quarta-feira, outubro 27, 2004

oscar wilde: o retrato de dorian gray

"Só as pessoas futéis precisam de anos para se libertarem de qualquer emoção. Um homem que seja senhor de si consegue pôr fim a uma tristeza com a mesma facilidade que inventa um prazer. Não quero ficar à mercê das minhas emoções. Quero usá-las, desfrutá-las e dominá-las."

In O retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde, Biblioteca Visão, pp. 126

Inteligência Emocional pelas mãos de Oscar Wilde!


oscar wilde: o retrato de dorian gray (continuação)

"A auto-recriminação é um luxo. Quando nos autocensuramos, temos a sensação de que mais ninguém tem o direito de nos censurar. É a confissão e não o sacerdote, que nos dá a absolvição."

In O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, Biblioteca Visão, pp112

terça-feira, outubro 26, 2004

oscar wilde: o retrato de dorian gray

Encontrei este livro por acaso. Já olhei para ele várias vezes nas livrarias, mas como sempre acontece, só compro os livros quando uma força maior me "chama"... E este livro sussurrou por vezes o meu nome, mas nenhuma foi suficiente alto para que eu decidir trazê-lo comigo. No outro dia, apenas por acaso, dei de caras com ele e desta vez olhou para mim com um ar ameaçador que decidi ler!

Como alguém disse num jantar de caracóis, "este foi um livro importante numa altura em valorizava muito a beleza física"... De facto, este é um facto interessante, mas apenas o mais óbvio. Nos meandros do livro surgem vários aspectos interessantes...

Deixo agora um pequeno trecho que me fez esvoçar um sorriso, porque apesar de estar integrado noutra sociedade, parece ser intemporal...

"A culpa foi da rapariga, e não dele. Imaginara-a uma grande artista, porque a julgara extraordinária. E, então ela decepcionara-o. Fora fútil e desprezável. (...) Mas ele também sofreu. Durante as três horas que a peça durara, vivera séculos de sofrimento, eternidades de tortura. (...) Ela magoara-o por um momento, ainda que ele a tivesse magoado para sempre." in O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde; pp 106; Biblioteca Visão.

Achei interessante, porque por vezes apaixonamo-nos por uma algo que desejamos, sem que sejamos capazes de aceitar que essa pessoa poderá ter "falhas" como todas as outras... E essa falta de capacidade de integrar na paixão os pequenos defeitos do outro, leva-nos por vezes a procurar uma "coisa" que nunca vamos encontrar...


sexta-feira, outubro 22, 2004

"É meu... Ou não" - Reflexão para fim de semana

Já várias vezes pensei na questão de fazer planos. Cada vez faço menos planos. Evito ficar presa a eles. Fico mais predisposta a novos desafios. Portanto, este é a primeira reflexão deste fim de semana: Valerá a pena fazer planos?

Na sequência desta questão surge um outro aspecto com alguma piada. Será que alguma vez serei dona de alguma coisa? Será que tudo não passa de um empréstimo qualquer? A verdadeira questão é pensar se não usaremos abusivamente a palavra "meu". Isto é meu! Aquilo é teu! Assim, a segunda reflexão prende-se com: Será que na realidade alguma vez alguma coisa é verdadeiramente nossa ou tudo nos é "emprestado efemeramente?

Duas reflexões para o fim de semana.

segunda-feira, outubro 18, 2004

palácio da lua

(...) " Não queria nada daquilo, percebi eu, por isso rejeitei todos os esquemas propostos: teimosamente, cheio de arrogância, sabendo perfeitamente que tinha acabado de sabotar a minha única hipótese de ultrapassar a crise. Daí em diante, na verdade, não fiz nada para me ajudar, recusei-me, inclusivamente, a mexer um dedo. Só Deus sabe porque me portei assim. Na altura inventei um sem-número de razões, mas, afinal de contas, tudo se resumia, possivelmente ao desespero. (...) Era niilismo elevado à categoria de proposta estética. Ia transformar a minha vida numa obra de arte, sacrificando-me a tantos paradoxos requintados, cada expiração, cada inspiração havia de me ensinar a saborear a minha própria condenação." (...) In Palácio da Lua de Paul Auster (Editorial Presença); pp 29.
li este livro bastante rápido. gostei da história. tem alguns aspectos interessantes e que fomentam a reflexão. o excerto que eu escolhi tem a ver com o facto de espelhar uma postura que algumas pessoas adoptam para se demitirem da responsabilidade de fazerem escolhas... ou talvez para não enfrentarem o medo de fracassarem, porque quem nada faz, por opção própria, pode sempre apelar que "se quisesse" teria conseguido... ou.... ou... Mas não deixa de ser uma postura perante a vida! no entanto, leiam o livro para perceberem onde é que isto pôde levar o protagonista...


terça-feira, outubro 12, 2004

País Surreal #9

O nosso primeiro, depois de ter andado a defender a liberdade de expressão e a anunciar medidas geniais para o País, tipo aumentar tudo e mesmo assim diminuir o défice, lá foi auxiliar esse grande Icone da liberdade e da boa gestão financeira de um governo, Figura amada pela sua educação e respeito pelos adversários, a ganhar (outra vez) as eleições na Madeira.
Agora já percebo onde foi o nosso primeiro buscar a inspiração para a sua forma de governar...
Preparem-se: Mais dia menos dia temos o nosso primeiro a desfilar no carnaval vestido de Zulu.

País Surreal #8

Acho que o nosso primeiro devia exigir um "contraditório" à sua "comunicação ao País" de ontem.
Eu sugiro o Bagão Félix para o fazer...

Pais Surreal #7

Eu quero um "contraditório" só para mim!

Devaneio à volta de "A portuguesa"

Heróis da Tanga
SacrificadoPovo
Nação falida
E deprimida

Levantai hoje de Novo
as dividas de Portugal
Entre as Brumas da memória
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus estúpidos líderes
Que hão-de guiar-te à bancarrota

Ao Lápis Azul, Ao Lápis Azul!
Na televisão, na televisão
Ao Lápis Azul, Ao Lápis Azul!
Pelo poder lutar
Contra a Liberdade Marchar, Marchar!!

Primeira reacção ao discurso do nosso primeiro

AHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!!!

Ao tempo que já não me ria tanto...

Consideração

Como sabem a liberdade de expressão tem sido um tema bastante discutido no nosso país... (Não sei bem se é de liberdade de expressão que se anda a falar no nosso país, mas isso é outra história!!)

Tendo em conta um comentário sobre a pertinência ou não do Rui Moreira estar ou não no Blog, decidi que tinha de apresentar alguns pontos que defendo relativamente a esta iniciativa!

"Os caracóis da marina" são livres, cada um fala do que quer, os jantares são marcados de forma aleatória e quem pode e quer pode aparecer (desde que devidamente convidado); podem ir pessoas que gostam de ler, podem ir os que gostam da companhia, ainda cabem os que gostam de tirar fotografias e até permitimos que os voyers se apresentem. O funcionamento do Blog tem apenas o mesmo objectivo que têm os jantares: proporcionar momentos de prazer conversando de forma aberta...

Nestes termos, gostaria de dizer novamente que me daria imenso prazer ter nem que fosse apenas a apresentação de cada um dos caracóis neste blog.

Temos de permitir a liberdade de expressão.

segunda-feira, outubro 11, 2004

Só para dizer...

Só para dizer que é verdade que depois da tempestade vem a bonança.
Só para dizer que estou bem.
Só para dizer que o amor pode estar ao virar da esquina ou numa cave escura e barulhenta.
Só para dizer que sou um tipo com uma sorte do caraças.
Só para dizer que nada acontece sem a sucessão de acontecimentos que nos levam ao acontecimento.
Só para dizer que vou estar contigo daqui a nada e já sorrio como um parvo.

Só para dizer...
Que é impossível dizer o que sinto. Não consigo, não me apetece, não quero.

Quero só sentir.
É tão bom sentir o que sinto.

(Para a C.)

Um esclarecimento (pessoal)

Quem aparece na coluna esquerda do blog, após convidado, predispôs-se a escrever. Podem haver bocas para escrever mais, mas este blog não impõe minimos ou máximos de escritos. É ao sabor da inspiração, do tempo, da vontade. Não há aqui "escritores" a metro.Quem vem aos jantares vem porque quer e pode. Que me lembre, apenas duas pessoas nunca faltaram aos jantares: eu e a Isis. Quem não tem pecados que atire a primeira pedra. Não há aqui comensais profissionais e ninguém é obrigado a vir jantar. É por prazer que fazemos os jantares. Não por obrigação.Rui Moreira continua e continuará na coluna esquerda, a menos que peça para ser retirado, o que veria com muita pena. E, de resto, transmitiu-me a sua pena por não ter comparecido ao jantar, avançando razões que me pareceram legitimas.
Quanto a outros eventuais escribas deste blog - desde que pertencentes à tertúlia - julgo que todos foram convidados a escrever a determinada altura. Muitos rejeitaram o convite, por razões diversas. Se por lapso alguém ficou sem convite, as minhas desculpas. Sabem como contactar-me...Este é um espaço livre e embora sobre livros, qualquer tema é permitido... E, pessoalmente, até gostava de ter mais escribas. Aliás, estou à espera da confirmação de um que se queixou há bem pouco tempo de ainda não ter recebido o convite formal - aquele que dá acesso à escrita do blog - e de quem estou ansioso de conhecer os escritos.

Fim de semana Literário

Como já deviam saber, eu sofro de hiperactividade e adoro aventuras, novos projectos e novidades... Ora, com esta combinação uma ideia na minha cabeça depressa ganha forma! E sim, já tenho os contactos das casas para preparar o fim de semana...

Meus queridos caracóis, aguardem as notícias em breve.

E lembrei-me que está a fazer um ano que estes jantares começaram, pelo que será um fim de semana comemorativo.

sábado, outubro 09, 2004

Jantar dos caracóis

Como já vem sendo hábito de vez em quando juntamo-nos para mais uma tertúlia literária (ou não!). Desta vez, foi menos literária do que a anterior... restaurante mal escolhido, com boa comida, mas excesso de barulho. No entanto, compareceram vários "caracóis" prontos para o que a surpresa da noite lhes tinha reservado. É absolutamente impossível negar-se o encanto que a noite tem nestas conversas... Mesmo que acabem já durante a manhã!

APAGAR
" Escrevia uma página.
Reli-a e cortava logo alguns parágrafos. Voltava a lê-la e
tirava algumas frases. Depois ia às palavras. Reparava na inu-
tilidade de muitas e extraí-as. O que se encontra após uma
vírgula também podia desaparecer. Um ponto e vírgula
geralmente indicia a ineficácia das frases que une, e eram retiradas.
Continuava assim durante algum tempo.
Se não fosse a sua mulher roubar-lhe a página, restaria
uma palavra ou talvez nada.
Ele precisava tanto de escrever como de apagar o que
escrevia." (In Vida de Adulto (Livros Cotovia) Pedro Paixão, 1992)

Levei este livro, porque quando o li ainda tinha pretenções a "escrever" e identifiquei-me com a sua forma de escrever. Foi uma espécie de química literária. Frases curtas. Algumas absolutamente baralhadas nos seus significados. Cruas e directas. Mas no entanto, uma riqueza como a que encontro no texto acima reproduzido...


domingo, outubro 03, 2004

Aditi Mangaldas

Aditi Mangaldas Dance Company: na Índia existem várias danças clássicas, nomeadamente a Kathak, técnica que esta companhia apresenta. O Coliseu estava vazio. O espectáculo foi fantástico terminando com "Texturas de Paixão". Valeu-nos as vestes de cerimónia de algumas Indianas, num coliseu quase fantasmagórico durante as "Texturas de Silêncio"... Gostei. Gostei das vocalizações, da percução e dos movimentos vibrantes do corpo e dos pés a baterem no chão...


sexta-feira, outubro 01, 2004

Serralves

Ontem fui a Serralves. Como não tenho uma grande cultura artística, adopto aquela postura do "o que me faz sentir determinada peça" e, ou gosto ou não gosto. Gostei da obra de Whitman. Expressiva, simples, interessante. Passem por lá, enquanto vão a caminho de um encontro qualquer.... Até tive uma ideia (nem sei se pode servir como ideia, porque já várias pessoas se devem ter lembrado disso!! Pelo menos não é uma ideia luminosa!).... marquem o encontro no encantador salão de chá, no parque e visitem a exposição em caminho!

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