sentir novos cheiros, novas cores (aquelas de Frida Kahlo), quase como aquela música da Adriana Calcanhoto:


"Eu ando pelo mundo prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo, cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa
Filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome dos meninos que têm fome
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
(Quem é ela? Quem é ela?)
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde
Transito entre dois lados, de um lado
Eu gosto de opostos
Expondo meu modo, me mostro
Eu canto para quem?
Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria meu cansaço?
Meu amor, cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado"
apetece-me andar pelo mundo comigo durante uns dias... ficar calada ou falar se me apetecer. sem obrigações nem preocupações para depois voltar! voltar a sentir-me na cidade que já é velha.
devo aparecer por aqui nas noites escuras do quarto de hotel...

segunda-feira, setembro 12, 2005

Erros meus

Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.
(...)

Ou como o facto de preencher o formulário errado me traz umas horas extra de trabalho...
Só mesmo o L. Camões para me animar. Já sei quem me vai adormecer esta noite...

11 666

11 666
que medo. será que é um sinal?

início ou fim ou coisa nenhuma

uma dúvida perfeitamente enquadrada. aliás, as minhas dúvidas persistem para além das mudanças que ocorrem. são quase sempre muito semelhantes, apesar dele dizer "mudaste muito, mesmo muito" ou dela escrever "estás tão diferente (...)". no entanto, a minha dúvida persiste: não sei bem que planos terei a partir de agora. sinto-me a vaguear por inúmeros caminhos possíveis. as escolhas têm de ser feitas. as orientações têm de existir.
o que me anima é cheirar que a intuição anda por perto... muito perto... e aí vou saber exactamente o que fazer... basta perceber os sinais.
não sei se será o início. ou o fim. ou até se é coisa nenhuma.

sexta-feira, setembro 09, 2005

crónicas de uma rapariga gira, sem namorado aos 30 anos # 18

tenho andado cá a pensar. às vezes parece que atraio homens saídos da DSM IV. estou convencida de que poderia ser usada como medida psicométrica. era exposta a uma série de homens e aqueles que se sentissem mais atraídos por mim, seriam excluídos! ou se seguissemos a lógica do livro "A loucura da normalidade" seriam os escolhidos.

já tive um que andava a engatar-me e logo num primeiro telefonema me disse "sou bi-polar, mas tomo líteo"; já conheci outro, que se apaixonou por mim, que vivia na guarda porque o psiquiatra lhe aconselhou um ambiente pouco poluído para a esquizofrenia dele; depois existem os que são menos explícitos, mas que bem analisados não se enquadram nos parâmetros habitualmente considerados normais.

era uma profissão interessante: instrumento de avaliação psicométrica.

lembram-se do rapaz da bomba de gasolina? não larga o meu telemóvel. eu, quer por receio da patologia que o acompanha, quer por receio de ter ferido susceptibilidades, já lhe pedi desculpa de ter respondido ao apelo dele e que não fazia qualquer intenção de manter o contacto, mas todos os dias tenho uma ou mais mensagens insistentes... não sei bem em que categoria o encaixe: carente por uma queca?!!

chuva: hoje, sexta feira!

hoje acordei e ouvi a chuva. foi quanto bastou para me virar para o outro lado na cama. adoro ficar deitada a ouvir a chuva. enrolada num cobertor ou num corpo. apenas enrolada, enquanto a chuva lá fora cai. de preferência com uma larga janela sobre o mar, um lago ou um rio... só preciso que seja água. água para não me sentir fora. adormecer e acordar. ficar a olhar. e beijar-te enquanto te perdes nos horizontes. dias de chuva. esses dias de chuva. apetecia-me um desses.

quarta-feira, setembro 07, 2005

Parabéns Isis!!!

Grande Mestre!

terça-feira, setembro 06, 2005

Não sei bem porquê,mas...

...ando com a ideia que muito serviço público não é um sitio de trabalho, mas um centro de ocupação de tempos livres para adultos.

sou uma generalista....

que é o mesmo que dizer: não percebo nada de coisa nenhuma!

socorro

SOCORRO. estou convencida que sou a minha pior inimiga. alguém me liberta de mim?... sei lá, talvez férias? é que estou mesmo convencida de que sou quem tem o poder de nas largas discussões em escalada atingir no meu defeito mais profundo... sim, sou a minha pior crítica também...

segunda-feira, setembro 05, 2005

coma profundo # 6

“(...), há três coisas por que choramos na vida: as coisas que perdemos, as coisas que encontramos e as coisas que são magníficas.”
(pp 297)
Douglas Coupland
Coma profundo
Teorema editora
nunca tinha encontrado alguém que descrevesse tão bem as minhas lágrimas quanto este autor...

coma profundo # 5

“Todos os dias do resto das vossas vidas, todos os vossos momentos de vida são para serem passados a tornar os outros conscientes desta necessidade, a necessidade de provar, exercer e examinar, localizar as palavras que nos levam além de nós próprios. (...) para que todas as pegadas falem de pensar, de pôr em questão, de consciência.”
(pp 290)

Douglas Coupland
Coma profundo
Teorema editora

coma profundo # 4

“Mas, sabem, a cada segundo das nossas vidas estamos a cumprir objectivos de algum tipo.”
(pp 251)
Douglas Coupland
Coma profundo
Teorema editora

coma profundo # 3

“(...) esperava que as pessoas já fossem crescidas aos trinta e quatro anos. Em vez disso, na melhor das hipóteses, parecem ilhas sem um núcleo central q confira um objectivo às suas vidas.”
(pp. 169)
Douglas Coupland
Coma profundo
Teorema editora

sexta-feira, setembro 02, 2005

Diz que é verdade!

Um etsudo ingels conlcuiu que o ser huamno cosnegue ler dedse que a priemira e a úlitma lerta esetjam coerrcatmente colcoadas. Esapnotso, não?!

podia chamar-se: crónica de uma ressabiada

quem me corrige os erros ortográficos é por extrema atenção ou não têm mesmo mais nada para fazer? é que começam a irritar-me... dispenso as vossas boas intenções. eu não escrevo neste blog com qualquer tipo de pretensão literária. é um diário. é uma troca de ideias. é o que me apetecer. como considero que esses comentários correctivos não me estão a ensinar nada, pelo contrário o meu cérebro passa a processar mais erros ortográficos como forma de contrariar o levar-vos a sério (não tentem perceber este cérebro), se não tiverem nada de interessante para dizer, para além de me chamar a atenção para os erros... então limitem-se a ler!

Contagem decrescente

5...4...3...2...1...
FÉRIAS!!!!

coma profundo # 2

acho que vou retirar no meu vocabulário a frase "apetecia-me dormir durante X tempo"... e se um dia peço demais e depois acontece? cada vez me parece mais que cada um tem aquilo que merece, não por castigo, mas sim por pedido! nós temos quase sempre o que pedimos... nem sempre formulamos o pedido da melhor maneira. depois de ter visto o que aconteceu no "coma profundo"...

fui encontrá-lo atrás da porta fechada pelo vento do tempo. sim, porque o tempo também tem um vento que é só seu... não gosto de tempos com demasiado vento! levanta muita poeira. tenho dificuldade em distinguir as sombras que se escondem atrás de ti. estavas atrás da porta há quanto tempo?

quinta-feira, setembro 01, 2005

desde de um dos primeiros jantares dos caracois que ouço falar do Douglas Coupland...

... e percebi ontem porquê! comecei a ler o "coma profundo". comecei a ler... e parar depois? não conseguia... e o pior é que nem consigo explicar o porquê de semelhante acontecimento! o livro tem qualquer coisa que prende, segura, chama e nos chatageia quando queremos dar-lhe algum descanso.

esta foi o primeiro parágrafo que me fez pensar que seria difícil largá-lo, logo na pp. 9:

"A maior parte das pessoas não aprende nada pelo caminho. Ou se aprendem esquecem-se por conveniência, quando isso lhes satisfaz as suas necessidades. A maior parte das pessoas, se lhes oferecesse uma segunda oportunidade, davam completamente cabo dela. É uma dessas leis universaisque não podemos abalar. As pessoas, já reparei, parecem só aprender quando têm uma terceira oportunidade - depois de perderem ou de gastarem grandes porções de tempo, dinheiro, juventude e energia, seja o que for. Mesmo assim aprendem, o que acaba por ainda ser melhor."

coma profundo
douglas coupland
teorema editora

Poupem água

esta foi uma frase que me bateu à porta durante o verão. vi-a escrita em vários blogs, mas nenhum se propunha a explicar o que já tinha feito para poupar a água... e eu desconfio sempre de frases feitas sem nenhum aspecto praticável.
lá andei a pensar:
lavar menos vezes o carro? - ninguém iria notar na água....
tomar banho menos vezes? - não podia exagerar e portanto abdiquei do meu banho semanal de imersão!

e não me ocorria mais nada, até que olhei para uma das torneiras da casa de banho. pingava. pinga após pinga não parava nunca. decidi colocar um recipiente para que as pingas caíssem dentro. e desde então que a minha casa de banho parece um conta gotas gigante. sabem quantos litros cai num dia? 3 litros. aproveito essa água para regar as plantas ou para a sanita...

o que é que já fez para poupar água? é que não me ocorrem mais formas...

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