FCP

Viva o Ópio do Povo. Viva o Futebol Clube do Porto. De me levar quase ás lágrimas.

Caldas Late Night

Foi no passado dia 21. Uma festa pela cidade das Caldas da Rainha que vale a pena ir! Organizada pela Escola de Arte e Designe. Anda-se pela cidade, veem-se trabalhos feitos pelos alunos... originais, interessantes e que nos levam a despreender do dia a dia! Terminar na festa da escola. Ao ar livre. A ouvir aquelas músicas de quando tinha 13/14/15 anos e que se têm mantido presentes ao longo destes anos todos! Gente diferente. Gente divertida. Gente que estava apenas ali. E no dia seguinte acordar num São martinho que tem uma bela baía, mas perdeu o encanto senhorial de antigamente. Despersonalizado. No entanto, o encanto da Baía mantém-se estável... Valha-nos o Mar... enquanto não o tratam ainda pior. e no final do almoço Helberto Helder. Vou conhecê-lo melhor depois.

19 dias

Começou Há 19 dias. Os 19 dias da reviravolta em curso.
Cara nova na zona. Aversão momentânea. Admiração a seguir.
Empatia mútua. Finalmente um ser pensante. Muita coisa em comum. (sub)Culturas diferentes. Atracção fisica também. Mas vamos com calma. Tira isso da cabeça.
Numa Quinta feira, chego a casa e tenho o Novo disco do Morrissey. Pouco depois, telefona-me a deusa dos desencontros. Mora a uma hora do Porto. Vem ter comigo.
O grande J. reaparece depois de 7 meses de licença parental. Bem-vindo!!! Bebemos umas cervejas e depois vou ter com a deusa dos desencontros.
Vamos à ribeira, ao pipas. Vamos ao real feytoria. E toca Jorge Palma. "Isto é magia" disse ela. Pois é. Continua a haver magia. versão carinho. Paixão não. Mas foi mesmo mágico o Palma aparecer no nosso reencontro.
Passas a noite em minha casa. Foram bons aqueles abraços. Ficarás sempre no meu coração e eu no teu. Mas o que tinha a dar, já deu.
Sábado. Discoteca. Guitarras. Carteira de uma amiga ao ombro e eis que surge a última com quem andei. E pronto. Deixei-me levar pela tentação. Deve ser a primavera ou assim. Mas, se queres saber, ganhei-te aversão. Esta também já deu o que tinha a dar.
Tira isso da cabeça. A cara nova. Tão linda. Tão inteligente. Especial. O dia a dia cada vez mais atraente. porque a vou ver. Conversar com ela. Dar-lhe lume. Fumar com ela. Tira isso da cabeça.
Mas começa a mandar-me mensagens. Telefona-me. Parecemos irresistivelmente atraídos um pelo outro. Tira isso da cabeça.
Não consigo. Conversas comigo sobre coisas interessantes. Bebo das tuas palavras e tu das minhas. Sais depois do teu horário para estar comigo. Lanchamos e conhecemo-nos melhor. Mereço a tua confiança. E tu a minha.
Mensagens e telefonemas. Está-se a passar o que penso que se está a passar?
Sábado passado. Telefonas-me quando estava a pensar em telefonar-te. Convite para jantar. Jantamos. E andamos mais um bocadinho. A cerveja faz-me falar. Quero perceber o que se passsa. Parece que se passa mesmo o que estou a pensar. Parece que não é só de mim. Mas estamos a conhecer-nos. E acho bem.
Terei falado cedo demais? Dúvida maldita.
Separamo-nos. Eu para o rock, tu para o house. Mas do rock vou para o house. Talvez fiz mal. Não quero asfixiar-te porque não quero que me asfixies. Disseste-me depois que não. Estavas (És) tão linda.. Mais valia não ter lá ido. Fiquei alucinado, mal falei contigo. Não sei se gostaste ou não. Se andei muito depressa ou não. Seja como seja, espero que não tenha prejudicado esta história em desenvolvimento.
Calma. Pára. Deixa-te estar agora. Não pegues no telemóvel. Espera que ela telefone ou mande uma mensagem como de costume. Para saberes por onde páras. Para assentares ideias e sentimentos. E pensar nas partes práticas desta história.
Mas já valeu a pena. Só conhecer-te. E o regresso em grande do Morrissey já tem videoclip na minha cabeça. O teu olhar e o teu sorriso.
Vamos lá a ver onde é que isto pára. porque os sinais estão todos cá dentro. Adivinho-os em ti mas não consigo acreditar ainda.
Calma. Pára. Pode ser que desta seja mesmo a sério. A sério! Meu Deus, que é feito de mim. A "sério"! Eu?! a pensar assim? É mesmo oficial. Apanahaste-me. Vamos lá a ver se te apanho também.

E viva a Cerveja!

Cerveja...
Cerveja amiga...
Já há milénios conhecida por ajudar os homens a colocar as mãos em boas mamas.
Agora descobriu-se (Na Universidade do Porto, claro!) que a cerveja ajuda as mamas a manterem-se boas (sem cancro).
Cerveja...
Cerveja amiga...
E viva a cerveja!!

Talvez seja amor

Frio no estomago.
Estado de ansiedade constante.
Tremeliques e gaguejos.
Esquecer-se do que se estava a dizer.
Não saber o que dizer, para onde olhar ou colocar as mãos.
Não.
Não é Alzheimer.
Não é a idade.
Não são drogas.
Talvez seja amor.

curtas sobre o dia-a-dia sem sentido mas sentido

O último sentido é de sentir, para aqueles que não toparam o jogo de palavras.

6º feira - jantar, PS2, vinho verde e tinto, cerveja e aquela coisa que se fuma e que dizem que faz perder a memória e outras coisas que já não me lembro. Ahhh! e uma ida ao Batô (acho eu...é que estava lá e não estava).

Sábado - Dia de reflexão e reposição de memórias esquecidas da véspera. Começou com um gurosan, continuou com a doce pasmaceira da vegetação (fazer de vegetal) à frente à caixa que mudou o mundo e terminou com uma mini-tertúlia muito agradável, tanto que assim que bebi 3 cervejas e elas cairam bem no estomago. Fernando Assis Pacheco muito bem na carola. É bom quando se conhecem outros seres pensantes, com a panca da poesia e dos blogs. Enfim, talvez encontro físico de almas gémeas (no sentido cognitivo da coisa, não de amores e afins) que já se adivinhava quando mediado e iniciado via net. Não estamos sós e há quem perceba o que dizemos e o "HUm, Hum" é mesmo de compreensão e empatia e não estratégia de esconder ignorância. Foi pena ser tão curto. Há que repetir.
Domingo foi dia de semi-depressão e de analise interior do que se pensa e sente sobre a queima das fitas, agora que a capa rasgadissima jaz num armário. Acabou com um concerto do grande Palma (a meu ver em baixo de forma, mas prontos, não sou dono da verdade e isto de ver Jorge palma sem poder beber à vontade para prevenir resscas no local de trabalho é fodido) e uns Mão Morta genialissimos, renovados, brutais, poeticos. Querem aceder ao lado mais negro da vida mas não querem sair do conforto do sofá? oiçam Mão Morta e prestem atenção às letras. Se aquilo não é poesia, anda lá perto. E, para mais, a baixista é girissima...
2ª, 3ª - Business as usual. Ganda PORTO!!!!!!!
4ª -feira - Olálá!!! Então não é a que o meu novo objecto de Luxúria em pessoa mora perto? Quando alguém me estimula a mente com o que diz e outras coisas com o que se adivinha atrás do olhar, fico em alerta vermelho. Mas já me perdi nos seios dela (platonicamente...por enquanto...). Mas isso é secundário, porque me perdi ainda mais nos seus olhos.
Hoje - O sol brilha, não sou indiferente ao meu novo objecto de desejo e há coisas que se revelam pelo sorriso, pelo olhar, pela forma de falar...Hummmm. Isto está a tornar-se interessante. Mais: Os xutos estão no Porto. Vesti o casaco de cabedal. Sinto o rock'n'roll a fluir nas minhas artérias. Há cerveja e coboiada à minha espera. Há dias em que a vida é tão bela! E a noite promete....Amanhã é sexta; Hoje "É o dia que me faço à estrada" em procura de novas recordações para o futuro de copos, gajas e ganzas. Depressão de queima? Afinal ainda pertenço. A depressão de queima tornou-se euforia de Maio.

Jorge Palma

"Enquanto houver estrada pra andar, a gente vai continuar"

Queima 2004. Porto. Ele é um Poeta. Gostei. Mas Mão Morta também brilhou.

Sábado/ 1 de maio

Dia 1 de Maio. Dia do Trabalhador. Dia de sol e frio. Acordei triste, desiludida e disposta a inverter essa emoção. Enganá-la ou enganar-me; avariá-la e dar-lhe cabo da razão que a levava aquele estado de nostalgia. saí de casa disposta a fazer daquele dia, não apenas mais um dia, mas a vivê-lo com todo o presente que nos é possível. Mudam-se muitas emoções quendo se consegue viver no presente: tem um rasto diferente e ganha cores de primavera. Parece-me que quando acordarem e o sol não espreitar logo, pensem no presente, porque pelos menos aparece uma espécie de primavera!

Por vezes cruzamo-nos com pessoas absolutamente fantásticas! Pela honestidade com que estão nas coisas, pela inquietação que sentem, pelo que partilham e pelo brilho que dão à nossa existência! No sábado à noite foi mais uma dessas noites. José Mário Branco, valeu pela memória que me despertou de outros tempos que não vivi...

Caracóis da Marina: parece que acharam por bem ser Grã-Mestre, pelo meu esforço para não deixar morrer a ideia, nem deixar esmorecer o príncipio que orienta estes encontros... Contei um dia como surgiu, mas nunca expliquei a minha motivação intrínseca! As coisas verdadeiramente importantes gosto de as guardar como se fossem inexplicáveis para os outros! De todos os caracóis, eu sou quem tem menos conhecimentos literários (e não só!), mas tenho imensa vontade de aprender! Com estes encontros tenho "conhecido" pessoas que escrevem coisas fabulosas e faço sempre questão de ler alguma coisa do autor falado em cada um dos encontros! Posso ser quase uma vampira, mas cujo o alimento é a reflexão da beleza das palavras.

Actualmente estou a ler Urbano Tavares Rodrigues e posso dizer-vos que não se consegue parar... é daqueles que apetece ficar pela noite dentro até acabar, mas simultaneamente não se quer fazer isso para prolongar o prazer de se envolver nos braços da sua escrita!

Enquanto conseguir juntar pessoas interessantes vou sentir-me feliz!

Neste pequeno encontro tivemos duas visitas que nos agradaram imenso e que trouxeram sábias palavras no decorrer da conversa: vistas na paisagem e universosdesfeitos.

Juraan Vink trouxe-nos um poeta: Fernando Assis Pacheco. deste ouvi meia dúzia de poemas que consegui sentir uma simbiose tal, que eu própria os poderia ter escrito a pensar em alguém ou ninguém!

(...)"Tenho uma comunicação muito grave
a fazer Vossas Excelências
pior que o meu estado de saúde
é a corrupção nas altas esferas" (...)

desversos (1990) in A musa Irregular (1996)