sexta-feira, janeiro 30, 2004

As viagens do "Conversas Com Deus" de Neal Donald Walsch

Já li o "Conversas com Deus" há alguns anos. Foi um amigo muito querido que me ofereceu! O livro 1 fez muito sentido para mim, porque me deu uma visão mais responsável da vida e simultaneamente é aqueles género de literatura que nos faz acreditar e sonhar... De tal forma que ainda hoje preservo algumas das coisas que foram particularmente importantes e quase todos os dias me lembro delas, principalmente nas minhas conversas com Deus (que é um hábito que tenho desde tenra idade!).

Não me lembro porquê, mas aconselhei-o a um amigo. Emprestei-o. E ontem soube das viagens que este livro fez a seu lado sem nunca ter sido lido por ele: Foi 2 vezes ao Brasil e uma vez a Andorra... e esse amigo nunca o leu! Além de que o descobriu em casa dos pais...(a mãe também tinha um "Conversas com Deus"). As viagens que este livro fez... Afinal não devia ser o livro indicado para ele!!

"Os pensamentos são uma forma de energia muito subtil mas extremamente poderosa. As palavras são menos subtis, mais densas. As acções são as mais densas. A acção é energia em pesada forma física, em pesado movimento. Quando pensas, dizes e dás forma a um conceito negativo, como por exemplo "sou um falhado", pões em movimento uma tremenda energia criativa. Não é pois de admirar que apanhes só uma constipação. Isso será o mínimo." in "Conversas com Deus".

quinta-feira, janeiro 22, 2004

"Quem mexeu no meu Queijo" - Re-leitura

“Os quatro personagens imaginários apresentados nesta história – os ratos: Fungadela e Correria e os pequenos humanos: Pigarro e Gaguinho – pretendem representar as nossas próprias características, simples e complexos, sem observar idades, sexo, raças ou nacionalidades.
Por vezes agimos como o Fungadela que sente o cheiro da mudança à distância, ou como o Correria que corre directo para a acção, como o Pigarro o qual resiste à mudança, e como ele a receia ela conduzi-lo-a a algo pior, ou ainda como o Gaguinho que aprende a adaptar-se com o tempo quando vê que a mudança conduz a uma situação melhor!
Sejam quais forem as características que optemos utilizar todos partilhamos algo em comum: a necessidade de descobrir o nosso caminho no labirinto e ter sucesso nestes tempos de mudança”.
“Quem mexeu no meu queijo?” – Dr. Spencer Johnson

quarta-feira, janeiro 21, 2004

livros

Os livros têm uma vida própria para cada pessoa que pega neles, que os lê e lhes atribui um significado especial. Existem livros que assumem um papel importante num determinado dia, ou época da nossa vida e depois deixam de ser tão especiais e são atirados para uma prateleira qualquer até voltarem ou não a entrarem na nossa existência. Os livros fazem-nos sonhar, fazem-nos compreender, encontrar um sentido para a nossa vida. O livro que li ontem pode não me dizer nada hoje e tornar-se num elemento especial amanhã. O livro que li hoje pode revelar-se inútil hoje e lembrar-me dele amanhã e devorá-lo com toda a minha alma. Existem livros que re-visitamos e compreendemos finalmente o seu sentido e existem livros que lamentamos apenas tê-los tido perante as nossas mãos, porque estamos a perder aqueles que iriam atribuir algum sentido. Existem aqueles que nos distraem, os que nos fazem passar o tempo, aqueles que estudamos e desejamos terminar, os que prolongamos a sua leitura. Temos experiências de fluxo a lêr um livro e temos momentos de tédio quando pegamos noutros. Alguns ainda lemos porque nos fazem transportar para um mundo exterior que não é o nosso e temos aqueles que nos alongam o mundo exterior. Existem os poemas, as prosas, os ensaios: os que consideramos bem escritos e os considerados mal escritos. Parabéns a todos eles, porque têm sempre uma função. E é um bálsamo ter um reencontro com um livro e perceber que esse reencontro é um re-visitar de nós mesmos. É um tributo para a nossa alma perceber que aquilo que mais admiramos continua e permanece inalterável mesmo com as nossas experiências e por vezes são também os livros quem nos faz perceber isso. As funções que um livro tem ultrapassa com certeza as intenções do seu autor e multiplica-se por todas as mãos que pegam nele e é nesse mundo fantástico que faz sentido pegar num livro e lê-lo ou “pegar num lápis” e desenhá-lo. O mundo fantástico da nossa alma...

A verdadeira arte orgânico-efémera: Manual de Instruções

1- Fazer grande jantarada, preferencialmente francesinha com batata e ovo ou feijoada à brasileira
2- Acompanhar com meia dúzia de finos e uma cola de lata
3- Tomar um café e fumar dois ou três cigarros
4- Deixar repousar durante tempo variável
5- Ir à casa de banho e dar grande cagada
6- Puxar o autoclismo

Os programas culturais da TV

Hoje apetece-me dar cacetadas nas meninas dos programas da "cóltura" na TV.
Anabela Mota Ribeiro. Barbara Guimarães. Minhas meninas... Fazer programas de cultura não é encadear meia dúzia de lugares comuns e perguntas estúpidas ou tão abertas que qualquer resposta do entrevistado responde à pergunta. É preciso mais que uma carinha laroca, um marido ex-ministro e seguir as tendências culturais francófonas para se fazer programas culturais.
O gajo do saudoso "Acontece" era feio, às vezes embrenhava-se em discursos rebuscados, mas sabia entrevistar, desafiar os convidados. E tinha uma mão cheia de colaboradores que falavam bem (para mim, que não percebo grande coisa desta "cóltura") e que informavam, não se limitavam a masturbações intelectuais mútuas como estas meninas.

Volta Carlos Pinto Coelho. Estás perdoado. Ao menos fizeste com que me interessasse minimamente sobre essa coisa da cultura que me parecia tão distante e fora da realidade. Estas meninas apenas me dão bocejos de tédio. Parece que estão a fazer programas para os amigos...Pois, porque os amigos de certeza que não vão dizer que os vossos programas podiam ser porreiros mas são uma grande merda.

terça-feira, janeiro 20, 2004

Sugestão cinematografica

"Na América" ("In America") de Jim Sheridan. E mais não digo

quarta-feira, janeiro 14, 2004

Para desopilar

Estava eu ontem, a tomar um café antes de voltar à rotina cruel do dia-a-dia, a pensar em Londres e na minha ex dos cabelos encaracolados, com uma grande melancolia e quase a entrar em angústia existencial, quando surgem os Xutos na TV.
E tudo mudou. A chuva lá fora já não me agredia, o céu nublado, de oprimente, passou a poético. E lá fui eu, de guarda chuva fechado, chuva na face, de peito aberto, mente livre, pronto para enfrentar o mundo. Que poder tem a música!!
Para cantar e gritar à vontade. Melhor que fluxotina (vulgo prozac).

Vida malvada

Adeus vida atinada
Dos horários e das bichas
E das gripes do inverno
E do suor do verão
Adeus vida atinada

Adeus às práias
Cheias de gente
E um beijo p`ra quem fica

Adeus vida atinada
Ter de dormir sete horas por dia
Ir para o trabalho e ainda é de noite
Sempre o mesmo a todas as horas
Adeus vida atinada
Das mil maneiras de passar fome

Adeus às práias
Cheias de gente
E um beijo p`ra quem fica

Mudar de roupa, saldar o cabelo
Dormir no carro, todo nu em pelo
Dizer que hoje o dia está perfeito
Pôr óculos de sol a torto e a direito
Pois hoje vou pegar na guitarra
É hoje que eu me faço à estrada

Olá ó vida malvada

Escorrega e desliza
Nessa estrada de vento
Sempre, sempre, sempre

Adeus às práias
Cheias de gente
E um beijo p`ra quem fica


letra: Tim
música: Xutos & Pontapés

E parabéns pelos 25 anos! Que durem o suficiente para que os meus filhos por nascer possam também gritar a plenos pulmões "Olá ó vida malvada!!!"

Regresso às ruas quotidianas

Isto de perder-se em ruas desconhecidas no estrangeiro traz-me, ao regressar, um novo olhar ao percorrer ruas de todos os dias, por onde passamos já sem vivenciar ou realmente ver por onde andamos.
E eis que essas ruas tomam novas e velhas tonalidades, novos e velhos cheiros, activam sensações e memórias de acontecimentos neste ou naquele recanto, quase como se fosse uma pesca à linha de memórias que pensávamos já esquecidas, recalcadas, enterradas pela passagem inexorável do tempo.

Aquele beijo que te roubei enquanto esperávamos pelo verde naquele semáforo.

Aquele abraço quente de amor e paixão que me deste quando cheguei atrasado e sonolento (como de costume) áquele café.

O modo como me acariciaste a face e me deste a mão, olhando para mim como se eu fosse tudo para ti naquela esquina.

Já não te amo (penso e tento convencer-me que não te amo), mandei-te passear há muitos anos, para perseguir um fantasma do passado.
Mas quando me lembro destas coisas, ao regressar às ruas quotidianas, de todos os dias, essas vias de passagem efémera, contudo diária, tornam-se cumplices e testemunhas do amor que um dia senti por ti e que nunca mais senti por ninguém.

E só me apetecia voltar atrás para poder afastar de novo os cabelos encaracolados da tua face para te beijar os lábios quentes. Talvez alí, naquele semáforo, enquanto esperamos pelo sinal verde...

Poema Rimado

só teu ventre quando dança diáfanas melodias
consegue estalar o gelo das minhas mãos frias

só teus lábios quando gemem hinos ao prazer
logram embalar-me sobre camas a ranger

só teus seios quando tremem ingentes paixões
conseguem encher meu corpo de ébrias ilusões

só teus dedos quando furtam ebúrneas lembranças
logram distrair-me de atravessadas gargantas


In Antologia do Esquecimento
de Henrique Manuel Bento Fialho
2003 Edição de Autor

Obrigado ao autor, que, dizem-me, é "dono" do blog Universos Desfeitos, por me ter feito chegar este excelente livro, sem saber quem sou, apenas conhecendo o meu nome "bloguista" e o que vou escrevinhando por aqui. Tem sido um verdadeiro prazer, quase fisico, percorrer as páginas deste livro.

terça-feira, janeiro 13, 2004

Do Porto para o Funchal, do Funchal Para o Porto, do Porto para Londres, de Londres para a pasmaceira

Sim, eu sei que tenho andado desaparecido. Andei a acrescentar mais umas milhas à minha conta de passageiro frequente da TAP. Primeiro para a Madeira, de férias natalicias, depois, para Londres, em viagem de trabalho e algum lazer.
Esta coisa de se sair do sitio onde se vive, principalmente para um outro país e então para uma cidade como Londres é para mim quase uma questão de saúde mental, mesmo que em trabalho.
Tonifica os neurónios, limpa parte das teias de aranha acumuladas nesta pasmaceira à beira-mar plantada. E quando se está com amigo(a)s estrangeiro(a)s de outras andanças, o sentimento é de um reencontro com almas gémeas.
Que óptimo saber que em vários pontos da Europa há gente que pensa como nós, que são porreiros como pessoas e que não precisam de usar os Drs para mostrarem a sua competência. E que também curtem beber umas pints depois de dias de trabalho extenuante...
Para além dos factores humanos, há que tem em conta o próprio contexto fisico...

Agora quando ouvir o Morrissey a cantar sobre cabeleireiros em fogo em Sloan Square, tenho uma imagem da praça.

Passei por Picadilly, onde fica o Palare, mas não vi os boys do gang do Moz.

Cruzei-me com montes de góticos puristas em Camden Town e senti-me como se aquele sitio fosse meu.

Pediram-me lume em Kings Road, e quase que convidava a gaja a beber um copo, tal a simpatia com que me agradeceu e ficou a olhar para mim enquanto dava uma daquelas passas de quem não fuma há horas.

Confundiram-me com um Londrino no Soho e pediram-me indicações para Trafalgar Square (que dei, pois tinha passado acidentalmente por lá pouco antes).

Descobri que a minha costela anglo-saxónica via música e via um ascendente longinquo do tempo do Beresford é capaz de afinal ter o triplo do tamanho do que pensei.

Curti passear ao longo do Tamisa, no South Bank, sem destino, e descobrir que aquela roda enorme estava afinal mesmo alí ao pé e que a Tate Gallery estava aberta até às 10 da noite e que não se pagava para entrar.

Da famosa chuva britânica tive só um pequeno vislumbre, numa das tardes.

Descobri que o frio não era tão frio e que os Ingleses exageram no aquecimento das edificios quase até ao ponto de suar em bica. Que são simpáticos, bem educados.

Perdi-me de proposito em Londres, cheirei cheiros de mil e um países, saboriei sabores exóticos, cruzei-me com pessoas de todas as etnias.

Até ouvi disco-sound (URGHHHH!!!) num bar do Soho, parti-me a rir com dezenas de "Jumping Brits"* à minha volta, excitadissimos com os Abba. E mesmo assim gostei daquela alegria despreocupada.

Caguei para Buckingham Palace e afins, só vi a London Bridge, o Big Ben e as Houses Of Parliament ao longe e foi suficiente.

Ri-me com as histórias da Diana no Daily Mail e nos outros tabloides (e ainda me queixo da tabloização das Tvs...A Moura Guedes devia fazer uns estagiozinhos no Sun)

Só não descobri bares Indie-rock.

A TAP, para variar, cumpriu escrupulosamente os horários (influências da pontualidade britânica?) e manteve o seu excelente serviço a bordo.

Depois cheguei a Portugal. E fui invadido por pedofilias, demagogias primeiro-ministeriais, o regresso do discurso do alcatrão e das auto-estradas enquanto se morre à fome nas zonas destas vias "estruturantes" que deverão estar prontas lá para o dia de São Nunca à tarde (ou então, nas vésperas de alguma eleição).
E assim as teias de aranha começam a crescer...Para serem limpas novamente daqui a uns tempos, quando for novamente lá para fora, para o mundo desenvolvido...Ou para o mundo não desenvolvido mas mais real.

Mas estou livre cá dentro, mesmo que preso pelo que me rodeia.


*britânicos aos pulos

segunda-feira, janeiro 05, 2004

Desafio

Como isto é supostamentamente um blog de discussão literária, lanço um desafio! Gostaria que os leitores deste blog me aconselhassem um livro, que eu prometo ler (não sei se será em tempo útil!! :_))) e comentar no final da leitura. Têm de aconselhar livros q achem que me podem apaixonar. Fico a aguardar as sugestões!

"As invasões bárbaras"

Filme fantástico. A fazer lembrar "Os amigos de Alex"... Vale a pena ver! E sim... as invasões bárbaras estão por todo o lado...

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